A Fórmula 1 chega em Abu Dhabi para disputar a última corrida da temporada 2022, marcando a resolução de algumas disputas que ainda acontecem no pelotão.
A prova do ano passado foi discutida por diversos meses, principalmente por conta das atitudes do diretor de provas e o resultado que definiu Max Verstappen como o campeão de 2021.
Será um fim de semana de despedidas em Abu Dhabi, ficou decidido que Mick Schumacher não guiará pela Haas em 2023. Nicholas Latifi não teve o seu contrato renovado com a Williams e Sebastian Vettel optou pela aposentadoria. Daniel Ricciardo também ficou sem vaga para 2023, o piloto australiano agora trabalha para retornar ao grid.
Porém, durante o TL1 será possível ver alguns novatos realizando testes. Logan Sargeant guiará pela Williams, enquanto Pato O’Ward ocupará o carro de Lando Norris na McLaren. Felipe Drugovich poderá fazer a sua estreia na F1 com a Aston Martin, ajudando a equipe a cumprir o regulamento deste ano. Liam Lawson foi selecionado pela Red Bull para fazer o TL1. Frederik Vesti estará no volante do W13 da Mercedes.
Robert Kubica terá a oportunidade de guiar o carro da Alfa Romeo mais uma vez, ocupando o lugar de Zhou Guanyu. Jack Doohan retornará ao carro da Alpine. Enquanto Robert Shwartzman foi escolhido pela Ferrari para fazer a sua participação no TL1. Pietro Fittipaldi também estará presente no TL1, guiando o carro da Haas, atuando como piloto de testes e reserva da equipe.
O GP de Abu Dhabi fez a sua estreia no calendário da F1 em 2009, sendo uma prova que é realizada no entardecer. Cerca de 4.700 holofotes são usados para iluminar a pista e viabilizar a corrida.
A corrida do ano passado foi a primeira corrida que aconteceu após a pista passar por uma reforma e o layout do traçado sofrer alterações, o responsável pelas mudanças foi Jarno Zaffelli. O circuito foi reduzido de 5.554 KM para 5.281 KM.
As mudanças foram pensadas para fornecer mais pontos de ultrapassagem e uma corrida mais dinâmica. As antigas curvas 5, 6 e 7 foram unificadas na curva 5, o trecho se tornou uma reta. Enquanto o trecho que era formado pelas curvas 12, 13, 14 e 15 se tornou a nova curva 9. Enquanto as chicanes que eram a 17, 18, 19 e 20, se tornaram mais velozes e agora são identificadas por curvas 12, 13, 14 e 15, elas sofreram modificações em seus ângulos o que permite os competidores disputarem as posições de forma mais próxima.
O pit lane é o único da temporada que tem um túnel no final, os pilotos passam por baixo da pista para chegar ao trado. É geralmente um local complicado, principalmente por conta dos pneus.
O TL1 e o TL3 são sessões que acontecem geralmente com as temperaturas quentes, desta forma o TL2 é o momento que os times têm uma oportunidade maior de sentir a pista nas condições que vão enfrentar durante a classificação e corrida.
🤏 19 points between Ferrari and Mercedes
🤏 19 points between Alpine and McLaren#BrazilGP #F1 pic.twitter.com/57Dm1LQsml— Formula 1 (@F1) November 13, 2022
Pneus
Os pneus são o maior ponto de atenção, o circuito não é tão abrasivo, portanto, a Pirelli fornece os pneus mais macios da sua gama: C4 (faixa branca – duro), C5 (faixa amarela – médio) e C5 (faixa vermelha – macio) configuração já conhecida pelos times em outras provas realizadas em Abu Dhabi.
O traçado é composto por 16 curvas, uma sessão bem rápida. A aerodinâmica é bem importante neste traçado, para garantir o desempenho forte e um bom gerenciamento dos pneus.
Geralmente os times acabam trabalhando com a estratégia de apenas uma parada, como aconteceu com Lewis Hamilton e Carlos Sainz. Porém, Max Verstappen optou por trabalhar com uma estratégia de três paradas e conseguiu vencer a prova, pois o momento decisivo foi a batida de Nicholas Latifi próximo do encerramento da prova. O holandês instalou os compostos macios e superou Hamilton na pista, pois os seus pneus eram mais novos.
Como já é um costume, a corrida começa durante o pôr do sol, a corrida vai avançando para a noite. Portanto as temperaturas acabam caindo, elas são mais elevadas durante o dia, mas reduzem com o cair da noite.
É difícil afirmar se os times vão apostar nesta mesma estratégia para o GP de Abu Dhabi deste ano, mas tudo indica que a melhor escolha ainda é o uso de apenas uma parada.
Nos treinos livres eles vão fazer o reconhecimento da pista, compreender as diferenças e verificar a durabilidade dos pneus. A Mercedes será novamente observada neste fim de semana, principalmente após conquistar uma vitória em Interlagos. O time deu um salto neste final de temporada e pode desafiar a Red Bull em Yas Marina.
Após o GP de Abu Dhabi os times vão permanecer um pouco mais em Yas Marina para realizar os testes de pneus de 2023, concluindo as avaliações que foram realizadas nos Estados Unidos e México.
Fórmula 2
Neste fim de semana a Fórmula 2 retorna em Abu Dhabi para realizar a conclusão do Campeonato. Os pilotos da base já conhecem o campeão da temporada, Felipe Drugovich conquistou o título antes da categoria entrar em férias, após a prova disputada em Monza.
A surpresa na pista está pela participação de Juan Manuel Correa, o piloto guiará pela Van Amersfoort Racing, para guiar o carro 24, que já foi ocupado por Jake Hughes e David Beckmann. Correa fará o seu retorno à F2 pela primeira vez desde o acidente em Spa-Francorchamps em 2019.
Drugovich realizará a sua última participação na Fórmula 2 com a MP Motorsport. Théo Pourchaire que atualmente é o segundo colocado, conta com 29 pontos de vantagem para Logan Sargeant. O piloto da Carlin está perseguindo a busca pela superlicença para guiar pela Williams no próximo ano e desta forma precisa de um bom resultado em Abu Dhabi, pois a tabela de pilotos está bem equilibrada, principalmente entre os dez primeiros colocados.
A batalha pelo Campeonato de Equipes também está próxima de chegar ao fim, a MP Motorsport e a ART Grand Prix estão empatadas na liderança com 281 pontos.
Para a etapa da Fórmula 2 a Pirelli fornecerá os pneus médios e macios, repetindo a escolha de Monza.
