Basta uma escorregada para que o mundo do esporte se agite. Nesse final de semana, o imbatível Max Verstappen pela primeira vez em diversas corridas não foi para a terceira sessão de classificação.
Singapura pode ser cruel para os carros da Red Bull que são supremos em quase todos os circuitos. Somado ao erro de Sergio Pérez que rodou na sua volta boa, os dois caros rubrotaurinos ficaram no Q2.
Mas um dos pontos altos desse qualy em Singapura foi o substituto do australiano Daniel Ricciardo. A AlphaTauri vem passando por substituições nas últimas corridas quando o campeão da Fórmula E de 2022, Nick de Vries encheu os olhos após uma grande performance na Williams em 2023 em Monza, chegando a pontuar na sua única corrida do ano. A AlphaTauri o contrata, mas ele mostrou inconsistente em 2023 na visão da equipe e deu lugar ao experiente e carismático Daniel Ricciardo que retornou à Familia Red Bull através da sua “filial” AlphaTauri.
Após um acidente nos treinos da Holanda que ocasionou uma fratura em seu punho esquerdo, Daniel deu a chance do piloto reserva Liam Lawson alinhar entre os 19 pilotos oficiais da F1 no GP da Casa de Max.
Também vindo da Oceania como Ricciardo, o neozelandês não fez feio em sua estreia largando em 19º e terminando em 13º à frente de seu companheiro Yuki Tsunoda que fechou na 15ª posição.
No GP seguinte em Monza, largou na 12ª posição logo atrás de Tsunoda que abandonou logo na volta de aquecimento para a largada.
E agora, tivemos um momento que pode ser encarado como comum, mas em Singapura, com o baixo rendimento da RedBull, nem mesmo Max Verstappen conseguiu se colocar no Q3 e o novato Liam Lawson foi o responsável por bater o tempo de Max por 183 milésimos. Podemos dizer que foi por um pelinho mas ainda assim, um momento mais evidenciado por se tratar de um novato e do piloto líder supremo do campeonato considerado por muitos como o melhor da temporada.
Com 21 anos de idade, Liam Lawson está se dividindo entre a F1 e o campeonato japonês Super Fórmula onde tem chances de título. Se manter ativo entre F1 e outra categoria não é comum para os dias de hoje, porém pode ser um diferencial caso o piloto não se desgaste.
Lawson já correu na Fórmula 3 em 2019 e 2020 quando se junto à academia da Red Bull. Fez também a Fórmula 2 em 2021 e 2022. Também correu no campeonato alemão de turismo, o DTM.
Sempre estando entre os melhores nas categorias por onde passou, Lawson não deseja apenas ficar como substituto. O que era o ressurgimento de Daniel Ricciardo e foi pausado por seu acidente na Holanda, pode ter se mostrado a oportunidade de ouro para mais um grande piloto se destacar como um dos nomes em evidência nos próximos anos da F1.
E para arrematar, depois do agitado GP de Singapura, onde mais uma vez seu companheiro de equipe abandonou por problemas no carro, muitos podem dizer que Lawson teve sorte em pontuar pela primeira vez na categoria, mas é aquela história sobre a sorte ser a soma entre competência e oportunidade.
É muito prematuro dizer que Lawson é um grande piloto, mas até o momento é inegável que ele tem talento e pode se tornar um grande nome. E você? Acha que Daniel Ricciardo deve se manter na F1 ou o a renovação do grid é mais importante do que um belo sorriso? Saberemos no GP do Japão quem estará no cockpit da AlphaTauri.
