Problemas financeiros já viraram rotina no Paddock, atingindo desde equipes médias e de boa performance, como a Force India, até as tradicionais nanicas que batalham para se manter na categoria, como a Manor. Entretanto, nenhum time tem encarado essa montanha russa com tanta frequência quanto a Sauber. Tamanha inconsistência e incerteza não deixaram de ficar evidentes na temporada de 2016.
Contrariando expectativas, 2015 havia sido um ótimo ano para a Sauber, pontuando em praticamente todas as provas e capitalizando a premiação financeira extra com o 8º lugar no campeonato de construtores. O que poderia ser uma ótima base para uma temporada seguinte ainda melhor acabou se tornando apenas um suspiro de vida em meio ao caos em que a equipe está mergulhada, como as atuações de Ericsson e Nasr em 2016 provariam.
O começo de ano foi melancólico para os suíços e logo seus pilotos estariam brigando com Manors e Renaults para tentar sair sequer do Q1 ou até mesmo por posições durante as corridas. O calvário da equipe atingiu seu ápice em duas oportunidades ainda no 1º semestre da temporada, tanto no GP de Mônaco, no qual Nasr e Ericsson bateram na Rascasse enquanto brigavam pela modesta 15º e escutavam ordens de equipe desnecessárias, quanto no GP da Áustria, no qual Pascal Wehrlein marcou um ponto com sua Manor de forma heroica e afundou a Sauber na lanterna do campeonato de construtores.
Com a chegada do 2º semestre de 2016, chegaram também novos investidores que buscavam amenizar a fase tenebrosa pela qual a equipe passava, a Sauber foi então comprada por uma empresa suíça e Peter Sauber deixou o time. Não demorou até que a empresa em questão fosse conectada com Marcus Ericsson e inúmeros boatos sobre favorecimentos de pilotos, renovação de contratos e até boicotes ao carro de Felipe Nasr começaram a circular. Ironicamente, o brasileiro operou um pequeno milagre em Interlagos e segurou um 9º lugar sob chuva forte, devolvendo a 10ª posição e a premiação extra para a Sauber.
Ao contrário de Ericsson, Nasr não seria retido para 2017 e o quase carrasco da equipe, Pascal Wehrlein, assumiria o 2º assento do time. Nessa temporada, a pequena estabilidade financeira pode ajudar a equipe a se recuperar após o ano trágico, no entanto, a dupla explosiva de pilotos e o motor ultrapassado podem atuar com âncoras extremamente difíceis de serem carregadas durante um ano inteiro.
O bom do bp é qdo eu penso em perguntar eles já responde como se lessem meus pensamentos … kkkkk
Fernando parabéns pela desenvoltura do texto e a explanação…..
Sensacional, o Fernando Campos manda muito bem nos posts de retrospectiva!
Valeu, Ruboss!
Muito obrigado, Alessandra! Fico feliz que o texto foi útil e te agradou, meus poderes telepáticos ainda estão afiados. 😛