| Por: Débora Santos Almeida
Durante a temporada de 2017, Max Verstappen e Ricciardo finalizaram o ano com o meu número de abandonos, mas os do holandês ficaram mais evidentes devido a sequência. Algumas falhas no motor contribuíram também para estes abandonos. Desta vez o cenário foi um pouco diferente para a dupla.
Max Verstappen Vs. Daniel Ricciardo
Max Verstappen abandonou quatro provas esse ano e apenas uma delas foi em decorrência da perda de potência do motor, as outras três se deram por disputas de posição na pista, como no Bahrein em que a equipe tinha a chance de chegar ao pódio com os dois carros e o holandês se envolveu em um incidente com Hamilton, onde lhe custou um pneu furado.
Foi ainda no Grande Prêmio do Azerbaijão, terceira prova do ano em que a dupla da Red Bull acabou se chocando e colocando os dois carros para a fora da corrida. E na Grã-Bretanha o holandês rodou e foi parar na brita, ficando atolado e não conseguindo retornar para a prova
Mais uma vez Max mostrou a sua agressividade em conduzir o carro, não se importou com as divididas na pista e seu jeito de não calcular as ultrapassagens, acabou fazendo com que perdesse a liderança do Brasil, acho que é o melhor marco para definir os seus problemas. Depois revidou a atitude na última prova do ano. A maior diferença entre o holandês e o australiano, são os pontos de ultrapassagem, Ricciardo buscava aguardar o melhor ponto, enquanto o Verstappen atacava sem dó.
Daniel Ricciardo mostrava a sua insatisfação com a equipe, os ânimos foram esquentando e os problemas só ocorriam no carro do australiano. No GP do Bahrein e segunda prova da temporada, a sua Red Bull já apresentava problemas com a perda de motor, uma possível falha da bateria colocava ele para fora da prova.
Na Áustria o problema se repetiu, mais uma vez, Ricciardo abandonava com perda de potência, a história se repetiu na Itália, Estados Unidos e México, mas exista a tensão sobre o desenvolvimento do seu carro no GP do Brasil e Abu Dhabi, mas nestas duas provas de final de temporada, Ricciardo, terminou em 4°.
Foi apenas mais um incidente que impediu Ricciardo e outros pilotos na Bélgica a terminarem a corrida. Foi um verdadeiro strike na largada, com Hulkenberg acertando o australiano e colocando fim a prova de Fernando Alonso.
Acho que a melhor definição sobre Max Verstappen esse ano, veio do Reginaldo Leme, enquanto o holandês não mudar o sei jeito ele não tem como ser campeão do mundo. É necessário identificar quando a gente tem mais a perder. Chegar ao quarto lugar no campeonato em Abu Dhabi, foi uma boa ”vitória”, mas também está ligada as quebras do adversário e não somente com o seu jeito de guiar.
lll Red Bull
Em agosto saiu o anúncio oficial sobre a partida de Daniel Ricciardo ao final de 2018, para a Renault. A relação com a equipe austríaca começou a azedar no final de 2017, quando o anuncio do da renovação de Max Verstappen, veio com o salário que seria pago ao holandês, muito mais do que Ricciardo recebia para correr pela mesma equipe.
Com o contrato até o final do próximo ano, o australiano não tinha como reaver os valores, somados ao desempenho do motor Renault e logo depois o anúncio da Honda na equipe para 2019, a confiança foi diminuindo cada vez mais.
Ricciardo flertou com Mercedes e Ferrari, mas devido as renovações de contrato e o time de Maranello com outros problemas, a ”solução” era permanecer com a Red Bull por mais um ano, até que ele oficializou a troca com a Renault.
Com está mudança o varias clausulas foram estipuladas, Ricciardo passou a ficar de fora de várias decisões da Red Bull, além de reuniões e atualizações. Na Renault também não fora possível realizar nenhuma atividade, nem mesmo nos testes em Abu Dhabi pós temporada, e agora ele aguarda para integrar o time francês apenas no começo do próximo ano.
A Red Bull, não mostrou a sua total competitividade dos outros anos, ainda que tenha vencido duas provas este ano. A equipe não chegou a ameaçar diretamente Mercedes e Ferrari como fazia antes, algumas vezes sendo a pedra no sapato para dificultar a conquista do título.
O desempenho de meio de temporada melhorou, Verstappen fez grandes corridas, após punições, em que largando do final do grid, conseguia chegar em segundo ou terceiro e no Brasil quase cravou uma segunda vitória seguida. Mas acredito que desta vez foi abaixo do que se é esperado pelo time.
Expectativas para 2019
A situação do próximo ano é bem complicada, o motor Honda foi utilizado na equipe satélite da Red Bull, a Toro Rosso receber primeiramente os trabalhos da nova fornecedora de motores, mas durante o ano foram necessárias inúmeras trocas e vários testes, além das constantes punições.
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p style=”text-align: justify;”>O carro tem tudo para ser bom de aerodinâmica, pois é uma marca registrada da equipe, mas ainda não da para se esperar muito do motor e com o que foi visto nesse ano, sim existiu uma melhora, mas ela ainda parece preocupante.