Apesar das especulações, o francês que também corre em outras categorias, não tem certeza sobre o seu futuro na Fórmula E
Com a temporada da Fórmula E em sua reta final, os rumores sobre como estará o grid na temporada de 2023, aos poucos, começam a surgir. Recentemente, tem se falado sobre a Nissan estar de olho em Sacha Fenestraz e Norman Nato, pois a montadora japonesa visa encontrar um companheiro de equipe para Maximilian Günther, que deve permanecer na equipe no próximo ano.
No meio de todas as especulações, também circula o nome de Théo Pouchaire, piloto da Fórmula 2, que no começo do ano fez testes com o novo carro Gen3 da Fórmula E que vai estrear na próxima temporada. Pouchaire corre na F2 pela ART Grand Prix, equipe que está trabalhando com a Nissan nos testes de desenvolvimento de hardware do Gen3.
Entretanto, o nome de Nato se destaca para a Nissan não só por já ter a experiência de disputar o campeonato e a sua passagem na categoria elétrica ser bem recente, mas também pelo fato de ele permanecer vinculado à Fórmula E, já que atualmente é piloto reserva da Jaguar.
O piloto francês correu em 2021 pela Venturi, ao lado de Edoardo Mortara. Em seu ano de estreia, Nato foi crescendo ao longo dos E-Prix e chegou ao lugar mais alto do pódio na última corrida da temporada, que foi disputada em Berlim.
Nato está avaliando a possibilidade de voltar a ter um lugar no grid da Fórmula E, mas como outros pilotos, ele também precisa levar em conta como conciliar isso com as provas de endurance que participa. O piloto de 29 anos, corre pela Realteam by WRT, equipe que participa do Campeonato Mundial de Endurance.
“Eu definitivamente estou procurando e conversando com algumas equipes (de WEC e Fórmula E), pois eu estou indo bem na WEC e na IMSA. Eu tenho que ver as oportunidades e o que é melhor para o meu futuro, porque é ótimo estar aqui com a Jaguar, mas com certeza é frustrante não estar pilotando”, contou ele em recente entrevista ao The Race.
A situação de Nato é mais complexa que a de Fenestraz, porque o piloto da Super Formula não tem ligação com outras grandes competições, além da Super GT onde ele corre pela Toyota e – assim como a Super Fórmula – também acontece no Japão.
“É uma decisão difícil, porque para mim fazer os dois é um erro. Eu sei que alguns pilotos vão fazer, mas logo eles vão perceber que há alguns encontros entre os campeonatos e boa sorte para gerenciar isso. Com certeza, eu gostaria de fazer as duas coisas, se eu pudesse fazer o WEC e a Fórmula E seria um sonho, só que será um carro novo na Fórmula E, um carro novo na WEC, são muitos testes para fazer, é preciso de muito foco e muito trabalho no simulador”, conta.
Para o piloto francês, a decisão que ele tomar nas próximas semanas poderá ser crucial para o restante de sua carreira no automobilismo. Por isso, ele está conversando com as equipes de ambos os campeonatos, analisando as possibilidades para poder encontrar o seu caminho.
“Nesse caso, eu prefiro focar em uma só equipe e, por enquanto, ainda não está claro qual será o lugar e qual será a equipe. Uma coisa seria se eu dissesse que vou correr pela Fórmula E no ano que vem e que só falta a equipe. Entretanto, esse não é o caso no momento”, finaliza.
