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Preview completo para o GP dos Estados Unidos

O projeto de expansão da Fórmula 1, sempre contou com corridas nas América, mas principalmente a necessidade de os calendários contarem com provas nos Estados Unidos. Entre 1950 e 1960 tivemos às 500 Milhas de Indianápolis fazendo parte do calendário da F1, mas a categoria já passou por Sebring, Reverside, Watkis Glen, Long Beach, Las Vegas, Detroit, Dallas, Phoenix, Indianápolis e atualmente é disputada em Austin. A partir de 2022, Miami também fará parte do calendário da Fórmula 1, desta forma duas provas vão ser realizadas no país no próximo ano.

O Circuito das Américas sediou a primeira corrida da Fórmula 1 em 2012, o traçado é bem interessante para a categoria, onde já tivemos boas disputas, mas em outros momentos elas foram um pouco mornas.

O traçado conta com 20 curvas, duas zonas de ativação do DRS (a primeira localizada entre a curva 20 e 01, enquanto a outra está entre a curva 11 e 12). O pit-lane até é rápido, não faz os times perderem tanto tempo, onde eles podem investir em uma segunda parada – ainda que as equipes relutem muito em fazer um segundo pit-stop.

LEIA MAIS: COTA passa por reforma e Pirelli escolhe os pneus intermediários da gama para a prova

Com uma pista muito sinuosa, poderíamos ver mais ultrapassagens, disputas ainda mais interessantes, no entanto, os carros atuais perdem performance quando estão próximos de outros, desta forma um trenzinho acaba se formando. O DRS é justamente para auxiliar nas ultrapassagens, mas ao longo do ano tivemos várias demonstrações da sua ineficiência. Portanto vamos ver o que o Circuito das Américas pode reservar para nós neste ano.

Em Austin a corrida costuma ser bem estratégica, onde os times podem fazer escolhas diferentes para tentar ganhar algumas posições. A passagem pelo pit-lane é relativamente rápida, podendo contribuir para as equipes optarem por duas paradas. As condições climáticas também interferem nas escolhas das equipes, assim como a escolha do pneu que eles vão optar para a largada.

As reformas

O COTA passou por uma reforma no último ano, onde 40% do asfalto foi recapeado. Uma necessidade, dado o número de bumps que o circuito tem. Os times precisam redobrar a atenção com a suspensão, que é muito afetada – algumas equipes inclusive tiveram que lidar com quebras da suspensão e rachaduras em algumas peças dos seus carros.

O traçado foi construído em um terreno irregular, com subidas e descidas, além das ondulações que se fazem presentes por toda a extensão do traçado.

As alterações ocorreram na saída do pit-lane e reta de largada, a saída da curva 1, a saída da curva 9 para a curva 10, assim como as saídas das curvas 11 para a 12 e da 15 até a 19.

Por conta da pandemia, a Fórmula 1 não realizou a sua prova por lá em 2020, Austin também não teve as provas da MotoGP, mas em outubro deste ano, o campeonato Mundial de Motovelocidade esteve lá, mas novamente os problemas com as ondulações ficaram evidentes.

A prova é disputada no sentindo anti-horário aumentando o desafio, mas tornando também a prova mais desgastante para os pilotos. São completadas 56 voltas.

A Pirelli vai fornecer mais uma vez a gama intermediária de pneus para a utilização na corrida, desta forma os pilotos vão contar com os C2 (duro – faixa branca), C3 (médio – faixa amarela) e C4 (macio – faixa vermelha). Com parte do circuito recapeado, podemos ter uma alteração do comportamento dos pneus, mas o nível de degradação e tido como médio neste circuito.

Quando a F1 disputou a sua última corrida em 2019, Valtteri Bottas venceu a prova trabalhando na estratégia de duas paradas, enquanto Lewis Hamilton que conquistou a segunda posição, fez a corrida com apenas uma parada.

Nesta época do ano quando a prova é disputada, o clima é instável, podendo haver chuva, mas a maior preocupação é relacionada às altas temperaturas, pois elas acentuam o desgaste dos pneus.

Ter uma boa largada no Circuito das Américas e saber se posicionar na pista no início da prova, é importante, abrindo margem para o time a trabalhar uma estratégia que possa auxiliar em um resultado melhor na corrida.

O campeonato

Estamos na reta final da temporada 2021, a Mercedes ainda é líder do Campeonato de Construtores, contando com 433,5 pontos, enquanto a Red Bull tem 397,5. Max Verstappen reassumiu a liderança do campeonato de pilotos depois do GP da Turquia, o piloto somou 262,5 pontos, contra 256,5 de Lewis Hamilton. O traçado pode favorecer a Mercedes, Hamilton conta com cinco vitórias por lá, enquanto Bottas tem 1 vitória neste circuito. A Red Bull venceu apenas uma vez no COTA, foi em 2013, com Sebastian Vettel.

Programação da Fórmula 1 para a etapa dos Estados Unidos – Foto: Ale Ranieri/BP

 

Final da W Series

Aproveite para conferir a W Series neste fim de semana, a categoria feminina vai encerrar a temporada 2021 no Circuito das Américas, com duas provas sendo disputadas no traçado. Alice Powell e Jamie Chadwick estão empatadas com 109 pontos, enquanto Emma Kimiläinen que ocupa a terceira posição do grid, também tem chances de conquistar o campeonato com os 50 pontos em jogo. 

Por conta das duas etapas que serão realizadas neste fim de semana, a W Series alterou o formato do seu fim de semana. As pilotas vão fazer dois treinos livres no COTA na sexta-feira, enquanto a classificação será realizada no sábado, antes da 7 etapa ser disputada. O primeiro melhor tempo define o grid do sábado, enquanto o segundo melhor tempo estabelecido será usado para definir o grid de largada do domingo. 

Programação da W Series para a etapa dos Estados Unidos – Foto: Ale Ranieri/BP
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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