Max Verstappen venceu o GP do México, consolidando a nona vitória da temporada. Foi uma corrida forte do holandês, o piloto ultrapassou a dupla da Mercedes na largada, depois administrou a corrida com grandeza, fazendo uma prova praticamente solitária na ponta.
A Red Bull chegou como equipe favorita para vencer no México, não apenas pela campanha que está fazendo nesta temporada, mas também pelas condições do circuito.
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Neste traçado, a corrida é baseada na necessidade de encontrar o melhor equilíbrio para os carros e depois escolher a melhor estratégia. Grande parte das equipes do grid, apostou na realização de uma prova com apenas uma parada, confiando na durabilidade dos compostos.
Os pneus escolhidos e as estratégias
Conforme a corrida foi avançado, as disputas pelo grid ficaram mais esparsas, o Autódromo Hermanos Rodriguez é complicado para a realização de ultrapassagens, pois o vácuo não é tão efetivo neste circuito, como costuma ser em outros que temos ao longo da temporada.
Lewis Hamilton completou a prova trabalhando com apenas uma parada, mas no caso do inglês, a troca dos seus pneus foi realizada na volta 29, enquanto Verstappen parou no giro 33 e Pérez na volta 40. Nas últimas dez voltas o mexicano da Red Bull chegou em Hamilton, passando a atacar o rival, na busca se ajudar o time na formação de uma dobradinha.
C4 (Macio – Faixa Vermelha): escolhido por apenas dois pilotos para a largada, Esteban Ocon que começou do final do pelotão contou com esse tipo de composto para ter mais aderência no início da prova pois estava largando do final do pelotão. O francês da Alpine se envolveu em um incidente na largada, provocando o abandono de Mick Schumacher e Yuki Tsunoda.
O japonês da AlphaTauri avançou para o Q3 e como fez o Q2 com os pneus macios, precisou largar com esse mesmo pneu. Tsunoda não teve muito tempo para mostrar o que poderia fazer na corrida, pois a sua prova terminou na primeira volta.
Valtteri Bottas usou dois conjuntos de pneus macios ao final da corrida para retirar a volta mais rápida de Max Verstappen. Na primeira tentativa o finlandês falhou, mas no último jogo instalado, foi efetivo e anulou a conquista da equipe austríaca.
C3 (Médio – Faixa Amarela): este composto foi o que todos os outros pilotos do grid apostaram para iniciar as suas provas. Para quem apostou em uma prova de duas paradas, a mudança de composto ocorreu após a décima primeira volta. Norris fez um stint longo com os médios, completando 44 voltas neste composto.
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Daniel Ricciardo que bateu com Valtteri Bottas no início da corrida, passou pelos boxes para realizar alguns reparos em seu carro e neste instante abandonou os médios, para usar compostos duros. O australiano parou mais uma vez na volta 38, instalando outro conjunto de médios e prosseguir até a bandeirada final. Stroll, Latifi e Russell usaram a estratégia médio – duro – médio.
C2 (Duro – Faixa Branca): o pneu duro esteve presente tanto na estratégia que contava com apenas uma parada, como na estratégia daquelas equipes que fizeram duas paradas nos boxes. Esteban Ocon completou 56 voltas com esse tipo de composto, abandonando o uso dos macios para fazer quase que toda a prova com os jogos mais duros do fim de semana.
As altas temperaturas na pista mostraram ao longo do fim de semana que os pneus duros teriam resistência para aguentar grande parte do tempo da prova, mas que os pneus macios não eram nada efetivos para aqueles pilotos que gostariam de alongar o seu stint, principalmente pela goma sofrer rapidamente com o superaquecimento.
“ Foi uma corrida razoavelmente direta para a maioria dos competidores, com o médio e o duro entregando ótimos resultados nessas altas temperaturas da pista. O médio resistiu muito bem a algumas passagens iniciais longas, mostrando uma forte combinação de desempenho e consistência, com uma pequena ajuda de um período de safety car de quatro voltas no início. O pneu duro mostrou bom ritmo de corrida, com baixa degradação, o que o tornou central para o Grande Prêmio de hoje nestas condições. Como resultado, Max Verstappen foi o primeiro piloto a bater a volta de corrida mais rápida de 2019 (a última vez que o Grande Prêmio do México foi realizado) com pneus duros usados, em uma pista que ainda estava bastante empoeirada”, comentou Mario Isola chefe da Pirelli na Fórmula 1.
Para o GP do Brasil que ocorre nesta semana, a Pirelli aposta mais uma vez no fornecimento da gama intermediária.
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