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Pirelli conclui dois dias de testes no México com foco nos pneus de 2026

Mais de 1.200 quilômetros foram percorridos ao longo de dois dias no circuito Hermanos Rodríguez

A Pirelli permaneceu mais alguns dias no México para dar continuidade ao desenvolvimento dos pneus de 2026. Foram dois dias (28 e 29) de atividade no Autódromo Hermanos Rodríguez, aproveitando o intervalo até a disputa do GP de São Paulo

Gabriel Bortoleto foi escalado pela Sauber para fazer a sessão, guiando o C45 – carro atual da temporada 2025. A Pirelli forneceu ao piloto brasileiro os pneus macios da nova gama ao longo do dia (do C3 ao C6).

Pela manhã, o brasileiro experimentou todas as opções disponíveis, começando com o pneu mais macios, antes de avaliar os compostos um pouco mais rígidos, conforme a temperatura de pista aumentava.

As primeiras horas foram separadas aos testes de desempenho, os engenheiros da Pirelli se valeram muito desta coleta de dados, para avaliar as diferenças entre os compostos – principalmente relacionados ao tempo de volta. Durante a sessão vespertina, foi a hora de validar essas informações com as simulações de stints mais longos, com até 15 voltas, para verificar os níveis de degradação.

Foram 136 voltas completadas por Bortoleto, percorrendo o total de 585,344 quilômetros. Seu melhor tempo de volta foi registrado na volta 45 com a marca de 1m19s089. Ao longo do dia eles contaram com um céu limpo e temperatura de pista na casa dos 51 °C.

Segundo dia de testes

O dia teve início com Valtteri Bottas, terceiro piloto da Mercedes-AMG F1, ao volante de um protótipo baseado no chassi W16. O finlandês concentrou o trabalho nos compostos mais macios da gama (C3 a C6), seguindo um programa semelhante ao realizado por Gabriel Bortoleto, da Sauber, na terça-feira.

A maior parte do cronograma de Bottas foi dedicada ao composto C3, o mais duro dentro dessa faixa de testes — e também o mais utilizado nos fins de semana de corrida da F1. O piloto realizou várias voltas de desempenho e simulações de corrida, sempre precedidas por voltas de aquecimento para atingir a temperatura ideal dos pneus.

Durante a tarde, Frederik Vesti — que havia participado do TL1 do GP do México com a Mercedes — assumiu o carro para testar diferentes estruturas de pneus ao longo de 10 voltas.

No total, Bottas completou 112 voltas e Vesti outras 49, somando 161 voltas (equivalentes a 693 quilômetros) no segundo dia de atividades. O melhor tempo do dia foi de 1m18s204 para Bottas, enquanto Vesti registrou 1m19s657 — marcas que, segundo a Pirelli, não são comparáveis entre si, já que os pilotos seguiram programas distintos.

As condições da pista permaneceram semelhantes às do primeiro dia de testes, com a temperatura do asfalto chegando a 49°C. No total, os dois dias de atividades somaram 1.278 quilômetros percorridos no circuito mexicano.

O desenvolvimento dos novos pneus ocorreu ao longo de 15 sessões de testes, cada uma com duração de dois dias, realizadas em sete países diferentes. Três delas aconteceram em 2024: em Barcelona (17 e 18 de setembro) e Mugello (8 e 9 de setembro) para compostos de pista seca, e em Magny-Cours (13 e 14 de novembro) para compostos de pista molhada. As outras doze foram realizadas ao longo de 2025.

O próximo teste dos pneus de 2026 está programado para o dia 9 de dezembro, em Abu Dhabi, durante o teste coletivo com todas as equipes após o encerramento da temporada da Fórmula 1.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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