A FIA indeferiu o pedido da Aston Martin que pedia para reverter a desclassificação de Sebastian Vettel aplicada após o GP da Hungria. A reunião foi realizada nesta segunda-feira (09) mas o pedido foi rejeitado pelos comissários.
Vettel perdeu o segundo lugar do GP da Hungria depois que a Aston Martin não conseguiu entregar 1 litro de combustível para análise da FIA. O procedimento não foi realizado da forma adequada, a FIA até esperou um pouco mais de tempo para a entrega, mas o time não conseguiu realizar o bombeamento do líquido.
Inicialmente o time acabou contestando a quantidade de combustível restante que havia dentro do tanque, mas a FIA só conseguiu obter 0,3 litro. Desta forma a Aston Martin deu início a apelação contra a desclassificação, além de um pedido de direito de revisão, onde alegaram o descobrimento de novas evidências que não estavam disponíveis durante a análise da FIA.
Após as análises, a FIA viu as novas evidências, mas elas não eram relevantes para o caso. A Aston Martin apresentou uma ‘prova’ que foi derivada de uma análise de “100 canais de dados relacionados ao sistema de combustível”, onde concluíram que o carro guiado por Vettel sofreu uma falha no sistema de combustível.
A equipe informou que a perda de pressão da célula de combustível significa que a bomba de ar na célula de combustível “ativou a potência máxima”, onde “uma quantidade significativa de combustível foi inadvertidamente descarregada da célula de combustível do carro 5”. Desta forma foi possível obter 0,3 litro que foram recolhidos para amostra, onde o time acreditou que teria mais dentro do tanque. Uma falha na vedação da válvula de alívio de pressão é a principal suspeita para o que aconteceu.
Além disso, os comissários avaliaram que embora os dados de telemetria estivem disponíveis na época para a Aston Martin, só foi possível uma análise mais minuciosa depois, por conta do volume grande de dados e complexidade deles. O recurso foi rejeitado pois a Aston Martin apresentou um novo elemento, mas ele era irrelevante já que o problema não era a falta da amostra de combustível.
O regulamento é claro quanto a entrega de 1 litro de combustível e não permite exceções sob qualquer circunstância. “A Aston Martin agora explica, em uma análise de vários dados realizada após 1 de agosto de 2021 mostrou que havia, na verdade, menos de 1 litro restante no final da corrida devido a um mau funcionamento inicialmente despercebido no sistema de combustível.”
O pedido de revisão foi negado, mas o julgamento da apelação da desclassificação segue, por conta da tramitação diferente. Mas não devem ter sucesso já que a tentativa de novas provas foi falha.