O circuito de Zandvoort se provou ser uma pista muito travada, de difícil ultrapassagem, portanto a classificação foi muito importante, ajudando a determinar alguns resultados obtidos neste último domingo. Além disso, muitos times apostaram em uma estratégia mais conservadora, não dando margem para momentos mais ousados.
Max Verstappen conquistou a sétima vitória da temporada 2021, conseguindo retornar para a liderança do campeonato de pilotos. A performance em Zandvoort não foi uma surpresa, ainda que ele não tenha conseguido estabelecer uma grande diferença para Lewis Hamilton durante as 72 voltas da corrida. O traçado curto proporcionava o encontro com vários retardatários ao longo da prova atrasando os líderes.
Diante da sua torcida, o holandês retomou a liderança do campeonato, agora estabelecendo três pontos de diferença para Lewis Hamilton. Eles vão assim para a próxima batalha que será realizada em Monza
Vamos ao Raio-X do GP da Holanda, seguindo a atual ordem do Campeonato de Construtores.
Mercedes
344,5 pontos
O time alemão ainda é o atual líder do campeonato, a vantagem deles é que Sergio Pérez não teve uma prova ideal, portanto não somou muitos pontos.
Durante todo o fim de semana a Mercedes chamou a atenção, primeiro por Valtteri Bottas estar apresentando um bom ritmo; segundo porque Lewis Hamilton enfrentou problemas com o motor durante o TL2, perdendo a sessão, além de já ter sido prejudicado pela bandeira vermelha provocada por Sebastian Vettel no TL1.
Neste fim de semana, a Mercedes foi o time que teve menos tempo para verificar os pneus, além de estabelecer uma estratégia melhor, mas conseguiram realizar uma boa classificação, largando com Hamilton em segundo e Bottas na terceira posição.
A Mercedes tentou antecipar as suas paradas, fazê-las de forma rápida e tentar alguma manobra para roubar a ponta de Max Verstappen. No entanto, a Red Bull respondeu as duas paradas executadas pelos rivais. Um dos primeiros golpes foi tentar usar Bottas para segurar Verstappen na primeira troca de pneus, mas não deu certo, pois o finlandês já não tinha borracha para isso.
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Por fim, Bottas ainda atrapalhou Hamilton, ficando a frente do piloto inglês em um momento em que o britânico tinha se aproximado. Mas ainda séria difícil conquistar a vitória, mesmo que tudo tivesse dado certo, afinal, por conta do tráfego gerado em uma pista curta, era praticamente impossível se livrar dos pilotos que estavam mais lentos na pista.
A dupla da Mercedes também teve que lidar com o desgaste dos pneus e por fim optou por ficar com a volta rápida, ela primeiramente foi registrada por Bottas que usou um novo jogo de pneus macios ao final da corrida, mas depois foi tomada por Hamilton que ficou com este ponto extra.
Red Bull
332,5 pontos
Uma parte importante da vitória de Max Verstappen se deu com a conquista da pole no sábado. O holandês já estava confiante para correr neste circuito, afinal, estava diante da sua torcida. Max era o favorito para obter a pole, mas durante os treinos livres de sexta-feira ele teve que lidar com o trânsito, não conseguindo fazer uma volta rápida com pista livre.
Na classificação ele foi forçando o carro, andando mais rápido, até chegar no Q3 e definir a pole, mas não dominou a sessão, pois ficou separado por 0s038 de Hamilton. Por pouco ele perdeu a pole, já que teve um problema no DRS durante o final da sua volta.
Para a corrida, Max precisou encontrar ritmo, mas conseguia sentir a pressão de Lewis Hamilton, ainda que em alguns momentos tenha conseguido trabalhar melhor a distância entre eles. Com os pneus médios, a Mercedes rendeu mais que Verstappen, mas o time austríaco conseguiu lidar com os rivais, respondendo as suas escolhas.
Nos boxes ao lado, Sergio Pérez enfrentou uma corrida para a contenção de danos, depois de ter uma classificação ruim, pois foi prejudicado no pit-lane, quando todos esperaram uma janela melhor para ir para a pista – estabelecendo distância entre os competidores. Desta forma a Red Bull optou por realizar a troca da sua unidade de potência e o mexicano largou dos boxes. Pérez fez duas trocas de pneus, mas conseguiu escalar o grid e cruzar a linha de chegada na oitava posição no domingo.
Depois de três corridas sem pontuar e tendo problemas, Pérez volta aos pontos, colaborando com a equipe mais uma vez.
Agora em Monza, o objetivo da Red Bull e continuar diminuindo a distância entre eles e a Mercedes no Campeonato de Construtores, enquanto tenta afastar Max de Hamilton no Campeonato de Pilotos.
Ferrari
181,5 pontos
A Ferrari assumiu mais uma vez o terceiro lugar do Campeonato de Construtores, mas desde as atividades que foram realizadas na sexta-feira, a dupla apresentou um ritmo muito forte. Ainda era possível fazer comparações com a Alfa Romeo, pois Antonio Giovinazzi também esteve andando entre os dez primeiros e o piloto também tem em seu carro o motor Ferrari.
Na classificação a dupla confirmou a força, obtendo o quinto e o sexto lugar para a largada. O time italiano teve uma boa performance, em mais um circuito travado do calendário (como ocorreu em Mônaco).
Um ponto de dificuldade foi saber como trabalhar com o desgaste dos pneus, pois não tinham muita ideia sobre a degradação, mas optar por uma estratégia de apenas uma parada, largando com os pneus macios e passando para os duros se mostrou a melhor opção para o time italiano.
Charles Leclerc conseguiu manter a quinta posição, a distância para Pierre Gasly acabou se estabelecendo, onde o monegasco optou por não correr riscos, mas ajudar o time na obtenção de pontos.
Enquanto Carlos Sainz teve um desafio, depois de bater no TL3, a Ferrari precisou arrumar o seu carro, os danos não foram tão grandes, mas afetaram a parte frontal do carro. O espanhol fez a classificação, mas durante a corrida não conseguiu lidar bem com o ritmo, o carro estava se perdendo em alguns pontos e o equilíbrio não era adequado. Na última volta, o espanhol foi ultrapassado por Fernando Alonso, que assumiu a sexta posição.
De qualquer forma, a Ferrari mais uma vez conseguiu pontuar com os dois carros, algo que é essencial nesta batalha direta que estão travando com a McLaren.
McLaren
170 pontos
A McLaren teve dificuldade para extrair o potencial do seu carro, portanto a classificação que poderia ajudá-los na conquista por pontos não foi executada da melhor forma. Lando Norris ficou preso no Q2, principalmente após a batida de Nicholas Latifi dar por encerrada a segunda parte da sessão. Norris também não teve confiança de ir até o limite do carro, como estava fazendo durante outras etapas.
Daniel Ricciardo avançou para o Q3, mas só obteve a décima posição, então a McLaren teve que lidar com um piloto começando do décimo terceiro lugar e outro de décimo.
No início da corrida o australiano se sentiu incomodado, principalmente com a fumaça que o seu motor estava soltando. O piloto também informou a dificuldade com a embreagem e depois a dificuldade para entrar no ritmo quando passou a utilizar os pneus duros. Depois ele fez parte de uma escolha da McLaren, inverteram a posição de Ricciardo e Norris, para que o piloto do carro #4 pudesse trabalhar de forma melhor com os pneus duros que eram mais novos.
Por outro lado, Norris falou que tinha ritmo, mas por conta da dificuldade para ultrapassar, sua corrida foi mais complicada, se tivesse encontrado esse desempenho na classificação, poderia ter obtido um resultado melhor.
A estratégia da McLaren não deu muito certo – a inversão entre Norris e Ricciardo – pois o piloto do carro #4 pegou trâsito e ainda foi ultrapassado por Sergio Pérez, pois Ricciardo não conseguiu conter as investidas do rival.
Alpine
90 pontos
Nesta luta particular pelo quinto lugar do Campeonato, a Alpine começou realizando um grande trabalho durante os treinos livres assim como a Ferrari. A dupla levou os carros para o Q3, algo que ajudou muito a impulsioná-los na disputa que ocorreu no domingo.
Na largada Giovinazzi começou bem, mas o mergulho dado por Fernando Alonso, abriu caminho para a Alpine guiada também por Esteban Ocon, desta forma eles ficaram com o sétimo e oitavo lugar naquele começo. Os dois pilotos exibiram a competitividade, mas não conseguiram avançar mais no grid.
Dos boxes, a atividade da Alpine neste início de corrida foi conter os pilotos, pois Esteban Ocon julgava ter mais ritmo e pedia a inversão de posições, mas eles optaram em manter a ordem como estavam. No último giro Alonso concluiu a ultrapassagem em Carlos Sainz para ficar em quinto lugar. Enquanto Esteban Ocon cruzou a linha de chegada em nono, depois de sofrer uma ultrapassagem de Sergio Pérez.
A preocupação da equipe foi na verdade com Pierre Gasly que terminou a corrida no quarto lugar, se aproximando um pouco mais da Alpine no Campeonato.
AlphaTauri
84 pontos
A AlphaTauri tenta retomar a quinta posição do Campeonato e precisa contar arduamente com o trabalho realizado por Pierre Gasly. O francês exibiu um bom ritmo durante os treinos livres e se classificou na quarta posição. Desta forma, realizou uma corrida solitária, mas conseguiu garantir os pontos necessários para a equipe.
Eles conseguiram desempenhar um bom trabalho com o piloto francês, enquanto ainda esperam Yuki Tsunoda se acertar com o carro. O japonês até que foi contido durante os treinos livres, na classificação conseguiu avançar para o Q2, mas não teve um bom desempenho. Durante a corrida ele ficou fora da zona de pontuação e ainda abandonou a prova pois enfrentou um problema na unidade de potência.
Aston Martin
53 pontos
Com a Alpine e a AlphaTauri apresentando desempenhos consideráveis, não sobrou muito para a Aston Martin. Sebastian Vettel ficou preso no Q1, depois que acabou pegando trânsito na pista, enquanto Lance Stroll foi prejudicado pelo regime de bandeira vermelha provocados por George Russell e Nicholas Latifi.
Para a corrida, eles não apostaram em uma estratégia diferente, os dois pilotos começaram a prova com os pneus macios, contando com mais aderência, mas por ser uma pista sem muitos pontos de ultrapassagem, a coisa não foi fácil para ambos. Vettel ainda lidou com uma rodada na curva 3, próximo do final da prova e quase foi acertado por Valtteri Bottas.
Eles analisaram o que poderiam ter feito, mas não existia muitas alternativas que dessem mais chances para que a Aston Martin tivesse a chance de chegar aos pontos. O Top-10 está bem concorrido e em pista onde é complicado ganhar posições com o desempenho, eles não têm muito para fazer.
Williams
20 pontos
Na realização dos treinos livres, a dupla George Russell e Nicholas Latifi conseguiram realizar algumas boas voltas, trabalhando com os pneus disponíveis para o fim de semana e chamando a atenção pelo ritmo. Depois da conquista de pontos, o time parece que está com a confiança renovada.
Mas como já mencionei algumas vezes neste texto, a classificação acabou ditando a performance da dupla no sábado. Russell e Latifi avançaram para o Q2, mas eles bateram, o dano no carro do canadense foi pior e com a troca do câmbio ele largou dos boxes. A confiança fez Russell tentar ir além, dessa forma ele rodou e acabou danificando o carro, mas Latifi errou no momento de fazer a curva.
A corrida foi um combo de problemas, Russell até começou bem e ficou parte da prova em P11, mas depois que realizou a sua parada nos boxes foi penalizado por excesso de velocidade no pit lane. No entanto, o inglês acabou abandonando a corrida antes da prova encerrar por conta de um problema na caixa de câmbio.
Latifi terminou a corrida na décima sexta posição, o início ele achou proveitoso, mas no restante da prova foi acometido com os problemas de temperatura dos pneus, principalmente por conta das bandeiras azuis.
O foco agora está em Monza, na tentativa de obter um novo resultado dentro dos pontos.
Alfa Romeo
Podemos nomear o fim de semana da Alfa Romeo como algo caótico, começando pela sexta-feira quando os desempenhos destintos de Antonio Giovinazzi e Kimi Raikkonen mostravam que não seria um fim de semana fácil.
No sábado, antes do TL3 ter início, Raikkonen foi confirmado com Covid-19, sendo afastado das suas funções, enquanto Robert Kubica foi chamado para substituir o finlandês. O piloto reserva teve apenas uma sessão para se adaptar ao carro e finalmente participar da classificação.
Giovinazzi que está mais habituado ao carro da equipe e já estava mostrando um bom trabalho durante os treinos livres, tratou de levar o carro da Alfa Romeo para o Q2 e de certa forma a bandeira vermelha provocada por Latifi ajudou o italiano, já que desta forma ele foi para o Q3 e ainda contava com a utilização de dois pneus macios.
O piloto que tenta manter a vaga no time mesmo diante de todos os rumores, neste fim de semana conquistou o P7 para a largada. Mas a corrida não foi boa, na largada ele até se posicionou bem na pista, mas teve que lidar com uma fechada de Carlos Sainz, além do mergulho dado por Fernando Alonso e depois de tocar no espanhol, foi ultrapassado por Esteban Ocon. Giovinazzi que largou em sétimo caiu para P10 em instantes.
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Não foi possível marcar pontos em mais uma rodada, Antonio sofreu um furo no pneu pouco depois de realizar a troca dos pneus macios e avançar para os médios, precisando parar mais uma vez. O italiano terminou a prova na 14ª posição, de qualquer forma a aposta da Alfa Romeo não parecia ser a melhor, usando os pneus médios ele teria que parar mais uma vez, já que estava lutando contra possíveis investidas de Russell e Stroll.
Robert Kubica fez o possível o piloto terminou a prova na décima quinta posição, ainda teve uma luta com Sebastian Vettel e Nicholas Latifi. O polonês pode correr em Monza se Raikkonen não conseguir um teste negativo que valide a sua participação na etapa.
Haas
0 ponto
A Haas esteve batalhando pelas últimas posições no grid, sem surpresas. Na classificação a dupla acabou atrapalhando Sebastian Vettel que tentava uma volta rápida no circuito, mas no final não foram punidos, já que o trânsito era algo esperado, principalmente para o Q1.
A corrida não trouxe novas surpresas, Mazepin abandonou a prova com problemas hidráulico, enquanto Mick Schumacher terminou a prova na décima oitava posição, mas não teve uma corrida como queria, pois, precisou realizar a troca da asa dianteira no início da corrida, terminando a prova com duas paradas.
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