O GP da Austrália que geralmente é uma corrida rápida, não foi desta vez. Na verdade o caos foi instaurado, diversas batidas e apenas 12 pilotos terminaram a corrida. Enquanto alguns competidores ficaram felizes pelo resultado que conseguiram, outros não tiveram motivos para comemorar.
Adianto que depois de diversas lambanças da FIA para a condução de algumas provas, vejo que o GP da Austrália teve os seus pontos positivos. Concordo que após o incidente de Alexander Albon que levou brita para a pista, a melhor opção era paralisar a prova, fazer a limpeza de pista e deixar a briga acontecer. Eles perderiam algumas voltas atrás do Safety Car, com trator entrando na pista. Como o evento da F1 costuma encerrar o dia, eles contam com uma margem um pouco melhor para utilizar a bandeira vermelha.
A dinâmica da corrida funciona melhor, tivemos ação na pista. A segunda bandeira vermelha provocada pela batida de Kevin Magnussen também foi bem executada, mas não tinha como prever todas aquelas batidas e os problemas que aconteceram depois. É claro, a pista estava mais fria, a largada parada sempre é um risco, todos queriam aproveitar o momento para buscar um resultado melhor e se livrar de alguma disputa – aconteceu o que aconteceu.
200 IQ moment… even in the middle of a spin 🧠@alo_oficial is always switched on! Check out our favourite moments from the airwaves in Australia 👇#AusGP #F1 @paramountplus
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Nem todos ficaram felizes com o resultado da corrida, principalmente quando voltaram os pilotos para as suas posições originais depois da bandeira vermelha – mas algum lado ficaria insatisfeito mesmo, esse foi um dos motivos para a Haas protestar. A corrida terminou em movimento, encerrando as disputas que aconteciam na pista, fugindo do agito que o público esperava.
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Max Verstappen sobra
O holandês conquistou mais uma vitória no Campeonato 2023, essa é sua segunda vitória, depois de encerrar o GP do Azerbaijão atrás de Sergio Pérez e nada satisfeito com o resultado.
Da prova realizada por Max, destaco o fato dele não ter largado bem quando a corrida foi iniciada, isso deu a possibilidade da dupla da Mercedes para saltar para a ponta. O mesmo aconteceu na segunda relargada pós-bandeira vermelha, mas não demorou muito para o piloto aquecer os pneus, ultrapassar Lewis Hamilton e disparar na ponta.
Max fazia uma corrida tão sólida que conseguiu ficar separado de Hamilton por cerca de dez segundos, até que cometeu um erro, extravasou os limites de pista e a diferença foi reduzida para sete segundo. O piloto tinha uma excelente margem de folga para não ser incomodado. Por fim, Verstappen precisou lidar com a segunda bandeira vermelha do dia e ficou irritado para aquele próximo reinicio. Mas conduziu bem o carro nessa oportunidade, usou os pneus macios e manteve a liderança, fugindo de incidentes.
Aos poucos o piloto vai mostrando que o Campeonato está em suas mãos, por mais que alguns competidores tentem algo diferenciado, Max conta com o melhor equipamento do grid e a possibilidade de conquistar o seu terceiro título mundial na F1.
O lado B da Red Bull
Se Verstappen teve uma boa atuação na Austrália, ainda que não estivesse satisfeito com o desempenho da dianteira do carro, o holandês terminou a corrida com vitória, Pérez foi apenas o quinto colocado. Com o carro que o piloto tem disponível, era esperado muito mais!
Vale mencionar que a dupla chegou na Austrália com apenas um ponto separando eles. Se outros competidores não vão conseguir participar da disputa do título, esperávamos que a briga pelo título ficasse entre Pérez e Vestappen.
O Albert Park é um circuito temporário, com características de pista de rua e bem veloz. Pérez costuma se destacar em circuitos com essas nuances, mas não foi isso que aconteceu na Austrália. Pérez cometeu vários erros, principalmente no sábado quando a classificação seria realizada. O mexicano ficou atolado na brita no Q1, quando o carro estava inguiável. No final das constas começou a corrida do final do pelotão, largando do pit-lane.
Com o desempenho abaixo do esperado e um problema na suspensão, a Red Bull optou por realizar os reparos necessários na suspensão, para que Pérez disputasse a corrida. O piloto não estava certo se conseguiria participar da corrida se o problema não fosse solucionado. Por fim, a Red Bull ainda aproveitou a ocasião para substituir alguns elementos do motor de Pérez, evitando punições futuras.
A corrida do piloto não foi nada boa, ainda no início da corrida após o abandono de Charles Leclerc e a entrada do Safety Car, Pérez realizou a troca obrigatória de pneus e voltou aos compostos duros buscando escalar o pelotão. O piloto ganhou algumas posições, mas permaneceu boa parte da prova ocupando a nona posição, antes de conseguir se aproximar da McLarem ultrapassar Lando Norris e Nico Hülkenberg. O mexicano terminaria a prova em sétimo, mas o caos que se instaurou na pista, proporcionou o piloto ficar com o quinto lugar, herdando as posições de Carlos Sainz (punido) e Pierre Gasly (abandonou a corrida).
Se na corrida passada o piloto fez o papel de representar a Red Bull na primeira posição e realizou uma corrida solida, nesta etapa o seu desempenho não foi coerente com o equipamento que Pérez tem à sua disposição.
Mercedes – uma surpresa mais agradável
We’re feeling that energy, @LewisHamilton. ⚡️
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A Mercedes surpreendeu neste fim de semana, conquistando o terceiro e o quarto lugar para começar a prova logo atrás de Max Verstappen. O time alemã conseguiu superar o seu maior adversário no momento: a Aston Martin de Fernando Alonso.
Após a largada do GP da Austrália George Russell e Lewis Hamilton tomaram a dianteira da prova, empurrando Max Verstappen para a terceira posição. Eles se aproveitaram que o holandês não tracionou bem na largada para duelar com o piloto e liderar algumas voltas da prova. Com o uso do DRS conseguiram manter Verstappen por um tempo na terceira posição, pois estavam presos no trenzinho do DRS.
Russell viveu dois péssimos momentos na prova, perdendo a chance de pontuar. Primeiramente a Mercedes cometeu um erro estratégico, respondendo a entrada do Safety Car em pista após a batida de Alexander Albon – pois pouco depois a corrida foi encaminhada para a bandeira vermelha. Se a Mercedes tivesse realizado uma leitura melhor da pista, poderia ter previsto que a prova seria neutralizada, pois o traçado estava bem sujo com brita (podendo resultar em outros acidentes), enquanto o carro de Albon estava atravessado na pista, podendo resultar em um acidente pior.
Para completar a perda da primeira posição, Russell ainda abandonou a prova depois que um incêndio começou na traseira do seu carro. Se os dois carros não estivessem no pódio neste fim de semana era muito provável que os dois carros estivessem no Top-5.
Lewis Hamilton sozinho na ponta não pode resistir por muito tempo os ataques de Max Verstappen, mas defendeu o segundo lugar, se mantendo longe de Fernando Alonso. Os dois pilotos realizaram uma guerra em conservação dos pneus e quando o espanhol foi liberado para perseguir Hamilton, o piloto da Mercedes estava compartilhando do mesmo ritmo, então não foi afetado.
A Mercedes em especial o W-14 são extremamente inconstantes, nessa corrida e em Jeddah vimos uma performance um pouco melhor, mas é difícil afirmar a possibilidade desse desempenho se repetir nas próximas corridas do ano.
Muito Azar, nada de pontos
Race winner in 2022, Charles Leclerc's race in Oz in 2023 only lasted a few corners 💔#AusGP #F1 pic.twitter.com/qeqRHN7CiF
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A Ferrari encerrou o GP da Austrália sem pontos! A equipe é a quarta colocada nos Construtores, somando apenas 26 pontos, vinte deles conquistados por Carlos Sainz.
É apenas a terceira prova do ano e Charles Leclerc abandonou no Bahrein com problemas no motor, foi punido em Jeddah pela troca da central eletrônica e bateu com Lance Stroll no início da prova no Albert Park. Não tem sido um começo de ano fácil e o monegasco está buscando formas para superar esse começo desastroso, quase uma extensão do último Campeonato.
O desanimo e a falta de compreensão tomam conta dos pilotos da Ferrari. Sainz também foi prejudicado pela estratégia do time, pois a Ferrari também optou por parar o espanhol no momento que o Safety Car foi acionado no incidente de Albon. Sainz caiu para a décima primeira posição e precisou recuperar o que tinha perdido no decorrer da prova. O piloto chegou no quarto lugar, mas naquela relargada pós-segunda bandeira vermelha, o piloto bateu em Fernando Alonso e foi punido com cinco segundos.
Como a corrida acabou com aquela volta pífia, sem nenhum piloto conseguindo ultrapassar ninguém, Sainz não conseguiu estabelecer uma distância para o quinto colocado. O piloto caiu para a décima segunda posição com a punição de cinco segundos aplicada, perdeu os pontos que poderia ter conquistado, depois de uma grande corrida de recuperação.
Já sabemos que dificilmente a Ferrari vai disputar o título neste ano, mas é bem complicado observar esse buraco que a equipe italiana se enfiou e não consegue mais alcançar o topo. Mesmo diante da dificuldade da Mercedes com o W14, o time repete o que fez no ano passado e encontra brechas para pontuar em algumas ocasiões, mais que a Ferrari.
McLaren e AlphaTauri celebram os primeiros pontos da temporada
Os dois times que estavam sem pontos, finalmente conseguiram colocar os seus pilotos na zona de pontuação. Mencionamos o drama das duas equipes, de certa forma o problema se equivale, tanto McLaren como AlphaTauri não têm o carro que esperavam neste ano. Os pilotos estão se esforçando para faturar bons resultados e isso aconteceu no GP da Austrália.
Lando Norris faturou o sexto lugar, enquanto Oscar Piastri foi o oitavo colocado, com os dois carros nos pontos, a McLaren pegou um elevados e agora ocupa a quinta posição do mundial com 12 pontos. Piastri pode comemorar a conquista de pontos correndo em casa, depois de um fim de semana que o piloto demonstrava estar confortável.
A McLaren está em um processo de reestruturação para ser mais uma vez uma equipe competitiva. O time também realizará algumas alterações no carro para melhorar a performance para a temporada 2023.
A AlphaTauri com Yuki Tsunoda bateu na trave nas últimas duas corridas perseguindo os pontos. O piloto quase ficou mais uma vez em uma situação semelhante, brigando pelo Top-10, mas fora dele, mas com toda a lambança que aconteceu no final da corrida, Tsunoda faturou o décimo lugar e um ponto para o time.
A equipe italiana está trabalhando para melhorar o desempenho, mas o carro construído por eles não nasceu da forma esperada. Tsunoda já mencionou que é necessário promover alterações e fornecer atualizações para o carro, tornando um pouco mais possível a busca por pontos.
Nyck De Vries não concluiu a corrida, pois foi acertado por Logan Sargeant na penúltima relargada, o holandês foi parar na brita e ficou limitado.
Haashulk e Alfa Romeo
A Haas segue em uma flutuação, além da disparidade evidente entre Kevin Magnussen e Nico Hülkenberg. Enquanto o piloto dinamarquês bateu no muro de contenção e encerrou a sua corrida de forma antecipada, Nico Hülkenberg não conseguiu o quarto lugar (ou um pódio herdado), mas terminou na sétima posição.
O time norte-americano ainda entrou com protesto, solicitando que o resultado da prova fosse aquele da bandeira vermelha pouco depois da segunda relargada – antes do caos generalizado – mas a FIA não acatou o pedido. Hulk precisou se contentar com a sétima posição, mas não deixa de ser um bom resultado para a Haas.
A Alfa Romeo está em uma situação bem complicada, principalmente pelo meio do pelotão estar bem competitivo. Valtteri Bottas começou a corrida dos boxes, depois que a equipe realizou a alteração da suspensão. A Alfa demonstra preocupação com os motores, depois que a Ferrari enfrentou todas aquelas questões logo na primeira corrida da temporada.
Com apenas doze carros terminando a prova, Zhou Guanyu e Valtteri Bottas poderiam obter pontos, os pilotos até saltaram após a relargada, mas com o grid precisou ser reorganizado, o finlandês ficou fora dos pontos, ocupando apenas a décima primeira posição. Zhou levou dois pontos para a Alfa.
Não se repetiu
Alexander Albon levou a Williams até o Q3 durante a classificação, o piloto conquistou o oitavo lugar para a largada, podendo buscar alguns pontos para a equipe no domingo. Na largada Albon teve uma ótima reação e assumiu a sexta posição. O piloto permaneceu entre Alonso e Stroll até a sétima volta quando cometeu um erro acertando uma zebra e foi parar na brita, provocando a primeira bandeira vermelha do dia.
Os pontos que eram quase certos para Albon, escaparam pelos dedos. A Williams tentou colocar Logan Sargeant entre os dez primeiros, mas a bandeira vermelha provocada pelo companheiro de equipe prejudicou a estratégia. Nem mesmo com o final caótico Sargeant conseguiu aproveitar a oportunidade, pois o piloto acertou De Vries, tirando os dois da corrida.
Poderia pontuar, mas…
A Alpine estava com um bom desempenho nesta prova, o TL3 feito pela equipe foi muito bom. Pierre Gasly conseguiu uma vaga para largar entre os dez primeiros colocados, enquanto Esteban Ocon começou a corrida em décimo primeiro. Ocon lutou um pouco mais para chegar aos pontos, mas Gasly se mantinha em uma confortável quinta posição.
Quando os dois carros estavam na zona de pontuação, com Ocon em décimo lugar, a bandeira vermelha provocada por Kevin Magnussen, provocou uma segunda relargada – foi neste momento que Gasly perdeu o controle do carro e foi acertado pelo companheiro de equipe – A Alpine que tinha pontos certos terminou a etapa zerada.
