Lando Norris reconheceu que enfrentará “consequências” internas na McLaren até o fim da temporada, em decorrência do contato com Oscar Piastri na primeira volta do Grande Prêmio de Singapura. O britânico, que partiu de quinto no grid, tocou na traseira do Red Bull de Max Verstappen antes de se envolver com o carro do companheiro de equipe, sabia que não era algo permitido dentro das “regras Papaya”.
O novo episódio entre os companheiros de equipe repercutiu, principalmente após o descontentamento de Oscar Piastri no rádio, alertando sobre o toque sofrido, logo depois da largada. Na ocasião, o australiano foi orientado para seguir com sua corrida, enquanto Norris se manteve na terceira colocação e conseguiu um pódio.
“Estamos bem com Lando me empurrando para fora do caminho dele? O que é isso”, foi um dos rádios do australiano para sua equipe. Na sequência ele disse: “É, isso não foi fruto do espírito de equipe, mas tá bom. Amigo, isso não é justo. Desculpa, mas não é justo.”

Durante o dia de mídia no Circuito das Américas, Norris admitiu que a situação segue sendo tratada internamente.
“As coisas estão sendo revistas, e há e haverá repercussões para mim até o final da temporada”, explicou o britânico. “Não é como se eu tivesse escapado de alguma coisa, mas também foi um incidente que, digamos, foi pequeno e havia potencial para tentar evitá-lo.”
“É algo que eu nunca quero… Eu disse isso depois da corrida, não posso me dar ao luxo de fazer contato e deixar que algo aconteça como o que aconteceu, porque coloco em risco em todo o meu campeonato se algo der errado quanto coloco em qualquer outro competidor contra quem eu possa estar competindo.”
“Claro, houve consequências para mim, mas fora isso, o engajamento e a forma como corremos são as mesmas de sempre”, seguiu Norris.
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O britânico não detalhou quais serão as consequências depois de Singapura, mas admitiu a culpa, falando sobre isso nas conversas que aconteceram no pós-corrida.
Piastri, por sua vez, confirmou que o companheiro assumiu a responsabilidade pelo incidente, classificando as conversas pós-corrida como “produtivas”.
“Acho que as conversas em Singapura foram muito produtivas com todos os envolvidos”, disse o australiano. “A conclusão foi que o que acontece em Singapura não é como queremos correr como equipe, e, no final das contas, Lando assumiu a responsabilidade por isso.”
“Isso já é passado, e as regras não vão mudar por causa disso. No fim das contas, temos essa estrutura em vigor por um motivo e não há motivo para mudar agora. Já lidamos com isso, e agora estamos ansiosos pelo futuro.”
Piastri foi perguntando sobre as consequências para Norris, mas novamente a equipe tomou a postura de não entrar em detalhes, por conta dos adversários.
“No final das contas, teremos que correr contra outras nove equipes também, outras 18, e não queremos revelar nada que seja sensível à nossa equipe. Acho mais do que justo guardar isso para nós, porque não queremos dar a outras equipes uma vantagem sobre o que isso pode ser.”
“Acho que vamos tentar correr da melhor maneira possível, dentro do que achamos aceitável como equipe. Isso é tudo o que podemos tentar fazer, mas acho que na corrida não fiquei muito feliz com o que aconteceu. A equipe decidiu que aquela não foi uma volta 1 aceitável e nós lidamos com isso.”
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