Yuki Tsunoda tem apresentado uma boa evolução desde que entrou na Fórmula 1. O piloto completou em 2024 a sua quarta temporada com o time irmão da Red Bull.
Neste ano, a performance do competidor chamou ainda mais atenção, já que Tsunoda começou em metade das corridas dessa temporada entre os dez primeiros colocados.
Não foi um campeonato fácil para a equipe, a Racing Bulls duelou com Alpine e Haas para conseguir alguns pontos ao longo do campeonato. Foram somados 46 pontos pela RB, dando a equipe o direito de ocupar o 8º lugar no Mundial de Construtores – 30 desses pontos foram conquistados por Tsunoda, rendendo ao piloto a 12ª posição no campeonato de pilotos.
Ao longo do ano existem alguns duelos que precisam ser relembrados, como a classificação sob chuva no Grande Prêmio de São Paulo, onde largou da terceira posição. Em corridas, seus melhores resultados foram três sétimos lugares, conquistados na Austrália, Miami e novamente no Brasil. Além disso, foi consistente em etapas como Ímola e Las Vegas, onde também terminou entre os dez primeiros.
O chefe de equipe da Racing Bulls, Laurent Mekies afirmou que Tsunoda impressionou ao longo do campeonato, em comentário realizado ainda durante o GP do Catar: “Claro que sim. Se você observar o desempenho dos pilotos, ele acompanhou a performance da equipe ao longo do ano. Quando vejo Yuki novamente se apresentando naquele nível como fez nas últimas corridas, foi uma temporada excelente da parte dele. Acho que ele deu um passo neste ano que ninguém poderia prever, e é algo que ele deve se orgulhar”, comentou.
A Racing Bulls passou pela substituição de Daniel Ricciardo, pela chegada de Liam Lawson. No time principal, a Red Bull continua avaliando o seu futuro, pois não decidiu ainda se Sergio Pérez iniciará a temporada 2025 como o seu piloto titular.
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Christian Horner já afirmou que Lawson e Tsunoda são pilotos que podem ficar com o assento de Pérez, se alguma mudança acontecer no time principal. No entanto, o que mais se viu ao longo do ano, é que embora a performance de Tsunoda chamasse a atenção de todos, ele não era realmente cogitado para uma vaga na equipe principal.
Obviamente, Mekies foi questionado sobre essa oportunidade de teste de Tsunoda na Red Bull que aconteceu durante a avaliação de pós-temporada em Abu Dabi. O chefe de equipe precisou comentar ao site da Fórmula 1 se acha que o piloto de 24 anos estaria preparado para encarar o desafio no time principal.
“Acho que um piloto nesse nível, que vem marcado [a quantidade] de pontos que marcou neste ano, um cara que colocou o carro em P7 e P3 nas últimas duas classificações, é claro que acho que ele está pronto para ter um carro mais rápido. Esperamos fornecer a ele este carro melhor, claro que ele está pronto para um carro mais rápido e uma equipe mais rápida ou uma equipe maior. Então a resposta curta é sim”, afirmou Mekies.
“Quanto ao teste, acho que foi muito importante para nossos pilotos terem uma chance em uma equipe maior, em nossa equipe irmã. É um dos nossos principais objetivos para esta equipe ser capaz de desenvolver nossos pilotos e torná-los atraentes o suficiente para que a Red Bull queira tê-los.”
A novela com Pérez se arrasta, ainda sem nenhuma confirmação da Red Bull, mas Horner afirmou que o futuro seria discutido com o mexicano.
Depois de assumir o volante da Red Bull, Tsunoda demonstrou confiança e por parte da equipe, elogiaram o piloto pelo “excelente feedback” ao longo da sessão. Tsunoda ganhou a fama de ser um piloto estourado por conta dos seus rádios, mas o competidor tem demonstrado cada vez mais que é rápido e está evoluindo. Obviamente não deveria ser descartado das futuras avaliações da equipe principal.
Tsunoda disse ao Autosport: “Ouvi muito sobre o quão impressionados eles ficaram, principalmente com meu feedback. Isso veio não apenas dos engenheiros de pista, mas também dos engenheiros que dão suporte remotamente da fábrica da Red Bull em Milton Keynes. Eles mencionaram o quão impressionados ficaram com minha contribuição.”
“Acredito que a Red Bull já entende que minha velocidade não é um problema tão grande. Em vez disso, o que eles estão mais focados é em coisas como meu feedback, meu comportamento dentro da equipe e como eu conduzo o carro. Eles provavelmente viam essas áreas como as maiores incógnitas. Então, mantendo isso em mente, continuei a fornecer feedback como sempre fiz, com o objetivo de comunicar da forma mais completa e detalhada possível.”
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