Nesta sexta-feira (27) a Fórmula E realizou mais uma sessão de avaliação. Pela manhã a categoria organizou uma corrida rápida para que todos os procedimentos que são relacionados a prova fossem avaliados. Robin Frijns faturou a vitória desta corrida com a Envision.
Durante a corrida, apenas os pilotos titulares estiveram presentes no grid. Os competidores completaram duas voltas atrás do Safety Car até a corrida rápida ter início. Jehan Daruvala (Maserati) e Sergio Sette Câmara enfrentaram problemas. O brasileiro já tinha ficado restrito a garagem na quinta-feira por conta de problemas que surgiram ainda no início da sessão.
Com a corrida iniciada, Mitch Evans (Jaguar) começou a ‘prova’ na liderança, ficando à frente de Jake Dennis. A formação do grid para a corrida foi praticamente montada ao acaso, Evans era o líder por ter deixado os boxes primeiro.
We're out on track ahead of this morning's race simulation! pic.twitter.com/xlgkSfzBmh
— ABB FIA Formula E World Championship (@FIAFormulaE) October 27, 2023
A prova de avaliação seguiu, Dennis saltou para a liderança, acompanhado por Antonio Felix da Costa e Pascal Wehrlein, ambos pilotos da Porsche. A corrida seguiu bem agitada, assim como são as provas reais da categoria.
A categoria aproveitou esse momento para avaliar o sistema de recarga rápida, como o pit-stop deve retornar neste ano, para substituir o Modo Ataque, a sua utilização precisou ser avaliada na prática.
Os pilotos passaram a se direcionar aos boxes para imitar esse processo de recarregamento. O tempo mínimo de espera é de 33 segundos e mais 25 para entrar e sair do pit-lane. Cada competidor perdeu cerca de um minuto, desta forma o grid ficou bem bagunçando.
As we head into the final 30 minutes of pre-season testing, here's a reminder of what played out during our race simulation earlier today 👇 pic.twitter.com/UVreePXvq6
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O teste foi mais para avaliar o processo, pois em relação ao equipamento, eles estiveram limitados. Apenas oito carregadores rápidos estiveram disponíveis em Valência para análise e ao menos um deles foi danificado por conta do incêndio na terça-feira. Desta forma, não era possível atender com carregadores as 11 equipes, mas os times conseguiram simular esse tempo que será necessário ficar com o carro nos boxes.
Com o sistema de recarga rápida sendo implementado, as equipes não vão poder realizar um pit-stop duplo, elas precisam trabalhar com cada um dos seus competidores individualmente.
Após a conclusão do pit-stop, outro procedimento que precisou ser avaliado esteve ligado ao exercício de Safety Car. O procedimento de bandeira amarela geralmente é testado nos treinos livres da Fórmula E, simulando que ocorreu um acidente na pista e os competidores precisam reduzir a velocidade.
A pista foi liberada, com a ‘corrida’ retornando ao ritmo normal, Robin Frijns por sua vez assumiu a liderança ao atacar Mitch Evans. O período em bandeira verde foi curto, pois o Safety Car precisou ser acionado novamente, mas desta vez por um motivo real, já que Oliver Rowland ficou parado na curva 8 do circuito.
A prova foi encerrada, desta forma Robin Frijns ficou com a vitória, guiando pela Envision. Antonio Félix da Costa e Jean-Eric Vergne completaram o pódio. Apenas sete pilotos completaram a corrida, após esses três primeiros colocados, estavam Pascal Wehrlein, Stoffel Vandoorne, Nyck de Vries e Dan Tictum. O piloto da ERT com uma volta atrás, após enfrentar um problema técnico. A prova contou com 27 voltas.
The *definitely not representative* finishing order from the race simulation.#FormulaE #FETesting 🇪🇸 pic.twitter.com/Dh5wEl6DwE
— Formula E Source (@formulaesource) October 27, 2023
A sessão foi encaminhada para a bandeira vermelha que durou 20 minutos. Depois disso, a Fórmula E optou por cancelar o intervalo para o almoço e liberar a pista outra vez, dando a oportunidade para as equipes continuarem as suas avaliações.
As primeiras horas não foram muito movimentadas, mas os competidores tentaram aproveitar a oferta e compensação da categoria. A evolução da pista e dos tempos foi notada, mas o ritmo de corrida era o ponto mais importante a ser avaliado. As coisas continuaram complicadas na ERT.
Nyck De Vries ocupou o carro do companheiro de equipe para participar da sessão de treinos pela Mahindra.
A pouca movimentação na pista se deu por vários times optarem por fazer uma pausa para o almoço, mas quem quisesse ficar pelo circuito poderia ficar à vontade. Jake Dennis aproveitou o momento para assumir a liderança na tabela de tempos durante a sessão vespertina, seguido pela dupla da Maserati, formada por Max Günther e Daruvala, além de Norman Nato (Andretti).
A tabela de tempos passou por alterações, o brasileiro Lucas di Grassi quase ficou na ponta, mas teve a volta deletada por cometer um erro. Restando pouco menos de uma hora para o final, Nick Cassidy e Mitch Evans fizeram boas voltas, eles passaram a ocupar o 4º e o 6º lugar respectivamente e começaram a avançar na sessão.
O final da atividade foi mais dinâmico, Robin Frijns retornou ao traçado depois de passar pelo procedimento de substituir a bateria do seu Envision – o piloto faturou o quarto lugar na tabela de tempos, ficando atrás de Cassidy, Günther e Evans. O tempo obtido por Cassidy foi registrado na casa de 1m24s617, separado por 0s041 do piloto alemão – novamente o saldo mostrou uma boa proximidade dos competidores.
Enquanto o agito acontecia na pista, os boxes das equipes já eram desmontados, os carros serão embalados e as peças enviadas de Valência para o México. Diferente da Fórmula 1, os carros da categoria elétrica não ficam retornando para as fábricas após cada uma das corridas, na realidade eles seguem para o destino seguinte, diminuindo a quantidade de viagens que são realizadas para cumprir o calendário da Fórmula E.