Neste fim de semana acontece as 6 Horas de São Paulo no Autódromo de Interlagos. O circuito icônico recebe provas nacionais e internacionais como a Fórmula 1.
O traçado é bem aproveitado ao longo de todo o ano, mas desta vez se torna palco da corrida do Mundial de Endurance da FIA. As classes Hypercar e LMGT3 vão dividir o circuito de 4.309 km, aumentando o desafio para as duas categorias, pois este é o menor circuito do calendário.
A visita do WEC acontece 10 anos após a última edição ser disputada em São Paulo.
Em termos de pneus, a Michelin é fornecedora da classe Hypercar, enquanto a Goodyear atende os carros da LMGT3.
Para a etapa em São Paulo, a Michelin precisa fornecer dois tipos de pneus para os 19 Hypercars que vão disputar a prova. Os compostos médios (identificado pela faixa amarela) e o pneu duro (identificado pela faixa vermelha) foram escolhidos para a etapa.
O composto médio atende melhor os carros, por ser mais versátil, enquanto o pneu duro lida bem com as forças exercidas nos carros, dado o nível de exigência do traçado. Interlagos é conhecida por ser uma pista técnica e que os competidores travam as suas batalhas percorrendo o sentido anti-horário.
Uma frente fria deve tomar conta do fim de semana e por conta do micro-clima de Interlagos, a chuva pode aparecer ao longo do fim de semana. O pneu de chuva também estará à disposição dos competidores, sendo identificado pela faixa azul.
O pneu de chuva é versátil, diferente da Fórmula 1 que dois tipos de compostos estão disponíveis, os pilotos vão trabalhar em situação de pista úmida ou chuva forte, apenas com um tipo de pneu.
- No WEC não é permitida a utilização das mantas térmicas para o aquecimento dos pneus.
As temperaturas mais frias deste fim de semana, implicam na dificuldade para aquecer os compostos. Além disso, por ser um traçado curto, os pilotos ao longo da corrida vão lidar com o tráfego intenso. Ao deixar os boxes o competidor precisará de cautela para não estragar a prova, até conseguir colocar os pneus na janela de operação adequada.
Na classe LMGT3 o fornecimento é diferente daquele que ocorre para os Hypercars. Nesta classe a Goodyear fornece apenas uma especificação de pneus de pista seca e uma de pneus molhados, disponível em cada evento do WEC. A Goodyear conta em sua gama com dois tipos de pneus de pista seca e um pneu de pista molhada, a variação é para anteder as diferentes demandas dos circuitos que compõe o calendário.
Em 2022, a marca passou a usar um único composto slick, reduzindo significativamente o número de pneus produzidos para atender o evento.
“O circuito aqui [Interlagos] representa um desafio muito diferente de Le Mans. O layout tipo kart recompensa a precisão e, durante a corrida, os pneus estão quase constantemente sob força lateral. O clima também pode ser um fator-chave aqui – se houver condições variáveis, os estrategistas devem garantir que as paradas sejam bem cronometradas. Como vimos este ano, os pneus de corrida Goodyear Eagle F1 SuperSport são bem adequados para condições mistas, desde que os pilotos consigam manter as temperaturas”, falou Mike McGregor, gerente do programa de endurance da Goodyear.
Desta forma, quando competidor vai aos boxes, em várias dessas paradas é possível apenas abastecer os carros e não necessariamente ela ser acompanhada de uma troca de pneus. Os compostos têm uma durabilidade maior e com os sistemas de rastreamento dos pneus, as equipes recebem alertas que ajudam na compreensão da corrida e em definir a estratégia para definir o momento da troca.
“É uma pista fluida que testa todos os pontos fortes do carro… temos uma reta muito longa subindo, então a potência é realmente necessária. Temos curvas rápidas, curvas lentas – é muito dependente da tração e aerodinâmica também. No geral, é uma pista difícil de equilibrar o carro e é importante ter um bom pacote!”, comentou o piloto Nicolas Costa da United Autosports sobre as características do circuito de Interlagos.
Os pneus de chuva só podem ser usados se a pista for declarada molhada.
