A FIA deu um novo desdobramento nesta semana, para a repreensão imposta por uso de palavrões. Foi necessário a órgão regulamentador atenuar as penalidades, além de reduzir pela metade o valor das multas. Obviamente com as atividades do GP da Emilia-Romagna em andamento, os pilotos foram perguntados sobre o assunto.
O piloto da Mercedes, George Russell e diretor da Associação de Pilotos de Grandes Prêmios (GPDA) comentou que esse tipo de repreensão “nunca deveria ter acontecido”.
“Bem, eu sinto que as mudanças nunca deveriam ter acontecido, em primeiro lugar. Então, estamos falando de uma situação em que as coisas foram revertidas porque era um pouco ridículo desde o começo.”
“É claro que estamos felizes em ver as coisas voltarem a ser como deveriam ser, mas isso nunca deveria ter acontecido, em primeiro lugar, se isso faz sentido. Então parece um pouco errado agradecer pelas mudanças, quando não deveriam ser feitas, para começar.”
“É uma situação um pouco estranha e ainda não tivemos nenhuma conversa com ninguém do alto escalão da FIA, então, sim, é tudo um pouco suspeito”, comentou o britânico.
Embora os pilotos da Fórmula 1 façam comentários mais contidos sobre a situação, no Mundial de Rally (WRC), os pilotos cordearam um protesto nas redes sociais para demonstrar o descontentamento com essa regra, após Adrien Fourmaux ser punido.
O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, liderou uma revisão do Apêndice B do Código Esportivo Internacional, para esclarecer as punições que seriam aplicadas aos pilotos por uso de palavrões.
Max Verstappen foi penalizado no ano passado, por uso de um palavrão em uma coletiva e precisou prestar um trabalho comunitário para a FIA. O piloto também realizou o seu protesto depois da atitude, se limitando ao que falaria em uma coletiva de imprensa para não correr o risco de novas punições – Max atendeu aos jornalistas depois, pois o problema não era com eles, mas sim com a FIA.
“É um começo positivo, eu diria – pelo menos eles fizeram isso. Estou satisfeito que eles tenham percebido que o que tinha antes era um tanto agressivo demais.”
Hamilton admitiu que não tinha conhecimento do comentário de Russell, mas também foi ao encontro do descontentamento que acontece entre os pilotos e equipes.
“Quer dizer, é ridículo. Eu realmente não sei; nada do que eu disser fará qualquer diferença nisso. Parece uma bagunça, no momento, e sim, com certeza há mais mudanças que são necessárias.”
O heptacampeão mundial já foi perseguido pelo presidente da FIA por uso de piercings e anéis.
“Parece mais desafiador do que deveria ser, realmente. Todos nós apresentamos nossas opiniões. Eu não diria que chegamos a um ponto sem volta, mas pelo menos queremos ver boa vontade da outra parte. Acho que sentimos que expusemos o nosso ponto de vista e queremos ter conversas e diálogos. Há um limite para o que você pode pedir, então, sim, tem que ser mútuo e tem que vir de ambas as partes.”
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