A Fórmula 1 correrá neste fim de semana no Autódromo Hermanos Rodriguez, um traçado igualmente conhecido pelos pilotos, embora este seja o primeiro ano guiando com os novos carros.
O formato do traçado é muito comparado ao circuito de Monza, na Itália, mas suas características também remetem ao Azerbaijão. Este é um dos traçados mais velozes da temporada.
Assim como a prova nos Estados Unidos, a Pirelli fornecerá os pneus da sua gama intermediária, desta forma os times vão trabalhar com os compostos: C2 (duro – faixa branca), C3 (médio – faixa amarela) e C4 (macio – faixa vermelha). A escolha da Pirelli já era previsível, principalmente por ser uma configuração semelhante à do ano passado, mas agora trabalhando com os pneus de 18 polegadas.
A Pirelli já experimentou a gama mais macia de pneus neste traçado, porém, o composto mais macio sofreu muito com a abrasividade, desde 2019 a fornecedora de pneus passou a investir nos compostos intermediários, que fornecem performance e são mais resistentes.
A prova no México é disputada a mais 2.200 metros acima do nível do mar. O ar é mais rarefeito afetando os motores e a aerodinâmica, os carros contam com menos downforce especialmente quando estão em velocidades mais baixas. Os times vão experimentar o circuito e avaliar como será o trabalho do efeito solo nestas condições.
Estados Unidos, México e Brasil tem algo em comum: a variação de temperatura chama a atenção, isso acaba afetando diretamente o desempenho dos pneus, principalmente por conta da degradação térmica, algo que os engenheiros precisam monitorar mais de perto.
A prova da temporada passada contou com a estratégia de apenas uma parada. Max Verstappen cruzou a linha de chegada na primeira posição, começando a prova com os pneus médios e depois avançou para os compostos duros. Poucos pilotos adicionaram os pneus macios em sua estratégia.
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Este não é um traçado muito favorável para as ultrapassagens, pois o vácuo não tão efetivo. Mas existe a esperança que com os novos carros, os times andem um pouco mais próximo.
O TL2 do GP do México será usado para mais testes da Pirelli, a atividade terá 90 minutos de duração, pois a fornecedora de pneus não teve a oportunidade de realizar as avaliações necessárias no Japão, por conta da chuva torrencial que caiu na sexta-feira – quando os treinos livres são realizados. Desta vez a Pirelli solicita a avaliação dos pneus mais macios que estarão disponíveis para o próximo ano. Os pneus protótipos não possuem marcações coloridas nas paredes laterais.
Como alguns times vão colocar jovens pilotos para guiar os seus carros no TL1, poderão usar a primeira meia hora do TL2 para que os seus pilotos titulares façam a coleta de dados necessária para o fim de semana e suas avaliações com os compostos que estão definidos para este fim de semana.
“Ao longo de uma temporada, nossos pneus precisam lidar com uma ampla variedade de condições, dependendo das características individuais de cada local. Se você olhar para as duas últimas corridas, Suzuka foi sobre forças laterais e Austin foi bem equilibrado aerodinamicamente, mas o México neste fim de semana se concentra em tração e frenagem. O circuito de Hermanos Rodriguez não oferece muita aderência e as demandas de energia dos pneus são razoavelmente baixas, já que os carros não geram muita pressão aerodinâmica no ar rarefeito em alta altitude, especialmente em curvas lentas. Este ano, o circuito pode ser mais limitado à dianteira, já que a geração atual de carros tende a sair de frente em curvas lentas – o que o México tem em abundância – e isso pode levar os pneus dianteiros a deslizarem mais. Devido à natureza do local, o circuito tende a apresentar uma superfície empoeirada com bastante evolução da pista. Compreender isso e acertar o aquecimento do pneu é provavelmente a chave para o sucesso”, disse Mario Isola.