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Max Verstappen lidera TL1 em Monza em atividade marcada por batida de Kimi Antonelli

A primeira sessão em Monza, na Itália, foi voltada para a coleta de dados e verificação aerodinâmica dos carros

O fim de semana na Itália começou agitado, nesta sexta-feira (30) as equipes invadiram o traçado para começar a sua coleta de dados, tentando compreender o recapeamento realizado em Monza. Max Verstappen terminou a sessão na liderança, com a marca de 1m21s676, aferido próximo ao final do TL1 quando usava um jogo novo de pneus macios.

Charles Leclerc ficou com o segundo lugar, cravando 1m21s904 com o carro da Ferrari. A equipe italiana priorizou uma boa alteração no carro, visando não apenas a etapa de Monza, mas um salto de desempenho nas próximas corridas.

Lando Norris ocupou a terceira posição, separado por apenas 0s241 do líder. Carlos Sainz se estabeleceu no quarto lugar com a Ferrari, acompanhado por Valtteri Bottas que fez uma sessão entre os primeiros colocados, se destacando pelo tempo que permaneceu na liderança.

Oscar Piastri concluiu a sessão na sexta posição, com Lewis Hamilton em sétimo, concluindo as verificações para a Mercedes depois da batida de Andrea Kimi Antonelli. Alexander Albon representou a Williams em oitavo, com Sergio Pérez em nono e Fernando Alonso em décimo.

Kimi Antonelli não concluiu o TL1, o piloto bateu o carro de Russell quando errou o ponto de freada. O piloto italiano tinha andado com o W15 em apenas 10 minutos de sessão quando perdeu o controle do carro. O outro estreante, Franco Colapinto andou em alguns momentos próximo de Alexander Albon, mas concluiu a sua primeira exibição na F1 ocupando o décimo sétimo lugar.

O TL1 foi bem movimentado, mas as equipes estavam um tanto focadas na simulação de corrida, apesar de trabalhar com os pneus macios em alguns momentos, a prática das voltas rápidas não era uma prioridade, pela necessidade de verificar a durabilidade dos compostos no asfalto novo, além das novidades que foram implementadas.

A Fórmula 1 retorna ao meio-dia pelo horário de Brasília para a realização do TL2.

Saiba como foi o TL1 do GP da Itália

O fim de semana em Monza, no Templo do automobilismo, começou com algumas novidades. Primeiramente Logan Sargeant foi substituído por Franco Colapinto, o argentino guiará o carro da Williams até o final da temporada 2024.

Andrea Kimi Antonelli, assumiu o carro de George Russell para participar da sessão, aproveitando os já completados 18 anos, além da preparação da Mercedes para ele assumir a vaga de Lewis Hamilton.

O asfalto do Autódromo de Monza foi renovado e com o recapeamento, os times têm muito para fazer. Os treinos livres são bem importantes para identificar a operação dos pneus, com um asfalto mais liso, mas que também retém mais calor.

As equipes se preparam para Monza instalando uma nova asa traseira, basicamente uma configuração trabalhada apenas para essa pista, com o intuito de reduzir o arrasto. Essa era a principal mudança no circuito, mas nesta etapa, a Ferrari forneceu mais algumas alterações para o carro, visando uma melhora de desempenho. A equipe costuma priorizar essa corrida por estar em casa.

Fernando Alonso conduzia testes aerodinâmicos para a Aston Martin, o espanhol foi enviado com os aero rakes instalados na parte frontal do AMR24. A Ferrari também precisava fazer verificações no difusor do carro e preferiu a utilização do flow-vis. A Williams por sua vez, também usava o flow-vis, mas na asa traseira.

A McLaren também programou uma porção de novidades para Monza.

Assim que a sessão foi iniciada, vários pilotos invadiram o traçado. Em sua primeira volta no circuito, Antonelli anotou 1m23s955, com os pneus macios instalados em seu carro.

Os pneus macios eram usados apenas quatro pilotos; além de Antonelli, Sergio Pérez, Max Verstappen e Lewis Hamilton. Os pneus médios eram trabalhados nos outros carros, com exceção de Yuki Tsunoda que utilizava os pneus duros.

Com apenas 10 minutos de sessão, o regime de bandeira vermelha foi instaurado. Andrea Kimi Antonelli bateu ao perder o controle da traseira do carro. O italiano estava em sua quinta volta quando foi parar na brita e parou na barreira de contenção da entrada da curva Parabólica. O carro de Russell ficou danificado.

Antonelli era o quarto colocado na tabela de tempos com a marca de 1m23s955, usando os pneus macios. No momento que a sessão foi interrompida, os dez primeiros eram: Hamilton, Norri, Bottas, Antonelli, Albon, Gasly, Tsunoda, Verstappen, Sainz e Ricciardo.

Cerca de 10 minutos depois a sessão foi reestabelecida e os pilotos retornaram ao traçado para dar continuidade as verificações. Equipes como Ferrari, McLaren e Racing Bulls precisavam coletar mais dados por conta das mudanças que foram preparadas para os carros.

Após meia hora de sessão, os dez primeiros eram: Bottas, Norris, Sainz, Albon, Hamilton, Leclerc, Verstappen, Magnussen, Gasly e Alonso. O piloto da Sauber usava os pneus macios quando cravou 1m22s416. A sessão estava bem dinâmica, com os tempos melhorando há cada nova volta no circuito.

Mais alguns pilotos já experimentavam os pneus macios. Franco Colapinto tentava acompanhar o desenvolvimento da sessão, o argentino saltou para o nono lugar com 1m22s880, enquanto Alexander Albon era o terceiro colocado com a marca de 1m22s220.

Na Mercedes o problema da batida foi além da necessidade de reparar o carro de Russell. A equipe estava fazendo um comparativo de assoalhos, Hamilton permanecia com a peça antiga, enquanto no carro guiado por Antonelli estava a peça nova (de Spa-Francorchamps) que a Mercedes ainda estava coletando dados sobre a sua eficiência.

Para os últimos 20 minutos de sessão, a maior parte do grid coletava informações com o pneu mais rápido do fim de semana. Bottas se sustentou um bom tempo na liderança da sessão com 1m22s127.

O traçado estava um tanto sujo por conta das obras realizadas. Próximo da linha que delimita o circuito, existia uma parte de terra em alguns trechos, antes do pedaço de grama. Erros dos pilotos eram observados, Max Verstappen, por exemplo, demorou um pouco para acertar a curva 1. Sainz também extravasou os limites na Parabólica, mas conseguiu se livrar de um dano mais sério.

Em função do recapeamento, os times ainda estavam construindo a aderência, depositando borracha pelo traçado conforme era realizada a passagem dos carros.

Próximo do encerramento do TL1, Charles Leclerc saltou para a ponta, com a marca de 1m21s904. Lando Norris ainda realizava verificações aerodinâmicas para a McLaren, com o flow-vis espalhado em uma parte da traseira do carro.

A Ferrari utilizava um novo assoalho, tentando conter o bouncing que surgiu com a mudança na Espanha.

Depois de figurar no meio do grid, Max Verstappen instalou um segundo jogo de pneus macios para cravar o 1m21s676 para se tornar o líder. O holandês ficou separado por 0s228 de Leclerc. Os pilotos deram continuidade a simulação de corrida e se dividiam na verificação dos pneus médios e macios.

Antes do cronômetro zerar, Franco Colapinto também extravasou os limites de pista na Parabólica, mas salvou o carro, conseguindo retornar aos boxes. Esteban Ocon também perdeu o controle do carro, saltando com o equipamento da Alpine.

A sessão foi encerrada após uma sessão agitada. Os pilotos aproveitaram o momento para treinar a largada no grid.

Programação / Horários do GP da Itália – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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