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Pedido de revisão da Haas para GP dos Estados Unidos é rejeitado pela FIA

Mesmo com problemas relacionados aos limites de pista, Haas tem pedido de revisão negado pela FIA

Nesta quinta-feira (09) a Haas teve o seu pedido de revisão sobre supostas infrações dos limites de pista durante o GP dos Estados Unidos negado.

Após o encerramento do GP de São Paulo, a Haas encaminhou uma petição para os comissários, solicitando um pedido de revisão sobre o GP dos EUA, o time esperava uma investigação após várias imagens apontarem que pilotos extravasaram os limites de pista e não receberam punições. O pedido em questão era sobre supostas violações de Alexander Albon ao longo da corrida em Austin.

Uma audiência foi marcada para o dia 8 de novembro, mas a sessão teve continuidade nesta quinta-feira. Os comissários do GP dos Estados Unidos conduziram a audiência, além da Haas a maior interessada no assunto, convocaram a Aston Martin, Williams e Red Bull com os seus devidos representantes para abordar a questão, enquanto a Ferrari e a McLaren também optaram por participar da reunião.

Para analisar a questão, os comissários levaram em consideração o artigo 14.3 que menciona “um novo elemento significativo e relevante for descoberto e estava indisponível para as partes que solicitaram a revisão momento da decisão em questão”.

 

Com as evidências apresentadas, os comissários foram obrigados a determinar se qualquer evidência apresentada a eles era capaz de atender aos requisitos de “relevante, novo e indisponível para a parte que solicita a revisão”. Além disso, também foi necessário definir se os critérios foram significativos, relevantes e novos para determinar se seria possível acatar a solicitação da Haas.

Este era um ponto que já se imaginava, afinal, em outros pedidos de revisão de resultados ou problemas na corrida, a cartilha seguida é a mesma e os comissários acabam se apegando muito nesta questão de expor um fato novo.

Foram apresentadas imagens de câmera onboard do carro 23 (Alexander Albon) do piloto supostamente extravasando os limites de pista em diversos momentos que passou pela curva 6 do circuito durante a corrida. Imagens também foram apresentadas do carro 2 (Logan Sargeant) com o piloto extravasando os limites de pista na mesa parte do traçado, assim como Sergio Pérez. Também foram reunidas imagens do carro 18 (Lance Stroll) fazendo a mesma movimentação de cruzar a linha branca.

Em uma observação escrita, a Haas também afirmou que durante a reunião dos chefes de equipe, realizada no dia 27 de outubro de 2023, antes do GP do México ser disputado o diretor de corrida da FIA e o diretor esportivo de monopostos supostamente realizou várias declarações indicando que faltavam recursos para chefiar a curva 6 do traçado.

Sem apresentar novas evidências, pedido de revisão da Haas é negado pela FIA – Foto: reprodução F1

A Haas por sua vez especificou na petição que para revisar a decisão sobre Albon, era necessário avaliar separadamente a petição para a revisão do final da prova, tomando como base as provas que foram apresentadas sobre os carros 2, 11 e 18.

Em observação os comissários afirmam que a Haas não forneceu provas adicionais durante a audiência, pois as imagens já estavam disponíveis para os comissários quando o fato ocorreu.

Além disso, a Aston Martin reformou que as imagens onboard não eram significativas para uma evidência secundária, como o CCTV. Todas as equipes foram informadas em diversas ocasiões anteriores pela FIA que a infração de limite de pista não seria julgada com base nas imagens das câmeras onboard, por conta da limitação inerente do vídeo.

Os limites de pista seguem sendo debatidos tanto pelos competidores, como suas equipes, além do fato de alguns competidores serem punidos, mas a atitude de outros passar simplesmente despercebida. Por mais que existam sensores e câmeras posicionadas em determinados pontos do traçado, ainda é complicado verificar volta por volta de cada um dos competidores.

Obviamente a FIA reconhece que os problemas relacionados a violação dos limites de pista é algo que precisa ser avaliado, mas no memento eles não contam com uma solução prática, “seja para melhorar as soluções tecnológicas, rastrear alterações, uma combinação delas ou um padrão de regulamento e aplicação diferente, os comissários deixam para aqueles que estão melhor posicionados realizar tais avaliações”.

Eles reiteram: “No entanto, com base no momento desta decisão, é evidente que a solução completa não pode, por uma questão de praticidade, acontecer este ao. Mas dado o número de circuitos diferentes onde há problemas significativos de limite de pista, surgiu nesta temporada, reconhecendo que a FIA em conjunto com os circuitos já fez avanços significativos, outras soluções deverão ser encontradas antes do início da temporada 2024.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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