Neste fim de semana a Fórmula 1 desembarcará no Azerbaijão para disputar a 8ª etapa do campeonato. Outra disputa que será realizada em um circuito de rua, dando sequência a temporada após o GP de Mônaco.
A Pirelli vai fornecer a sua gama mais macia de pneus assim como os compostos que foram escolhidos para a prova disputada pelas ruas do Principado. A seleção escolhida é a mesma do ano passado, mas com a diferença que agora a categoria adotou aos pneus de 18 polegadas e a composição deles também foi reformulada. Desta forma os times vão receber o C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio – faixa vermelha).
Na última temporada aconteceram alguns estouros em Baku, mas isso não deve se repetir neste ano, pois os compostos dessa temporada são mais adequados aos novos carros da Fórmula 1.Nesta temporada eles já foram colocados a prova e mostraram uma boa resistência, mesmo com o consumo elevado em algumas pistas.
Baku é um circuito desafiador, com retas muito rápidas, mas que também conta com muros que estão sempre muito próximos. Este é outro circuito que acaba cobrando muito da atenção dos pilotos, mas tem seus ‘respiros’ por conta das longas retas. As curvas bem fechadas também são um desafio para os pilotos, depois de esfriar os compostos nas retas, eles precisam encontrar a aderência necessária para realizar uma frada forte e concluir a curva.
As altas temperaturas são esperadas, mas também existe uma variação de temperatura no circuito, pois os prédios que estão ao redor do traçado criam pontos com sombra, onde as temperaturas são mais baixas, modificando não apenas o comportamento dos pneus, mas também a reação dos pilotos com a troca de luminosidade.
Por conta da temperatura, os pilotos precisam ficar atentos ao trabalho dos pneus para não lidar com nenhuma surpresa. Essa forma de lidar com o gerencialmente dos compostos acaba impactando diretamente nas estratégias dos times e nas suas paradas. Mônaco começou com chuva, portanto as estratégias mudaram rapidamente, em Baku o mais importante é ficar atento com o que está acontecendo por toda a pista, por conta de uma acionamento de Safety Car.
Quando a Pirelli trabalhava com a gama de pneus intermediária em Baku, a estratégia ficava entre a utilização dos pneus macios e médios, mas na temporada passada, quando Sergio Pérez conquistou a vitória, o piloto começou a prova com os pneus macios, partiu para os duros e encerrou a corrida com outro jogo de macios.
Na temporada passada, no Azerbaijão, Max Verstappen bateu na volta 46, após o seu pneu traseiro esquerdo estourar na reta dos boxes. Os pilotos tiveram que passar pelos boxes para evitar a sujeira provocada pelo abandono de Max, mas na volta 48 a corrida entrou em bandeira vermelha para concluir a limpeza da pista. A corrida seguiu, com a FIA optando por uma largada parada e os pilotos trabalhando os pneus macios. A bandeira quadriculada foi dada ao final da volta 51 como previsto, com Pérez liderando a corrida.
As estratégias podem mudar mais uma vez neste ano, pois não existe mais a regra de usar o pneu que o piloto deu a volta mais rápida no Q2, com os times livres para escolher os seus pneus da largada, eles podem apostar nos compostos médios para iniciar a corrida. O Safety Car também é um fator que acaba mudando o rumo da corrida e as escolhas dos times, mas é necessário ter uma rápida reação.
Baku é sempre um traçado muito comparado com outros circuitos, como a velocidade que é aferida em Monza, mas que conta com a complexidade de Mônaco e Singapura. As provas por lá costumam ser movimentadas, mas o Safety Car também precisa entrar nessa conta para bagunçar o grid.
“Até Jeddah aparecer, Baku era o circuito de rua mais rápido do ano. Mas as exigências desta pista de rua ainda são relativamente baixas, pois nenhuma das curvas tira uma enorme quantidade de energia dos pneus devido aos baixos níveis de abrasão e cargas laterais contidas – o que significa que podemos ter a mesma nomeação de Mônaco. Dito isto, as altas velocidades no Azerbaijão ainda colocam uma certa demanda nos pneus. O ponto principal é a tração, com a busca pelo equilíbrio certo entre os eixos dianteiro e traseiro sendo o principal desafio para todas as equipes: você precisa ter calor suficiente nos pneus dianteiros para gerar aderência, apesar das longas retas que os esfriam, mas não muito calor na parte traseira, caso contrário é fácil superaquecer nas zonas de tração. A temperatura da pista também é inconsistente em Baku, então, em suma, é uma pista bastante específica com alguns desafios técnicos diferentes, que são os mesmos para todos”, disse Mario Isola.