Pascal Wehrlein conquistou o título da 10ª temporada da Fórmula E, após defender a Porsche por quatro anos consecutivos. O título foi faturado após o alemão vencer a Corrida 1 em Londres e encerrar a prova do domingo na segunda posição.
A Porsche partiu para o último duelo do ano munida por um bom desempenho, além de contar com uma estratégia que surtiu efeito nas duas corridas do fim de semana. Oliver Rowland venceu a última corrida do campeonato, enquanto Mitch Evans precisou se contentar com o terceiro lugar, pois a equipe tentou algo diferenciado com o Modo Ataque e correu o risco de ainda receber uma punição no final da prova.
Wehlein fez uma temporada bem regular com a Porsche, faturou três vitórias e cinco pódios, pontuando em 14 provas do campeonato. O competidor liderou o campeonato quando era necessário, para brigar diretamente pelo título com a Jaguar. Foram três poles conquistadas que também renderam mais alguns pontos para o competidor.
“Incrível. É muito incrível. Eu não sei nem por onde começar. Foi difícil, eu sabia que tinha de atacar, tinha de pegar o modo ataque. Mitch [Evans] se defendeu muito, mas continuei tentando ultrapassar. No fim, não sei o que aconteceu, sei que o Safety Car entrou”.
“Sabíamos que ontem e hoje seriam dias difíceis, tínhamos de nos concentrar e tirar o melhor do carro. Essa é uma pista que se encaixa com o nosso carro e conseguimos. Mostramos um ritmo excelente. Estou muito feliz comigo mesmo, mas mais feliz ainda pela equipe”, afirmou o piloto Pascal Wehrlein, de apenas 29 anos.
A decisão do título foi arrastada para o domingo, depois de um deslize cometido por Nick Cassidy no sábado, quando o competidor não classificou bem. O neozelandês perdeu a liderança do campeonato, com Wehrlein assumindo a dianteira às vésperas do que se tornou a decisão. Mitch Evans que chegou como um postulante ao título, tentou batalhar ao longo das duas corridas com Wehrlein, mas realmente o desempenho da Porsche foi muito melhor em Londres, principalmente na parte atrelada ao gerenciamento da bateria.
Apesar de perder um título que parecia garantido nas quatro provas anteriores, a Jaguar fez um bom trabalho para conquistar o Mundial de Construtores com 368 pontos. A Porsche destacou-se com o desempenho do português António Félix da Costa na reta final que conseguiu fazer uma boa e colaborar com o time. O português foi decisivo no domingo, trabalhando junto com Pascal para que o companheiro de equipe colocasse o seu nome na história da categoria.
O alemão da Porsche tornou-se o primeiro de seu país a ser campeão da Fórmula E. Os outros países campeões incluem Inglaterra, Bélgica, Holanda, Portugal, França e Suíça. O Brasil teve dois campeões: Nelsinho Piquet na primeira temporada e Lucas di Grassi na terceira.
A décima edição da Fórmula E incluiu, pela segunda vez, um E-Prix no Brasil, realizado em março deste ano no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. O mesmo local sediará a abertura da 11ª temporada em 7 de dezembro deste ano.
Lista de campeões
1ª – Nelsinho Piquet (Brasil) – 2014/15
2ª – Sebastien Buemi (Suíça) – 2015/16
3ª – Lucas di Grassi (Brasil) – 2016/17
4ª – Jean-Eric Vergne (França) – 2017/18
5ª – Jean-Eric Vergne (França) – 2018/19
6ª – António Félix da Costa (Portugal) – 2019/20
7ª – Nyck De Vries (Holanda) 2020/21
8ª – Stoffel Vandoorne (Bélgica) – 2021/22
9ª – Jake Dennis (Inglaterra) – 2022/23
10ª – Pascal Wehrlein (Alemanha) – 2023/24
Classificação final (completo aqui)
1º – Pascal Wehrlein (TAG Heuer Porsche) – 199 pontos
2º – Mitch Evans (Jaguar TCS Racing) – 192 pontos
3º – Nick Cassidy (Jaguar TCS Racing) – 176 pontos
4º – Oliver Rowland (Nissan) – 156 pontos
5º – António Felix Da Costa (TAG Heuer Porsche) – 144 pontos
20º – Sérgio Sette Câmara (ERT Fórmula E) – 11 pontos
23º – Lucas di Grassi (ABT Cupra) – 3 pontos