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Mitch Evans fala sobre a volta por cima da Jaguar no campeonato

Em recente entrevista ao jornal britânico, The Mirror, o piloto Mitch Evans da Jaguar Racing, revelou que a análise de dados somada com o espaço de tempo que tiveram entre o ePrix do México e de Roma, foi o fator principal para que pudessem acertar nos ajustes necessários para a melhora do desempenho de seu carro.

O piloto neozelandês venceu a última corrida realizada no dia 4 de junho em Jacarta, onde também se tornou o primeiro piloto da história da Formula E a vencer na capital da Indonésia. O resultado fez com que Evans fique apenas a 12 pontos de distância do líder do campeonato, Stoffel Vandoorne. 

Se voltarmos ao começo do campeonato a situação não era boa para a Jaguar. O desempenho do carro estava ruim, mal conseguiam pontuar e a equipe acostumada a brigar pela liderança com a Techeetah e a Mercedes, se viu disputando posições do meio do pelotão para trás contra equipes como a Nissan e Mahindra.

Felizmente, a pausa de quase dois meses após o ePrix do México renovou as esperanças de uma possível briga pelo título, já que a equipe inglesa trabalhou bastante em prol das atualizações. 

“Há uma grande corrida de desenvolvimento de software acontecendo para tentar tornar os carros mais rápidos, mais eficientes, com uma melhor frenagem e aceleração. Encerramos a temporada passada em alta em termos de desempenho, mas você não pode ficar parado, porque todos acabam tendo ganhos (em desempenho) mesmo que pequenos”, disse Evans. 

Mitch Evans está em quarto lugar na temporada com 109 pontos – Foto: reprodução Fórmula E

Ao início de uma temporada, as equipes sempre tem como base o desempenho do ano anterior juntamente com o que foi obtido no período de testes, desse modo, todos tentam evoluir em seus pontos fracos e também potencializar o que já tem de positivo. As primeiras corridas também são chave, já que mostram se os ajustes realizados foram bem sucedidos ou não.  

A Jaguar fez alguns testes em pontos diferentes de seus carros para melhorar o desempenho, mas acabou sendo surpreendida por outras equipes que conseguiram melhorar em seus pontos fracos mais rápido do que poderiam prever.

“Depois do México foi uma luta real para nós, foi um choque, mas tivemos dois meses de folga para analisar profundamente o que estava acontecendo e encontramos algumas coisas que não estavam funcionando da maneira que esperávamos”, revelou o piloto.

As coisas começaram a melhorar um pouco antes do retorno em abril, no ePrix de Roma, quando os pilotos estavam trabalhando no simulador conforme as correções eram feitas.

“Foi no simulador antes da etapa em Roma que tudo pareceu estar como queríamos e, então, quando Roma aconteceu (o carro) parecia um foguete. No momento não estamos completamente a salvo, nós tivemos momentos difíceis na etapa de Berlim, mas agora nós sabemos o porquê”, finalizou. 

Mesmo faltando sete etapas para o fim da temporada e ainda com muita coisa para acontecer, o bom momento da Jaguar não passa despercebido e Mitch Evans está sabendo tirar proveito disso. Por enquanto, o neozelandês é o único que conquistou três vitórias nessa temporada, está em quarto lugar no campeonato de pilotos e segue na briga pelo título contra Edoardo Mortara, Jean-Éric Vergne e Stoffel Vandoorne. 

A Fórmula E volta a ação no dia 2 de julho com uma corrida em Marrakesh, seguido de rodadas duplas em Nova York, Londres e o encerramento da temporada em Seul.

Confira a programação para o ePrix de Marrakesh – Foto: Ale Ranieri / BP
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