O GP do Azebaijão ocorreu neste domingo e o problema de estouro de pneus apresentado no carro de Lance Stroll e Max Verstappen – quando os pilotos estavam em alta velocidade chamou a atenção. Os dois abandonaram a prova, quando tinham grandes chances de pontuar bem. Para o holandês foi ainda mais complicado, já que ele estava na liderança da prova e disputa o título com Lewis Hamilton.
O abandono provocado por Max Verstappen próximo do final da prova, gerou uma paralisação da corrida – o regime de bandeira vermelha – onde todos os pilotos tiveram a oportunidade de abandonar os pneus duros e utilizar os pneus macios, já que existia um medo com relação a novos estouros até o final da prova.
Os problemas apresentados por Stroll e Verstappen foram semelhantes, um dos seus pneus traseiros dava a aparência que tinha pedido pressão e pouco tempo depois do furo ‘um estouro’ foi provocados, os pilotos abandonam a prova. Lembrando que Stroll largou com os pneus duros, enquanto Verstappen instalou os compostos do mesmo tipo após realizar a sua parada obrigatória.
A big impact for Lance Stroll 💥 but thankfully the Aston Martin driver emerged unscathed 👍#AzerbaijanGP 🇦🇿 #F1 pic.twitter.com/vNbqZNOEnV
— Formula 1 (@F1) June 6, 2021
Mario Isola conversou com os jornalistas e acredita que os pneus não tiveram este problema por uma falha ou desgaste, mas que detritos na pista podem ter provocado o problema: “Acredito que posso excluir que as falhas foram devido ao desgaste dos pneus, porque não é uma questão de desgaste dos pneus…. O pneu traseiro esquerdo não é o pneu mais estressado em Baku… porque é obviamente o traseiro direito.”
“Não quero tirar conclusões precipitadas, mas parece que foi um corte devido aos detritos, porque como eu disse, não é o pneu mais estressado… Tivemos outros carros com o mesmo número de voltas nos mesmos tipos de pneus sem nenhum problema. Portanto, a investigação preliminar é que provavelmente se deve a um fator externo, ou destroços, ou as zebras ou qualquer outra coisa.”
Para este fim de semana do GP do Azerbaijão a Pirelli levou a sua gama mais macia, para possibilitar um amplitude de estratégias já que em 2019 quando a gama intermediária foi usada, os times não usaram os pneus duros na prova. Desta vez as equipes tinham o pneu duro para traçar as suas estratégias e até trabalhar com duas paradas.
“Temos que receber deles a telemetria, mas o que nos disseram foi que não houve nenhum aviso, nenhuma vibração, nada que parecesse que haveria algo errado nos pneus”, um problema prévio que indicasse que aqueles pneus estavam chegando no limite”, disse Isola.
“Para Max, podem ser destroços do carro de Lance”, disse Isola. “Para Lance, honestamente não sei porque não houve incidentes antes de seu abandono, então não posso excluir que havia algo no caminho.”
Em 2018, no GP do Baku, Valtteri Bottas estava liderando a prova quando teve contato com um pedaço de carro na reta principal e o seu pneu estourou, nas imagens recuperadas ficou claro.
“Obviamente, outro elemento de nossa investigação são as imagens e se houver alguma câmera, qualquer imagem, qualquer vídeo, quaisquer imagens que possamos usar para entender melhor o que aconteceu usaremos”, disse Isola.
Para a investigação eles vão tomar como base as imagens dos incidentes e os pneus de outros competidores, para realizar uma análise mais profunda. Os pneus serão levados para Milão, para a realização da investigação completa. Isola acredita que um relatório deve sair antes do GP da França para informar os times.
“Encontramos um corte no pneu traseiro esquerdo usado por Lewis Hamilton com o mesmo tem de uso de Verstappen. O corte era bastante profundo e grande, provavelmente de 6 a 7 cm, mas não danificou a construção, então o pneu ainda estava inteiro, só com esse corte. E quando apareceu a bandeira vermelha e Lewis e veio para o pit lane e trocou o conjunto de pneus, pudemos encontrar o corte no pneu”, finalizou Isola.
Momento de pressão
As falhas colocam muita pressão na Pirelli, neste ano os pneus sofreram algumas alterações para reforçar as suas estruturas e garantir que estes pneus possam ser usados até o final da temporada de 2021. Eles são praticamente os pneus desenvolvidos no final de 2018, que estão pelo terceiro ano consecutivo sendo utilizado pelas equipes.
A Pirelli também pediu que uma série de mudanças nos carros fossem realizadas para evitar furos e estouros em decorrência do desgaste excessivo que os níveis de downforce provocam nos pneus. Os carros precisaram mudar o assoalho, dutos de freio e outras partes para se adequar ao regulamento deste ano, ligado aos pneus.
No entanto, mesmo com as mudanças realizadas nos carros, as equipes seguiram desenvolvendo os carros de 2021, onde boa parte do downforce perdido já foi recuperado. A tendência é que os pneus sofram até o final da temporada, mesmo com as medidas que a Pirelli tomou, além das mudanças do regulamento que foram aplicadas.
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