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Testes da pré-temporada: Hamilton lidera manhã marcada por clima instável

Embora ainda seja muito cedo para afirmar algumas coisas, a Hamilton mostrou que está seguro em mais uma sessão com a Ferrari. O SF-25 tem se revelado um equipamento confiável

A Fórmula 1 está no Bahrein para um segundo dia de testes de pré-temporada, nesta quinta-feira (27). No primeiro dia de coleta de dados, vimos Lewis Hamilton e Max Verstappen mostrando que estão confiantes com os seus equipamentos.

O dia foi proveitoso, as equipes fizeram programas voltados para verificar a aerodinâmica dos carros. Um programa com mais combustível e voltas em simulação de corrida também foram executados, algo padrão da pré-temporada.

Normalmente um carro de Fórmula 1, tem cerca de 300 sensores, para monitorar o carro. No entanto, na pré-temporada o número é bem mais alto, pois as equipes precisam verificar vários sistemas. Os times precisam entender se os dados gerados na fábrica, correspondem aos dados obtidos em pista.

A quinta-feira também reserva mais alguns testes aerodinâmicos, desta forma, nesta manhã, algumas equipes invadiram a pista já trabalhando com os aero rakes, por conta de algumas mudanças de peças.

A categoria se deparou com uma pista fria, apenas 16° C na pista e 13° C no ambiente. O primeiro dia também foi marcado por uma pista fria, quando comparado com as condições que geralmente a prova é realizada no circuito.

No dia anterior, caiu uma garoa fina, mas não foi capaz de deixar a pista úmida ou as dependências do circuito molhadas. O grande problema para a categoria, que necessita coletar dados, foram as rajadas de vento que atrapalharam algumas voltas dos competidores.

A situação no segundo dia é diferente, é esperado uma chuva mais intensa, que já tem deixado o pit-lane com áreas que é possível notar a sua presença. O detalhe interessante aqui, é que se as condições piorarem ao longo do dia, apenas Aston Martin e Haas solicitaram alguns jogos de pneus para pista molhada.

Pneus disponíveis para a temporada 2025 da F1 – Foto: divulgação Pirelli

Com uma hora e meia de atividade, a ação acontecia nos boxes, com as equipes mudando as suas configurações. Os dez primeiros eram: Hamilton, Sainz, Russell, Gasly, Lawson, Hülkenberg, Alonso, Ocon, Tsunoda e Piastri. O piloto da McLaren era o único sem tempo cronometrado, fazendo apenas sete voltas, com saída e retorno aos boxes.

Russell era o que contava com mais voltas m seu nome, foram completadas 28. Hamilton liderava com a marca de 1m30s080, separado por apenas 0s072 de Sainz e 0s299 de Russell. A marca obtida pelo piloto espanhol da Williams, foi obtida com os pneus C2 – duros. Ocon e Tsunoda estavam mais distantes do restante do pessoal em termos de tempo, separados por mais de 3 segundos.

A pista permaneceu por quase meia hora vazia, apenas com Ocon completando algumas voltas de instalação com o pneu intermediário instalado. Foi apenas quando restavam 1h50 para o término da sessão da manhã, que os carros voltaram a completar suas voltas, trabalhando com pneus médios, para ter um pouco mais de aderência.

Russell foi o primeiro a se arriscar e implementar um stint mais longo pelo traçado. Oscar Piastri também apareceu no circuito, para obter as suas primeiras voltas cronometradas.

Com 1h12 restantes, Carlos Sainz voltou para a pista usando um novo jogo de pneus duros (C2), o competidor conseguiu melhorar o seu tempo para 1m30s090, completando 23 voltas no Circuito do Sakhir. Instantes depois, Russell progrediu em pista com o tempo de 1m29s879 com pneus médios (C3). Embora Lewis Hamilton fosse superado na tabela de tempos, o inglês logo deu o troco, trabalhando em condições semelhates as de Russell, cravou 1m29s675 – se aproximando do tempo da pole de 2024 (1m29s179).

Quando restavam apenas uma hora para a finalização dos testes da manhã, os dez primeiros eram: Hamilton, Russell, Sainz, Gasly, Piastri, Lawson, Tsunoda, Hülkenberg, Alonso e Ocon. Aparentemente, a Red Bull trabalhava no carro de Lawson, após a identificação de um problema, podendo ser algo ligado a refrigeração da unidade de potência.

Com a última meia hora de atividade iniciada, Russell já tinha conseguindo 61 voltas com o W16. Ocon mais uma vez, fazia um cronograma extenso, garantindo a sua permanência em pista, desta forma o Francês contava com 54 voltas pelo traçado. A menor contagem de voltas eram 28 giros, de Liam Lawson.

Hülkenberg e Piastri precisaram recorrer aos boxes, após um toque. O alemão estava na frente, tentou tirar o carro da linha rápida, mas retornou muito cedo e o choque foi inevitável. O toque também aparentava ter acontecido, pois Piastri estava com pneus frios. Sem danos mais sérios, a passagem do australiano pelos boxes foi rápida e novamente ele retornou ao traçado, para trabalhar com mais um stint longo.

O flow-vis também foi usado ao longo da sessão, pontualmente para a avaliação de algumas peças.

Nos últimos cinco minutos, a direção de prova, avaliou os seus sistemas, incluindo a sinalização de Virtual Safety Car, Safety Car e bandeira vermelha, programada para o final da atividade. É normal que essa sinalização seja testada, pois ela será a comunicação com os pilotos ao longo do campeonato. Os poucos pilotos que retornaram para a pista após a bandeira vermelha, conseguiram fazer o teste de largada.

Embora o dia tenha iniciado com a instabilidade climática, as equipes conseguiram retomar os seus programas. Lewis Hamilton encerrou na liderança ao obter o tempo de 1m29s379, testando o SF-25 mais uma vez pela manhã, o piloto britânico atingiu a marca das 46 voltas. Uma parcela tem acompanhado os testes de pré-temporada para observar o heptacampeão mundial com a sua nova equipe.

George Russell foi o segundo colocado, separado por 0s399 de Lewis, com 72 voltas completadasm se tornando o piloto com a maior quilometragem pela manhã. Carlos Sainz foi terceiro colocado, com uma diferença de 0s711 para o piloto da Ferrari e 44 giros. Pierre Gasly encaixou a Alpine na quarta posição, fechando a sessão com 40 voltas.

Fernando Alonso, que quase não rodou no dia anterior, foi o quinto colocado, com 45 voltas em seu nome. Yuki Tsunoda representou a Racing Bulls na sexta posição, separado por 1s414 do líder. Oscar Piastri, por sua vez, foi o sétimo colocado, conduzindo os testes para a McLaren. Liam Lawson foi o oitavo colocado, depois de enfrentar problemas com o RB21, que limitaram a sua participação pela manhã, em 28 voltas, no entanto, ele está escalado para participar da sessão vespertina. Aparentemente o piloto lidou com a perda da pressão de água no motor.

Nico Hülkenberg foi o nono colocado com a Sauber, enquanto Ocon completou a tabela em décimo, com um tempo bem distante do líder. A Haas deve ter uma porção de coisas para avaliar, principalmente após ter a chance de realmente se desenvolver, por consequência da parceria técnica com a Toyota.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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