O GP da Inglaterra será a 10ª etapa da temporada 2021, as equipes estão se encaminhando para o final da primeira metade do calendário, já que depois do GP da Hungria a categoria entra de férias, realizando uma pausa de três semanas até retornar com o GP da Bélgica.
O GP da Áustria mostrou os pontos fortes da Red Bull, principalmente após Max Verstappen dominar as provas realizadas no circuito. Mas agora o desafio é Silverstone, uma pista que no território da Mercedes e um campo onde eles têm uma grande atuação.
Mercedes sem atualizações
Obviamente as declarações de Toto Wolff com relação as atualizações do carro acabam chamando a atenção, mas não devemos confundir isso, com a falta de mudanças. A cada corrida os circuitos exigem algumas mudanças do carro por conta da variação de características. A Mercedes pode estar pausando o seu desenvolvimento, não focando na criação de novas peças, mas certamente o carro receberá outras peças como já foi informado por James Allison.
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O W12 será atualizado em Silverstone, como parte do seu desenvolvimento em 2021. Mesmo com a Red Bull liderando o campeonato, a equipe ainda precisa manter o alerta, pois a Mercedes ainda está em posição de mudar o jogo com Lewis Hamilton.
No caso da equipe alemã, estrear peças em Silverstone será bem complicado, pois o time só terá a sua disposição o primeiro treino livre. Neste caso, além do acerto do carro, eles também vão precisar verificar peças novas.
Sprint Qualifying
Chegando em Silverstone, a expectativa é ver o que a Mercedes pode entregar neste cenário, mas com o formato do fim de semana pode bagunçar as coisas, principalmente porque as equipes vão trabalhar com menos tempo para configurar os seus carros.
O treino livre será realizado na sexta-feira pela manhã, mas pouco depois os times vão encarar uma classificação no seu formato original, para estabelecer o grid da prova sprint que será disputada no sábado. Os carros já vão entrar em sistema de parque fechado, desta forma todos vão precisar preparar os seus carros para uma classificação e duas corridas.
Em caso de uma quebra de câmbio durante a classificação, a punição será aplicada na prova principal que será disputada no domingo. Ela continua sendo a estrela do fim de semana, no entanto o fim de semana acaba ganhando mais ‘show’. Punições por tempo, recebidas durante a prova Sprint, serão pagas durante o pit-stop na prova de domingo.
Existe muito risco de abandono e problemas nas primeiras voltas, a Sprint será uma prova de duração de 30 minutos para definir o grid do domingo. Se o carro apresentar algum problema ou os pilotos se envolverem em algum incidente, isso representa largar no final do grid do domingo.
Portanto, podemos ter uma prova bem disputada ou um trenzinho que não dará muita emoção, mas vamos ver o que a Sprint tem a oferecer.
Os pontos na superlicença
Vários pilotos têm anotações na superlicença, depois de punições que receberam durante treinos livres, classificação ou corrida. A Sprint Qualifying acaba aumentando a chance de novas punições, pois os pilotos vão batalhar por uma posição melhor para a largada do domingo.
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Novidade além da Sprint
Remetendo ao passado, a Fórmula 1 vai aproveitar a Sprint para homenagear os pilotos que vencerem a prova. Os competidores não vão ter um pódio, pois a prova não vale como uma corrida, mas vão receber uma coroa de louros, além de participar de um desfile por Silverstone depois da corrida.
O primeiro GP da história da Fórmula 1 foi disputado em Silverstone em 1950, um circuito que tem muito peso na trajetória da categoria. O piloto Giuseppe Farina foi o primeiro vencedor na Fórmula 1, o piloto recebeu o seu troféu e uma coroa de louros naquela prova.
Pneus, estratégias e características da pista
O novo formato implica diretamente na distribuição dos pneus, estarão disponíveis 12 jogos de pneus para as equipes – um a menos no total. A Pirelli fornecerá a sua gama mais dura para o fim de semana e a distribuição dos compostos fica desta forma: C1 (duro – faixa branca) dois jogos – C2 (médio – faixa amarela) quatro jogos – C3 (macio – faixa vermelha) seis jogos.
Durante a classificação que será realizada na sexta-feira, os carros só vão trabalhar com os pneus macios, onde os times podem usar até cinco jogos para completar as suas voltas rápidas.
A pista é bem abrasiva, por isso a Pirelli acaba fornecendo a goma mais dura para as equipes. A estratégia vencedora em 2020 contou com apenas uma parada, onde Lewis Hamilton largou com os pneus médios e depois do pit-stop instalou os pneus duros.
Algo parecido deve ocorrer neste fim de semana, as equipes podem escolher os pneus para a largada, desta forma muitos devem apostar nos pneus médios para o início da prova, guardando um conjunto de pneus duros para utilizar na parte final da prova. Como pit-lane de Silverstone é longo e se perde muito tempo na parada, é natural os times apostarem em apenas uma parada como a sua estratégia principal.
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A prova Sprint não necessita de parada e as equipes também podem escolher o pneu que vão disputar a corrida. Com a duração de 30 minutos (cerca de 17 voltas) em Silverstone, acredito que os pneus médios devem ser utilizados no sábado.
O Safety Car pode aparecer e acaba influenciando nas estratégias da prova, dependendo do momento que for acionado. A pista conta com duas zonas de DRS, para ajudar nas ultrapassagens – que ficam entre as curvas 05 e 06, 14 e 15. Os pilotos vão completar 52 voltas no sábado em um traçado de 5.891 KM.
Outras categorias
Neste fim de semana a W Series disputa a terceira prova da temporada. A Fórmula 2 também retorna depois de um mês sem provas.
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