AutomobilismoColunistasDestaquesFórmula 1Post

Pirelli repete escolha de 2023 para o GP de São Paulo e aposta em corrida estratégica

Interlagos promete emoções sob fim de semana que promete ser marcado pela chuva

A Fórmula 1 desembarca neste fim de semana em Interlagos, entre os dias 7 e 9 de novembro, para disputa do GP de São Paulo. A categoria encara a 5ª rodada com Sprint do calendário, antes do término da temporada 2025.

A Pirelli optou por retornar para a seleção de pneus usada em 2023, composta pela gama intermediária: C2 (duro – faixa branca), C3 (médio – faixa amarela) e C4 (macio – faixa vermelha). Optaram por retornar para essa gama, pois os pneus C5, não apresentaram o rendimento esperado e realmente ficaram restritos para a classificação Sprint, pois nem mesmo na corrida de 100 km as equipes o colocaram em ação.

Ao longo das primeiras sessões de 2024, foi identificado pela Pirelli alta degradação nos pneus de pista seca, além da granulação que é sempre uma dificuldade para os pilotos, especialmente quando localizada no eixo traseiro.

Pneus da Pirelli para o GP de São Paulo – Foto: divulgação Pirelli

Se as condições forem semelhantes as do ano passado, levando em consideração o tempo de maturação do novo asfalto, foi necessário mudar os pneus escolhidos para a corrida e retornar para a seleção que funcionou bem em outros eventos.

Entre as represas Guarapiranga e Billings, o Autódromo de Interlagos se impõe como um dos maiores desafios do calendário da Fórmula 1. O traçado curto, veloz e sinuoso, aliado ao sentido anti-horário e às constantes mudanças de clima e vento, faz até os engenheiros mais experientes quebrarem a cabeça. A imprevisibilidade é parte da identidade da pista paulistana — e, com o novo asfalto em 2025, a expectativa é de mais um fim de semana repleto de variáveis.

Com apenas uma sessão de treino livre, as equipes terão pouco tempo para entender o comportamento do novo piso e ajustar o acerto dos carros antes da classificação que define o grid da Sprint. Interlagos exige atenção redobrada com o tráfego nas sessões classificatórias: o circuito é curto, e encontrar uma volta limpa no Q1 e Q2 pode ser tão difícil quanto uma boa largada no domingo.

Os pneus também sofrem. A pista impõe forças laterais e longitudinais intensas, além de curvas inclinadas que aumentam a carga sobre os compostos. O ar rarefeito de São Paulo, somado à dificuldade de refrigeração, torna o gerenciamento de temperatura dos pneus e dos freios um ponto crucial.

O traçado de Interlagos possui características únicas, lembrando um circuito oval percorrido no sentido anti-horário, completado 71 vezes ao longo da corrida. A alternância entre retas de alta velocidade e trechos mais travados favorece as ultrapassagens, mas também aumenta as chances de incidentes e intervenções do Safety Car.

Nesta época do ano, o clima em São Paulo é imprevisível — variações de temperatura e chuvas repentinas são comuns, tornando o uso de pneus para pista molhada quase inevitável.

Outro fator que adiciona complexidade ao desafio é o asfalto irregular e levemente ondulado de Interlagos, consequência do terreno instável sobre o qual o autódromo foi construído. Isso exige atenção especial das equipes no acerto dos carros e na gestão dos pneus ao longo do fim de semana.

Com o pneu médio sendo o favorito (macio do ano anterior) a Pirelli voltou para a gama que normalmente colabora para corridas mais estratégicas em São Paulo e apostas variadas das equipes.

A fornecedora italiana sempre lida com alguma questão referente aos pneus. No evento de 2023, as equipes trabalharam com a combinação dos pneus médios e macios, fazendo até mesmo uma segunda troca de pneus, mas os compostos duros foram esquecidos. Neste ano, as equipes têm feito um esforço enorme para não arcar com uma segunda troca de pneus e usar mais os pneus duros e médios – porém, tudo aqui depende do quanto pode chover ao longo do fim de semana, mudando os níveis de emborrachamento e temperatura.

A corrida de 2024 foi marcada pela chuva, com o evento até mesmo sofrendo uma alteração pelas condições climáticas. No momento que os pilotos se encaminhavam para definir o grid de largada da corrida principal, uma tempestade tomou conta do autódromo. A janela climática não era favorável e mesmo atrasando o começo da sessão, se fez necessário empurrar a classificação para o início do domingo

Ainda por conta do clima de São Paulo, a FIA também optou por antecipar o horário da largada no domingo, tentando fugir de novos adiamentos e contar com uma janela maior, caso as coisas piorassem.

Todos os pilotos iniciaram a prova principal utilizando pneus intermediários, mas, com o aumento da intensidade da chuva, a corrida precisou ser interrompida com bandeira vermelha na metade de sua duração. Até aquele momento, apenas cinco competidores haviam optado pelos pneus de chuva extrema. Após a relargada, todos retornaram à pista novamente com compostos intermediários — e apenas quatro pilotos utilizaram um jogo novo.

Caso a corrida tivesse ocorrido em condições de pista seca, as simulações e dados coletados nos treinos de sexta-feira e sábado apontavam que a estratégia mais eficiente seria de duas paradas, equilibrando tempo total de prova e gestão do desgaste dos pneus.

Esse é mais um ano que o evento promete ser marcado pela chuva. Ao longo das últimas semanas tem chovido com frequência em São Paulo, fora as tempestades que surgem a qualquer hora do dia.

Programação do GP de São Paulo – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock

Conheça nossa página na Amazon com produtos de automobilismo!

O Boletim do Paddock é um projeto totalmente independente. É por isso que precisamos do seu apoio para continuar com as nossas publicações em todas as mídias que estamos presentes!

Conheça a nossa campanha de financiamento coletivo do Apoia.se, você pode começar a contribuir com apenas R$ 1, ajude o projeto. Faça a diferença para podermos manter as nossas publicações. Conheça também programa de membros no nosso canal do Youtube.


Descubra mais sobre Boletim do Paddock

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

10 Comentários

  1. naturally like your web site however you need to take a look at the spelling on several of your posts. A number of them are rife with spelling problems and I find it very bothersome to tell the truth on the other hand I will surely come again again.

  2. of course like your website but you have to check the spelling on several of your posts A number of them are rife with spelling issues and I in finding it very troublesome to inform the reality on the other hand I will certainly come back again

Botão Voltar ao topo

Descubra mais sobre Boletim do Paddock

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading