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Preview do e-Prix de Berlim – Com estreia de Drugovich e três brasileiros no grid

Por conta de conflito com as 6 Horas de São Paulo, Drugovich e Câmara são escalados para evento em Berlim

A Fórmula E desembarca neste fim de semana em Berlim para o duelo da penúltima rodada dupla do ano. O evento no Aeroporto de Tempelhof registrará os duelos da 13ª e 14ª etapas da 11ª temporada.

A corrida em Berlim tem um gostinho especial para os brasileiros, pois três competidores do país estarão no grid. Felipe Drugovich realizará a sua estreia na Fórmula E, com a Mahindra, o competidor ocupará o lugar de Nyck de Vries, já que o holandês deu preferência por disputar as 6 Horas de São Paulo do Mundial de Endurance da FIA (WEC).

Enquanto isso, Sergio Sette Câmara foi escalado para guiar o carro de Norman Nato, pela Nissan. Será a primeira vez que o brasileiro terá contato com um carro realmente competitivo, embora Nato não esteja entregando um rendimento semelhante ao de Oliver Rowland.

A disparidade entre os companheiros de equipe da Nissan chama a atenção, já que Rowland se aproxima de conquistar o título da temporada 2025, enquanto Nato luta para ter alguns pontos, ocupando a décima nona posição com apenas 19 pontos.

Lucas di Grassi segue no grid com a Lola Yamaha, o brasileiro celebrou um pódio com a equipe durante o e-Prix de Miami. Os 30 pontos da equipe ao longo do campeonato foram todos registrados por ele.

A disputa pelo título continua, com Rowland sendo o grande destaque, o britânico lidera com 172 pontos, conseguindo administrar uma boa diferença para a dupla de pilotos da Porsche – Pascal Wehrlein conta com 103 pontos, contra 98 de Antonio Félix da Costa. O quarto colocado é Taylor Barnard da McLaren com 92 pontos – o competidor tenta posicionar no melhor lugar, antes do time se despedir do grid. Por fim, Dan Ticktum que faturou a sua primeira vitória em Jakarta, atingiu a marca dos 80 pontos.

A expectativa é que o campeonato de pilotos seja definido neste evento, já que Rowland tem em seu nome sete pódios. As coisas não foram tão bem nas últimas três corridas para Rowland, mas o trabalho que ele fez nas outras etapas, tem colaborado para essa grande diferença. É provável que o britânico seja declarado campeão ainda no sábado, durante a 13ª etapa, se não acontecer, ele precisa apenas de uma vantagem de 58 pontos após se quiser ir tranquilo para Londres.

Considerados para o páreo estão apenas os quatro primeiros colocados, mas matematicamente, os 11 primeiros – até De Vries poderiam ser considerados desafiantes ao título.

O Circuito

A categoria retorna à Tempelhof, para fechar o campeonato na Europa. Berlim se mantém no calendário desde a primeira temporada, sendo uma das pistas que os pilotos mais gostam.

O Circuito é montado dentro do Aeroporto de Tempelhof, agora atualizado com 2.343 km e 15 curvas, passou por uma alteração para a corrida de 2024. Aliás, este traçado já passou por vários ajustes ao longo desta década, tentando se adequar aos carros da categoria e suas necessidades.

A pista de concreto acidentada, planejada para comportar aviões, é um problema para as equipes pela questão degradação dos pneus. Neste traçado o consumo é mais acentuado, dada as características da superfície que os carros vão percorrer. A aderência é alta e também acaba afetando o gerenciamento da energia dos carros, tornando as estratégias bem complicadas, principalmente com como o Modo Ataque será trabalhado.

Geralmente é uma prova bem movimentada, com várias ultrapassagens, por ser uma corrida agitada, chama a atenção dos fãs da categoria. Este é um dos circuitos que de certa forma tem a cara da Fórmula E, fornecendo um cenário bem interessante, mesmo que não seja em um centro urbano.

PIT BOOST: a inovação estratégica da Fórmula E

Introduzido na 11ª temporada para eventos com rodadas duplas, o PIT BOOST será novamente utilizado no E-Prix de Berlim. A tecnologia, que estreou em Jiddah, adiciona uma nova camada de estratégia às corridas ao permitir uma recarga rápida de energia durante a prova.

O recurso é obrigatório em uma das duas corridas do fim de semana e fornece um aumento de 10% na energia total (3,85 kWh), por meio de um impulso de 600 kW durante 30 segundos no pit lane.

Todos os pilotos precisam realizar a parada para ativar o PIT BOOST, mas há um detalhe importante: cada equipe conta com apenas um equipamento disponível, o que impossibilita a realização de paradas duplas. Isso adiciona um elemento tático crucial à disputa, capaz de influenciar o ritmo, as ultrapassagens e até o resultado final da corrida.

Teste de Novatos

Para encerrar a passagem por Berlim, será realizado um teste com novatos, na segunda-feira. Cada uma das 11 equipes do grid precisava obrigatoriamente escalar dois novatos, pilotos que não participaram de um e-Prix antes. Os competidores terão um dia completo para testes em Tempelhof.

Buemi herda pódio em Jacarta após revisão da FIA

Sébastien Buemi voltou ao pódio do e-Prix de Jacarta dias após o encerramento da corrida, graças a um protesto bem-sucedido da Envision Racing. O suíço havia cruzado a linha de chegada em terceiro, mas foi penalizado com cinco segundos por um suposto toque em Edoardo Mortara (Mahindra), o que o rebaixou para oitavo lugar na classificação final.

No entanto, uma nova audiência realizada pela FIA na semana passada analisou imagens adicionais fornecidas pela Envision — captadas pela câmera instalada no arco de proteção do carro — e concluiu que a manobra de Buemi estava dentro dos limites do regulamento.

Com a penalidade anulada, Buemi recupera a terceira posição na prova, enquanto Nico Müller, da ABT Cupra, retorna ao quarto lugar.

Horários da Fórmula E – e-Prix de Berlim – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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