Yuki Tsunoda aparenta ser um piloto para o futuro da Red Bull, mesmo com a saída da Honda ao final da temporada, ele segue como um plano da equipe. O japonês ainda está enfrentando os altos e baixos, mesmo pontuando na sua etapa de estreia muita coisa precisou ser mudada, principalmente para ajudar na sua adaptação e performance.
Pela ascensão de Tsunoda nas categorias de base, além da AlphaTauri não ser um time que poderíamos desconsiderar o seu desempenho em 2021, resultados melhores do japonês eram esperados. E quando comparado com Pierre Gasly, que conta com 39 pontos contra 9 de Tsunoda as coisas ficam mais complicadas.
Analisando o seu fim de semana, quando Tsunoda comete erros nos treinos livres (onde é o melhor momento para isso), ele perde a confiança, fica mais suscetível para cometer outros erros, com isso a sua classificação também não é nada espetacular. O ‘incidente’ mais recente foi ter passado duas vezes durante a corrida na faixa branca dos boxes, o que acabou acarretando uma punição.
Tsunoda é um piloto veloz, não podemos comparar ele com Max Verstappen, mas assim como o holandês, é um talento que precisa ser lapidado. Franz Tost levou Tsunoda para mais perto da fábrica, mudou todo o cronograma do piloto e segue defendendo a permanência do japonês pois vê potencial nele.
“Yuki está melhorando muito e o processo completo está caminhando na direção certa. Não se pode esperar que um novato saiba tudo desde o início. É por isso que sempre digo que um jovem piloto precisa de três anos para entender a Fórmula 1, porque a Fórmula 1 se tornou muito mais complicada do que era anos antes”, disse Tost.
Bom, é admirável a paciência que eles estão tendo com o piloto, mas é justamente para isso que a AlphaTauri está no grid: revelar jovens talentos que possam ser preparados para um dia correr na Red Bull, além disso, renovar o grid.
“Estou muito feliz com Yuki, ele mostra uma velocidade natural fantástica e está melhorando dia a dia, sessão a sessão. Estou bastante otimista de que veremos uma segunda metade da temporada muito boa e que Yuki também terá sucesso no futuro”, aposta Tost.
O que mais complica o início destes jovens pilotos na Fórmula 1, é a falta de testes com os carros durante a temporada. Treinos que poderiam ajudar na sua adaptação. Mas não basta só conhecer o seu equipamento, afinal a experiência é realmente adquirida aos poucos, as mudanças que ocorrem na pista abruptamente, nem sempre são lidadas da melhor forma, pois falta justamente outras vivências.
“Para estes jovens pilotos é realmente difícil entrar na Fórmula 1, porque em cada pista de cada fim de semana de corrida, eles estão fazendo a sua primeira classificação lá. Claro que você pode dizer que eles fizeram TL1, TL2, TL3 eles deveriam saber para onde ir. Mas, por exemplo, o vento está aumentando ou vindo de uma direção diferente ou a pista está mais quente ou mais fria”, disse Tost.
Uma das falas de Tost sobre essa adaptação, é bem interessante, principalmente que muitos acreditam que hoje o piloto só se senta no carro e dirige. No entanto, os diversos recursos que o carro tem, os seus componentes, o motor, suas especificações, tudo isso é algo que o piloto precisa saber, justamente para ajudar o time a identificar as suas dificuldades.
“A unidade de potência não está apenas dando força, ela está ajudando na frenagem, com o MGU-K e assim por diante. O jovem piloto tem que aprender isso. E não é só para uma linha sempre igual. Cada linha há uma maneira diferente de ele usar a unidade de potência. E existem diferentes formas… tantas coisas estão mudando.”
É muito complexo julgar o desempenho de um piloto, mas é necessário ver que os times não estão avaliando apenas os resultados e os pontos, mas também a forma como o piloto acaba trabalhando e explorando os outros recursos.
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