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Preview do GP da Toscana: a história de Mugello

A nona disputa da temporada será em Mugello na Itália, segunda disputa da Fórmula 1 no país. O circuito foi adicionado ao calendário após ele precisar ser revisado por conta da pandemia de Covid-19. É a primeira vez que o autódromo de Mugello irá receber a categoria se tornando assim a quarta pista italiana a sediar uma corrida, antes disso, Monza, Pescara e Imola já foram palco da competição.

Assim como alguns títulos honoríficos que foram concedidos a pistas do calendário, o nome GP da Toscana é justamente por conta do local onde o circuito fica está, uma região história e conhecida pelos turistas.

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Muito antes da construção de um autódromo, já existiam competições de automóveis por estradas. Em 1914 foi realizada uma corrida em um circuito de 66 km pelas ruas de Mugello, mas pouco depois as competições tiveram que ser abandonadas por conta da eclosão da Primeira Guerra Mundia.

Quando as corridas retornaram o “Mille Miglia” ofuscou a corrida de rua de Mugello, uma competição realizada em 19km, que ganhou força em meados de 1920, mas que deixou de existir nos anos 60 por conta dos frequentes acidentes e mortes que ocorreram.

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A corrida de rua voltou a acontecer em um traçado que lembrava o original, as estradas eram fechadas para que fosse possível a realização das provas, mas durante os treinos elas seguiam abertas e vários acidentes ocorriam. Em 1970 Spartaco Dini, que corria com a Alfa Romeo GTA bateu o seu carro contra um grupo de pessoas, diversas ficaram feridas, duas crianças e um bebê de sete meses faleceram.

Desta forma ficou insustentável continuar realizando as corridas e assim o plano de ter um circuito foi revisado e saiu da gaveta. Mugello foi inaugurado em 1974 e posteriormente foi remodelado pela Ferrari. É um circuito muito utilizado pelas categorias de base para as suas competições além da MotoGP.

Ferrari

Nos anos 80 após uma crise que ameaçou o fechamento do local, a Ferrari resolveu comprar o autódromo para ter como um segundo lar e poder utilizar para testes, pois Fiorano era muito limitado. Após assumir o comando em 1988, os italianos passaram a desenvolver um processo como redesenho de áreas de escape e a implementação de itens de segurança e infraestrutura.

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Neste ano a equipe italiana terá a oportunidade de competir em casa e ainda chegar a marca histórica dos 1000º GPs, com 3 mil pessoas podendo acompanhar o evento, pois a F1 está trabalhando na retomada do público.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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