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Red Bull fica sem compreender mudança repentina de desempenho em classificação do GP da Itália

Red Bull não disputa a pole na Itália e perde espaço para McLaren, Mercedes e Ferrari. Verstappen começará a prova ocupando o sétimo lugar, com Pérez em 8°

A Red Bull sofreu um novo golpe em Monza, além de Max Verstappen não participar do duelo pela pole, o piloto holandês precisou se contentar com o 7° lugar, seguido de perto por Sergio Pérez em 8°.

O time austríaco iniciou o fim de semana com uma performance bem discreta, mas marcado por vários erros de ambos os pilotos, enquanto a McLaren seguiu o seu caminho com uma exibição forte.

Max Verstappen parecia um pouco mais forte no início da classificação, mas foi no Q3 que ficou claro a distância que existia da Red Bull para a McLaren. Além disso, nesse traçado os taurinos ficaram atrás da Mercedes e da Ferrari. A última pole conquistada por Verstappen foi na Holanda, quando corria na casa da Red Bull. Desde então Norris derrotou o holandês em três ocasiões, enquanto George Russell registrou o melhor tempo na Inglaterra e Charles Leclerc na Bélgica.

Por fala em vitórias, Verstappen venceu na Espanha. Nas provas seguintes Mercedes e McLaren foram os maiores desafiantes do holandês.

A Red Bull nesta etapa tentou usar peças antigas no RB20, visando encontrar uma forma melhor para configurar o carro. A equipe substituiu a asa traseira, assim como os outros adversários para se adequar as necessidades do traçado, mas passa por um “apagão” em Monza.

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“Foi só um Q3 muito ruim. Em ambos os meus conjuntos de pneus, eu tive muita subviragem, então não conseguir mais atacar nenhuma curva. Tive que recuar muito no meio da curva, e você perde muito tempo de volta com isso”, comentou Max Verstappen após o encerramento da classificação.

“De alguma forma, no Q2 não foi tão ruim – eu fiz [1m 19.6s] naquele ponto e fomos quase os mais rápidos. Quer dizer, nós conhecemos nossas limitações, nós conhecemos nossos problemas, mas naquele ponto eu acho que tínhamos tudo razoavelmente sob controle. Eu entrei no Q3 e o equilíbrio estava completamente fora. Eu realmente não entendo como isso aconteceu.”

“Claro que agora estamos no final do grupo de cima, eu diria, então vamos ver como isso vai evoluir. É difícil dizer o quão competitivos seremos na corrida em comparação com os outros.”

A diferença entre Max e Sergio ao longo do campeonato ficou bem evidente, mas a proximidade deles em um momento tão decepcionante também chamou a atenção. O mexicano relatou problemas de equilíbrio com o carro, além da mudança de comportamento do carro com a troca dos compostos, mesmo usando pneus macios ao longo de toda a sessão classificatória.

Em vários momentos dos treinos livres parece que a Red Bull priorizou o ritmo de corrida, já que não conseguiriam fazer muito com uma volta rápida. Sobre isso Pérez disse: “Vai ser uma corrida longa, especialmente de onde estamos. Pode acabar sendo um trem DRS, mas o ritmo de corrida longa parece mais promissor, pelo menos, do que em uma volta. Se conseguirmos manter o pneu unido, então potencialmente poderemos progredir.”

Christian Horner também está perplexo com a mudança repentina de comportamento da Red Bull, em entrevista para a Sky Sports F1 afirmou que “simplesmente não entendemos”.

“Acho que há algo que claramente não está funcionando no carro”, continuou. “Estamos tentando desvendar isso e entender. Primeiro, você tem que entender o problema, depois entender como lidar com ele e, então, implementá-lo. Haverá uma solução de engenharia para um problema de engenharia.”

“Q2, não pareceu tão ruim. Ainda tinha as características de manuseio que Max estava falando, mas no Q3 há algo que eu perdi – os outros podem melhorar com pneus novos, mas estávamos a quilômetros de distância.”

“Precisamos resolver isso rapidamente. Podemos ver que as McLarens deram um passo significativo nas últimas corridas e agora estamos atrás da Ferrari e da Mercedes aqui também, então há muito a fazer.”

Grid de largada provisório do GP da Itália – Foto: reprodução FIA

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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