Nesta quinta-feira (23) por conta do e-Prix de São Paulo, a equipe McLaren da Fórmula E atendeu aos jornalistas na sede da McLaren São Paulo. A conversa descontraída com a imprensa foi um dos compromissos da equipe antes da prova que será disputada no Sambódromo do Anhembi.
Com a presença do chefe de equipe da McLaren, Ian James, acompanhado dos pilotos René Rast e Jake Hughes, eles mencionaram as expectativas para a prova. O Brasil é uma completa novidade para os pilotos e o chefe de equipe. O time está bem ansioso para correr em país muito conhecido pela paixão dos fãs pelo automobilismo.
“Sabemos que o brasileiro é apaixonado pelo automobilismo. Estou no Brasil pela primeira vez, mas já me chamou a atenção que a estrada que passa adiante do aeroporto leva o nome de Ayrton Senna. Eu gostaria de visitar a pista do Grande Prêmio de Fórmula 1 [Rast faz referência ao autódromo de Interlagos]. Sei que desta vez não será possível, mas ainda espero conhecê-la”, disse René Rast.
Os pilotos mencionaram que os fãs brasileiros são muito apaixonados e demonstram esse carinho com eles e com a equipe pelas redes sociais. Além disso, eles sempre fizeram pedidos para uma visita deles ao Brasil.
Como a Fórmula E será disputada pela primeira vez no Brasil, a pista é completamente nova para os 22 pilotos e 11 equipes que participam do campeonato elétrico. Porém, os pilotos utilizaram baste o simulador da McLaren neste período que antecedeu a prova, sendo uma alternativa para que se preparassem para a prova que será disputada neste sábado, 25 de março.
“Mas o simulador nunca reproduz todas as variáveis existentes em uma situação real”, pondera. Rast também falou sobre o significado de defender uma equipe como a McLaren na Fórmula E: “É uma grande honra representar uma marca tão significativa na história do automobilismo. É uma equipe pela qual você sonha correr desde que ainda é um garoto. Espero permanecer aqui por muito tempo”.
Jake Hughes está disputando a sua primeira temporada na Fórmula E, mas o piloto chegou à categoria elétrica surpreendendo. O pole do segundo e-Prix de Diriyah, conquistou pontos em quatro das cinco etapas que disputou na Fórmula E na temporada 2022/23.
Antes de entrar na Fórmula E, Hughes correu na Fórmula Renault, GP3, Fórmula 3 e Fórmula 2. O piloto inglês auxiliou a Mercedes enquanto o time esteve na Fórmula E, trabalhando no simulador, atuando como reserva e piloto de desenvolvimento. Hughes ganhou a oportunidade de correr no campeonato elétrico quando a McLaren assumiu as operações da Mercedes.
“Em uma volta, como no treino classificatório, um carro de Fórmula E é exatamente igual ao de todas as demais categorias. Você precisa dar o máximo. A diferença está na corrida, quando você tem de administrar o consumo de energia e buscar a recuperação nas freadas”. Sobre a pista do Anhembi, que aproveita grande parte da reta do sambódromo, analisou: “É uma pista nova e passamos quatro dias trabalhando no simulador, a exemplo das demais equipes. Soube que é o local onde se apresentam as escolas de samba. Espero que o espetáculo que vamos oferecer ao público seja tão bom quanto o delas!”.
A McLaren é uma equipe que se destaca por estar em outras categoria, além de ter feito o seu nome na Fórmula 1, o time Papaya também está na Indy, Extreme E e não mediu esforços para entrar na Fórmula E quando a oportunidade surgiu.
Para o chefe de equipe Ian James, a participação da McLaren em categorias com carros elétricos como a Fórmula E e a Extreme E tem uma importância além da evolução tecnológica: “Elas proporcionam também um aumento na conscientização da questão da eletrificação”. Ian vem de dois anos bem sucedidos na Fórmula E com a equipe Mercedes, adquirida pela McLaren no fim do ano passado. E acredita que a McLaren está no caminho certo para ser competitiva na categoria: “As bases já estão formadas, mas sempre há um período de transição quando acontece esse tipo de mudança e neste ano tivemos também a introdução do carro GEN3”, observou.
Atualmente a McLaren ocupa a quarta posição do Campeonato e conta com 66 pontos.