O GP de Mônaco será disputado após o cancelamento do GP da Emilia-Romagna e entra no calendário como a 6ª etapa a ser realizada neste ano.
A prova em Ímola precisou ser cancelada após as fortes chuvas que dominaram a região nos últimos dias. Ficou inviável a realização da corrida por conta das inundações e todas as consequências geradas pelas fortes chuvas. A categoria realizou uma doação para a região, assim como a Ferrari, além disso, Yuki Tsunoda da AlphaTauri prestou trabalho voluntário para ajudar a limpar as vias da região.
Mônaco é um circuito icônico presente no calendário da Fórmula 1. A prova que acontece no Principado é histórica, enquanto ela gera muito prestígio para o piloto que vence, muitas vezes alguns fãs da categoria se questionam a permanência dessa corrida no calendário.
Conforme os carros foram aumentando, se tornou cada vez mais difícil ultrapassar em Mônaco. O circuito é extremamente técnico e cobra muito dos pilotos. Cada vez mais é importante se classificar bem neste traçado, mas os pilotos precisam contar com um time antenado que saiba trabalhar bem as estratégias para ajudar o competidor.
Foi algo que não aconteceu com a Ferrari no ano passado, a equipe errou a estratégia (que novidade) e assim Sergio Pérez teve a oportunidade de vencer em Mônaco. Charles Leclerc liderava a parte inicial da prova, mas por conta da estratégia da equipe adotada para o monegasco, o piloto foi devolvido atrás de Pérez.
A prova do ano passado teve o seu início marcado pela chuva, conforme a pista foi secando, alguns pilotos optaram por fazer um stint com pneus intermediários antes de instalar os pneus de pista seca. Carlos Sainz por sua vez optou por permanecer mais tempo na pista e trocar os compostos de chuva extrema, direto para os pneus de pista seca. O espanhol conseguiu o pódio, enquanto Leclerc terminou a corrida na quarta posição. Max Verstappen que fez uma estratégia semelhante à de Leclerc, incluindo uma parada adicional para colocar os pneus médios, ficou com o terceiro lugar.
Ao longo do fim de semana a previsão do tempo foi mudando, a chuva agora aparece apenas para o domingo, com chance de 70%.
Para a prova que será disputada neste fim de semana, a Pirelli apostou mais uma vez na sua gama mais macia de pneus e fornecerá os compostos: C3 (faixa branca – duro), C4 (faixa amarela – médio) e C5 (faixa vermelha – macio).
Na classificação, fica o registro que é necessário ir o mais rápido para a pista e estabelecer uma marca, pois as bandeiras vermelhas podem surgir a qualquer momento. Os pilotos também lidam com muito tráfego durante as sessões de treinos livres e classificação, desta forma sempre tem um competidor reclamando que o seu tempo de volta foi comprometido.
No começo das atividades é normal se deparar com um asfalto mais escorregadio, mas por ser um circuito de rua, a pista vai evoluindo conforme as sessões são realizadas. A Fórmula 1 dividirá a pista com a Fórmula 2 e Fórmula 3, as categorias de base também colaboram para o emborrachamento da pista.
Os pneus não são muito exigidos em Mônaco, desta forma pouca degradação é observada nos pneus. O pit-stop pode acontecer dentro da janela programada ou com a possibilidade da entrada do Safety Car. O GP de Mônaco é a única corrida que não cumpre a distância mínima obrigatória de 305 km da FIA, medindo 260,286 km. O traçado é bem travado e com isso apenas 34% da volta é usado em aceleração máxima.
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O circuito é extremamente desafiador, a saída do túnel e a mudança de luminosidade é um ponto complicado para a direção dos pilotos. Ao longo das 78 voltas é necessário ficar atento as mudanças de marcha, ataques as zebras e a proximidade com os muros. Passar retardatários não é uma tarefa tão fácil, mesmo que eles sejam sinalizados para abrir caminho aos pilotos mais rápidos.
Poucos circuitos exigem fisicamente e psicologicamente dos pilotos, Mônaco é um desses circuitos, onde é necessário manter o foco ao longo de toda a prova, principalmente para evitar cometer erros.
Em termos de configuração os times trabalham com muito downforce, as suspensões são modificadas, para atender as necessidades que um circuito de rua como Mônaco acabam cobrando.
Fórmula 2
A Fórmula 2 retorna neste fim de semana depois de ter disputado a sua última prova no Azerbaijão. A classificação em Mônaco será diferente para que os 22 competidores consigam completar as suas voltas no traçado.
Os pilotos serão divididos em dois grupos antes de ir para a pista, a divisão acontece entre os números ímpares e pares. Depois de um sorteio definindo qual conjunto de pilotos pertence ao Grupo A e B a classificação pode ser realizada. A escolha é feita para evitar tráfego na pista, além de acidentes.
O grid é formado pela combinação dos tempos obtidos pelos pilotos. O piloto mais rápido do geral fica com a pole e com isso ele leva o seu grupo para o lado ímpar do grid. O P2 é o piloto mais rápido do grupo oposto ao pole. O P3 será o piloto com o segundo melhor tempo do grupo do pole, enquanto o P4 será o piloto com o segundo melhor tempo do grupo do segundo colocado. Essa combinação é seguida até formar o grid com os 22 carros. Depois dessa definição, as punições podem ser aplicadas e a inversão do grid para a prova Sprint é realizada.
Após o encerramento da etapa do Azerbaijão, Théo Pourchaire reassumiu a liderança do campeonato, chegando aos 65 pontos na rodada. O piloto francês aproveitou o fim de semana ruim de Ayumu Iwasa em Baku, o piloto da Dams não fez uma boa classificação e ficou zerado na terceira etapa, perdendo a liderança depois que os adversários conseguiram bons resultado. Por sua vez, Frederik Vesti que obteve um pódio no sábado e um quarto lugar no domingo, saltou para a vice-liderança com seus 62 pontos.