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Red Bull admite uso de dispositivo controverso e promove mudança antes do GP dos Estados Unidos

Após conversas com a FIA, a Red Bull optou por tirar o dispositivo que permitira a alteração da altura do carro. Além disso, respondeu às acusações dos rivais, informando que não realizava o uso desse artificio entre a classificação e a corrida

A Red Bull realizou uma alteração no carro, antes do início das atividades para o GP dos Estados Unidos, depois de um pedido realizado pela FIA. A equipe estava utilizando um dispositivo, capaz de permitir que a equipe realizasse alterações na altura do carro entre a classificação e a corrida.

Os times rivais alertaram a FIA sobre um dispositivo no cockpit da Red Bull, que eles acreditavam ser capaz de fazer esse ajuste de altura do assoalho dianteiro do carro. A preocupação das outras equipes era justamente com relação à mudança realizada depois da classificação, algo que não é permitido na F1, por configurar quebra do parque fechado.

Na tarde desta quinta-feira, um porta-voz da Red Bull conversou com a BBC Sport e disse: “Sim, [o dispositivo] existe, embora seja inacessível quando o carro está totalmente montado e pronto para funcionar. Nas inúmeras correspondências que temos com a FIA, essa parte surgiu e concordamos com um plano para o futuro”.

Basicamente a Red Bull admitiu ter tal dispositivo, mas que ele não poderia ser acessado com o carro montado, portanto, como temia as rivais, o recurso não teria como ser acessado entre a classificação e a corrida. De qualquer forma, eles optaram por realizar a remoção, depois de uma recomendação da FIA.

Os carros durante a classificação entram em um sistema de parque-fechado, as equipes estão proibidas de fazer mudanças na configuração dos carros; a única exceção é a mudança do ângulo da asa dianteira.

A parte que vem sendo discutida (bib ou tea-tray) fica na parte frontal do assoalho, embaixo do cockpit. Em uma declaração da FIA, foi dito: “Qualquer ajuste na folga do bib dianteiro durante condições de parque fechado é estritamente proibido pelos regulamentos. Embora não tenhamos recebido nenhuma indicação de qualquer equipe empregando tal sistema, a FIA permanece vigilante em nossos esforços contínuos para melhorar a verificação do esporte.”

“Como parte disso, implementamos ajustes de procedimento para garantir que a folga não possa ser facilmente modificada. Em alguns casos, isso pode envolver a aplicação de um selo para fornecer uma maior garantia de conformidade”, seguiu.

Aparentemente a FIA foi notificada sobre o uso do dispositivo em Singapura, prova que aconteceu no último mês, antes desta pausa da F1. Os rivais notaram a presença do dispositivo por conta da lista de componentes de código aberto que as equipes precisam fornecer à FIA sobre o design dos seus carros.

Esse recurso colaboraria para a equipe ter um melhor desempenho aerodinâmico na classificação. Enquanto na corrida seria possível evitar o desgaste da parte inferior do assoalho.


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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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