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McLaren avalia riscos de modificar o assoalho do MCL38 em meio a disputa acirrada

Em busca de manter um bom desempenho na reta final do campeonato, McLaren avalia se esse é o momento de fazer alterações no assoalho

A McLaren cresceu muito nos últimos meses e isso se dá por atualizações bem pensadas que contribuíram para melhorar a performance do carro. No entanto, a equipe admite que enfrenta um dilema sobre se deve ou não modificar o assoalho do MCL38.

Em Singapura a equipe de Woking fez uma corrida particular, com Lando Norris conquistando a sua terceira vitória, superando Max Verstappen em mais de 20 segundos. A Red Bull no início da temporada contava ainda com o melhor carro, mas algumas atualizações do carro não saíram como o esperado e o equipamento começou a ficar ainda mais difícil de guiar.

Ferrari, Mercedes e Aston Martin também enfrentaram a mesma crise, ao mudar os assoalho se depararam com alguns problemas de equilíbrio.

Olhando para a situação de algumas equipes, a McLaren não está certa sobre mudar uma das peças mais importantes do carro. O assoalho atual usado no carro foi introduzido por meio de uma atualização realizada em Miami. A equipe fez mais uma grande alteração no carro em Zandvoort, mas não incluiu uma mudança no assoalho.

Embora o equipamento esteja rendendo e o melhor parâmetro seja as conquistas da equipe ao longo de toda uma temporada, sua melhor atuação ocorre em pitas de alta pressão aerodinâmica, como Singapura. Porém, a partir deste cenário, o chefe de equipe da McLaren, Andrea Stella, não tem certeza de que a equipe se manter desta forma, pois se continuar trabalhando em sua zona de segurança, as outras equipes podem avançar.

“Para ser justo, esse foi um dos meus pensamentos depois da corrida. Temos algumas coisas em andamento e, obviamente, quando você tem esse tipo de desempenho no caminho certo, você sempre pode abordar as coisas de um ponto de vista cauteloso em termos de desenvolvimento”, comentou Andrea Stellano final da prova em Singapura.

“Mas, ao mesmo tempo, precisamos confiar no processo. Precisamos confiar na maneira como temos trabalhado até agora. Eu já disse que levamos nosso tempo para garantir que, uma vez que entregamos na pista, tenhamos feito a devida diligência. Então, não acho que isso mudará nossos planos.”

A pausa que se estende até os Estados Unidos, não obriga as equipes a pararem as suas fábricas, como aconteceu na pausa em agosto. Desta forma é um momento que os times vão avaliar os dados que conseguiram nas últimas provas e alinhar com novas peças que podem contribuir no restante do campeonato.

“Sabe, na Fórmula 1, não tenho certeza se você pode recuar muito, porque recuar significa que os outros podem alcançá-lo. E não sabemos quais são os planos dos outros. Red Bull, vemos que em uma pista na qual eles achavam que não seriam muito competitivos no final, eles eram potencialmente os segundos melhores.”

A McLaren não tem muito como recuar, pois além da batalha do Mundial de Construtores, a equipe vê alguma possibilidade de disputar o título de pilotos com Lando Norris. No entanto, isso significa brigar por espaço com Ferrari, Mercedes e Red Bull que também estão em busca de vitórias e pódios.

Desde o momento que os novos regulamentos foram introduzidos, as equipes tem tentado dosar grandes pacotes, com pequenas atualizações, para ter um controle melhor do comportamento do carro e saber exatamente como essas novas peças vão reagir em pista.


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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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