A última corrida realizada em circuito oval na temporada 2023 da Fórmula Indy foi palco de um show de estratégia da Chip Ganassi e de Scott Dixon. o neozelandês conseguiu administrar o consumo de pneus e de combustível e, com dois pit-stops a menos que os principais rivais, conquistou a segunda vitória consecutiva, com o triunfo do GP de St. Louis, na pista de Gateway, e se manteve vivo na briga pelo título da categoria,
Em uma corrida em que a Indy estreou o sistema de dois compostos de pneus obrigatórios para corridas em ovais, Dixon teve um plano de corrida bem ousado, mesmo largado da 16ª posição, e também contou com uma bandeira amarela no meio da corrida que veio em momento oportuno.
O safety car foi acionado duas vezes: uma na largada após Benjamin Pedersen bater após toque de Ed Carpenter e outra na metade da corrida após rodada de Takuma Sato. O momento da segunda bandeira amarela foi o suficiente para colocar Dixon na briga pela vitória, pois tinha uma para a menos e estava na liderança, seguido pelo pole position Josef Newgarden e Pato O’Ward
Enquanto as equipes trabalhavam com ciclos de paradas com média de 40 a 50 voltas para trocar os pneus e reabastecer, o neozelandês conseguia esticar o ciclo em uma média de até 20 voltas a mais.
Outro fator que permitia uma corrida mais amarrada foi a alta degradação dos pneus, que deixavam muitos resíduos na parte externa das curvas, com os pilotos tendo dificuldades em ultrapassar até mesmo os retardatários, ao precisar andar na sujeira e em um trecho com baixa aderência.
Foi nesta dificuldade que Newgarden caiu. Quando tentou uma ultrapassagem sobre Devlin DeFrancesco, o atual vencedor da Indy 500 perdeu o controle de seu carro e acertou o muro, causando dano terminal em sua suspensão. Além de encerrar sua sequência de cinco vitórias seguidas em circuitos ovais, o piloto da Penske dava adeus às chances de conquistar o terceiro título da Indy.
Com os líderes parando a 40 voltas para o fim, Dixon tinha a missão de manter o ciclo de 65 voltas em bandeira verde com o mesmo jogo de pneus e com o combustível, mas como a maior parte do grid estava com volta em atraso e Pato estava preso no pelotão, o neozelandês apenas manteve um ritmo confortável até a bandeirada.
O piloto da McLaren até reclamou das dificuldades impostas pelos retardatários, mas O’Ward ficou resignado com o segundo lugar. O mexicano chegou em segundo pela quata vez no ano, mas ainda segue sem vitória Fechando o pódio, David Malukas teve a melhor exibição no ano e conquistou um resultaado importante para quem busca uma vaga em equipe melhor do que a Dale Coyne.
O líder do campeonato, Alex Palou, fez uma prova discreta e terminou em sétimo. Com o abandono de Newgarden, o espanhol tem apenas seu colega de Ganassi, Dixon, como adversário na briga pelo título.
Apesar da sequência vitoriosa de Dixon, o sonho do sétimo título da categoria ainda está difícil, pois Palou precisa apenas de um terceiro lugar na próxima etapa para sacramentar o título. De qualquer forma, o campeonato de pilotos será de um piloto da Chip Ganassi.
Na sua última prova em um circuito oval na Indy, sem ser Indianápolis, Hélio Castroneves até demonstrou um bom ritmo em alguns momentos, mas foi prejudicado por um problema em uma de suas paradas nos boxes, que demorou mais do que o esperado e acabou a prova apenas na 23ª posição.
A penúltima prova da temporada 2023 da Fórmula Indy será no próximo domingo, no circuito misto de Portland.
Classificação do GP de St. Louis:
Classificação do campeonato:
1 – Alex Palou (ESP) – Chip Ganassi/Honda – 565
2 – Scott Dixon (NZL) – Chip Ganassi/Honda – 491
3 – Josef Newgarden (EUA) – Penske/Chevrolet – 440
4 – Pato O’Ward (MEX) – McLaren/Chevrolet – 429
5 – Scott McLaughlin (NZL) – Penske/Chevrolet – 426
6 – Marcus Ericsson (SUE) – Chip Ganassi/Honda – 397
7 – Will Power (AUS) – Penske/Chevrolet – 388
8 – Christian Lundgaard (DIN) – RLL/Honda – 343
9 – Alexander Rossi (EUA) – McLaren/Chevrolet – 339
10 – Colton Herta (EUA) – Andretti/Honda – 331
19 – Hélio Castroneves (BRA) – Meyer Shank/Honda – 184