Lewis Hamilton está chegando mais uma vez no México, com altas chances de conquistar o sexto título da carreira, no país. O inglês na temporada passada, mesmo chegando na quarta colocação deu por encerrado a luta pelo título, quando se consagrou pentacampeão.
lll O começo
O primeiro Grande Prêmio do México não foi disputado pelo campeonato de Fórmula 1, mas foi realizado em 7 de novembro de 1962, utilizando as mesmas regras da competição, o que acabou atraindo participantes e equipes da categoria para a disputa. A morte do mexicano prodígio Ricardo Rodríguez aconteceu neste evento e tempos depois o autódromo prestaria uma homenagem a ele e ao irmão Pedro que faleceu em 1971, sendo um dos grandes incentivadores de corrida no país, por isso foi intitulado como Autódromo Hermanos Rodriguez. Antes de receber o nome pelo qual conhecemos o autódromo hoje, era chamado de Magdalena Mixhuca.
Era amado por ser considerado um desafio que não podia ser comparado a nenhum outro já experimentado: estava localizado a 7,390 pés acima do nível do mar. Sem falar que era um dos circuitos mais velozes. As provas só passaram a ser disputadas oficialmente pela Fórmula 1 de 1963 a 1970. Entre 1971 e 1985, não ocorreram corridas pelo campeonato de F1 no autódromo, mas as tentativas para que ele retornasse ao calendário, sempre foram inúmeras.
Em 1980 e no ano seguinte, a IndyCar fez uma breve visita para a realização do Grande Prêmio de Tecate. Depois da tentativa de abranger outras competições, o autódromo que fora rebatizado, necessitou de algumas reformas para que pudesse ser palco de novas provas. O layout foi ligeiramente encurtado e algumas melhorias em relação à segurança foram realizadas. As atividades retornaram em 1986, para o calendário da Fórmula 1, contando com uma vitória de Gerhard Berger em sua Benetton B186. Em 1988 foi movida de outubro, para ficar mais próxima dos Grandes Prêmios dos Estados Unidos e do Canadá.
lll Retorno ao Calendário
O autódromo não ficou sem atividade, mas as corridas que realizadas lá não faziam parte da Fórmula 1. O retorno se deu apenas em 2015, embora as negociações ocorressem desde 2011. No final de 2013 existia um burburinho sobre a sua entrada no calendário do ano seguinte, mas quando foi divulgado, o GP do México não estava entre as etapas. A Fórmula 1 acabou avisando que a falta de tempo para a reorganização das datas das corridas não permitiu o encaixe da prova, mas que ela estava confirmada para 2015, com contrato de 5 anos firmado por Bernie Ecclestone.
lll Características da Pista e Pneus
O Autódromo Hermanos Rodriguez foi construído em 1959 e ainda é muito comparado aos circuitos de Monza e Baku, sendo um dos mais rápidos da temporada. Por ser relativamente novo, ele agrega um pouco de outros autódromos.
A Pirelli escolhei os pneus C2 (faixa branca – duro), C3 (faixa amarela – médio), C4 (faixa vermelha – macio), tudo para tentar amenizar a alta granulação, provocada pela altitude do autódromo. A estratégia do ano passado foi baseada em duas paradas, contando com vitória de Max Verstappen da Red Bull.
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Possui a segunda maior reta da temporada e curvas muito lentas ao longo do seu percurso fazem os engenheiros quebrar a cabeça com os acertos do carro e com o equilíbrio da pressão aerodinâmica e do arrasto que são extremamente importantes. Algumas modificações foram feitas desde 1992, mas não deixaram a desejar, outras obras foram finalizadas em 2015, mas a FIA ainda pediu que o layout de algumas curvas também fosse alteradas.
A unidade de potência também é modificada para esta prova e isso está ligado à localização do autódromo e sua altitude em relação ao nível do mar, com isso as equipes e os pilotos, contam com apenas 78% da capacidade do oxigênio, para trabalhar a performance do carro e suas condições físicas. O turbo precisa girar mais rápido e os carros contam com menos pressão aerodinâmica, além dos possíveis problemas com o resfriamento dos freios que acabam ocorrendo.
lll Nova Zona de DRS
Uma terceira Zona de DRS foi adicionada entre os setores dois e três, entre as curvas 11 e 12, o ponto de detecção fica loto após a curva 9. O objetivo é aumentar o número de ultrapassagens no circuito.
lll Corrida de 2018
Mesmo com Lewis Hamilton terminando em quarto e conquistando o quinto título da carreira, foi Max Verstappen o vencedor do GP do México. O holandês largou melhor que Daniel Ricciardo, o pole daquele final de semana e assim assumiu a ponta, abrindo vantagem para Hamilton que vinha logo atrás.
A medida que as voltas foram passando, o inglês passou a sofrer com os pneus e não pode mais batalhar pela vitória. As flechas de prata abriram os trabalhos nos boxes e como a Red Bull está em disputa direta com eles, respondeu prontamente. A Ferrari tinha um pouco mais de folga com os pneus.
Não conseguindo ”se encaixar” com os pneus, a dupla da Mercedes retornou aos boxes dez voltas depois, abandonando os pneus ultramacios. Para Bottas o buraco foi um pouco mais embaixo e o finlandês realizou três paradas.
No momento da segunda parada de Hamilton, foi a vez da Ferrari responder com Vettel, o alemão retornou atrás de Ricciardo que se viu abandonaria a prova com problemas no motor, desta forma passou a ser o segundo colocado, mas precisou se contentar com ele, pois não tinha mais tempo para chegar no líder da prova.
No grid, Verstappen viu a bandeira quadriculada, acompanhado pelos dois carros da Ferrari, Vettel e Raikkonen.