Nesta última quarta-feira (10), às vésperas da disputa das 6 Horas de São Paulo, o piloto brasileiro Nicolas Costa, da equipe United Autosports conversou um pouco com a imprensa em um evento realizado pela McLaren São Paulo, mencionando as suas expectativas e preparação para o evento.
Guiando o McLaren 720S na classe LMGT3, o competidor mostra-se otimista pela realização da etapa. Ainda é um ano de estreia para a equipe, com várias novidades e surpresas pelo caminho e isso precisa ser levado em consideração quando falamos de performance em um campeonato tão exigente.
“Tem sido um ano de estreia muito positivo para a equipe, para a McLaren e para mim como piloto. Eu nunca havia competido nesse nível de campeonato mundial, contra os melhores pilotos do mundo, e estar podendo ‘bater de frente’ com eles é muito especial.”
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Correndo ao lado do inglês James Cottigham e o suíço Gregoire Saucy, os pilotos conquistaram um quarto lugar em Spa-Francorchamps com o carro #59. Nas 24 Horas de Le Mans, realizando a sua estreia na prova icônica, o brasileiro mostrou um desempenho promissor. Costa esteve entre os primeiros colocados e viu seu carro liderar o pelotão, mas infelizmente os competidores foram forçados a abandonar devido a um problema no câmbio.
“O McLaren 720S GT3 é estreante na categoria, com um time de pilotos também estreantes, e não tivemos muito tempo para desenvolvimento. Tínhamos o objetivo de andar entre os dez primeiros colocados, o que é sempre difícil em um campeonato mundial, e conseguimos isso logo na primeira prova. Depois passamos a andar entre os cinco primeiros, e em Spa e Le Mans lideramos a prova. Tivemos problemas técnicos e estamos aprendendo com eles. Os resultados obtidos até aqui não mostram o verdadeiro desempenho do carro. Nas corridas de Spa e Le Mans, tínhamos total possibilidade de chegar ao pódio”, analisa o piloto brasileiro.
Existe uma expectativa alta para a realização da prova deste fim de semana, os pilotos vão enfrentar um desafio completamente diferente, pois vão encarar o circuito mais curto da temporada, com o tráfego sendo um problema constante ao longo da prova.
“Saímos da pista mais longa da temporada, com mais de 13 km de extensão, para a mais curta, com pouco mais de 4 km. Nosso carro é bom em curvas de alta, mas não está entre os mais velozes nas retas. Durante a corrida, o tráfego será maior e isso requer atenção”.
Com Costa conhecendo bem o traçado, o brasileiro conseguiu agregar na preparação dos seus companheiros de equipe: “Eu preparei um material para eles de informação da pista, algumas referências de freada… Para tentar salvar um pouco de tempo para a performance do piloto, por ter pouco treino e isso com certeza vai ajudar a gente.”