Logan Sargeant foi demitido da Williams com a temporada em andamento. No GP da Itália o norte-americano será substituído por Franco Colapinto.
No último GP da Holanda, prova que marcou o retorno das férias da F1, Sargeant perdeu o controle do carro no TL3, danificando o equipamento. A ocasião demandou tempo e o piloto não participou da classificação, mas a Williams conseguiu disponibilizar o carro para a realização da prova.
Sargeant teve a sua passagem pela categoria marcada por muitos erros, acompanhados por 9 abandonos, dentro de uma participação de 36 GPs. O norte-americano encerra a sua passagem pela categoria somando apenas 1 pontos nestes quase dois anos de Williams.
Na Holanda, a equipe de Grove aproveitou o momento para instalar uma atualização no carro, trazendo um grande pacote com o intuito de melhorar o desempenho do FW46. A Williams conquistou apenas quatro pontos em todo o campeonato, é atualmente a 9ª colocada no Mundial de Construtores, pois a Sauber permanece zerada.
“Substituir um piloto no meio da temporada não é uma decisão que tomamos levianamente, mas acreditamos que isso dá a Williams a melhor chance de competir por pontos no restante da temporada”, explicou James Vowles.
“Acabamos de fazer uma grande atualização no carro e precisamos maximizar todas as oportunidades de pontuação em uma batalha notavelmente acirrada no meio do grid. Também acreditamos em investir em nossos jovens pilotos da Academia da Williams, Franco está tendo uma oportunidade fantástica de demonstrar do que é capaz nas últimas nove etapas da temporada”, seguiu.
Sargeant foi a aposta para substituir Nicholas Latifi, o piloto norte-americano foi preparado ao longo de 2022, participando de vários treinos livres com a Williams ao longo da temporada. Membro da academia de jovens pilotos da Williams, o norte-americano era a oportunidade perfeita da equipe valorizar o seu trabalho feito na base, além do desejo que era nutrido pela categoria de ter um piloto dos Estados Unidos no grid.
Foi um campeonato movimentado na F2 em 2022, gerando um embate para conquistar a super-licença, mas ao concluir o campeonato com a Carlin ocupando o 4° lugar, ganhou o passe direto para a Williams.
Mesmo após um desempenho bem abaixo do esperado no ano passado, onde Alexander Albon sustentou as conquistas da Williams, Sargeant ganhou a renovação do contrato. Na época o próprio James Vowles acreditava que Sargeant merecia uma segunda oportunidade.
Com o desenvolvimento da temporada, a Williams passou por alguns problemas. Na terceira etapa da temporada, Alexander Albon bateu no Tl1 e o carro ficou bem danificado, porém no mesmo evento a equipe foi obrigada a disputar o GP da Austrália com apenas um carro, pois sacaram o equipamento de Sargeant para fornecê-lo para Albon. A equipe acreditava que Albon poderia ter uma boa performance naquela pista e salvar alguns pontos.
A Williams que não tinha um chassi reserva na época, precisou arrumar o equipamento danificado e fornecê-lo para Sargeant, para que tivessem dois carros no grid. A equipe também precisou dividir a fábrica, se limitando a produção de novas peças, pois precisava contar com um chassi reserva para eventuais problemas.
Esse grande problema ocasionado no início da temporada, trouxe reflexos para o restante da temporada, com a Williams precisando limitar a quantidade de peças novas, já que precisava reconstruir outras para ter uma reposição. O carro destruído no TL3 e a possibilidade do chassi ter se danificado, foi a gota d’água que faltava para a saída iminente de Sargeant.
Em meio a todos os contratempos da temporada e a falta de resultado, acreditava-se que Sargeant poderia deixar a Williams após o retorno das férias da Fórmula 1. O piloto respondeu algumas perguntas relacionadas a isso, principalmente após a batida no TL3.
Durante o evento até se falou sobre um possível retorno de Mick Schumacher ou a possibilidade de Andrea Kimi Antonelli (pupilo de Toto Wolff e da Mercedes) ocupar o carro. Mas a Williams optou por dar mais uma chance para um piloto da sua Academia, desta vez para Franco Colapinto, que sabe que realizará uma participação temporária, já que Carlos Sainz será o piloto que formará dupla com Alexander Albon em 2025.
“Isso é sem dúvida, muito difícil para Logan, que deu tudo de si durante seu tempo na Williams, e gostaria de agradecê-lo por todo o seu trabalho duro e atitude positiva. Logan continua sendo um piloto talentoso e nós o apoiaremos para continuar sua carreira nas corridas no futuro. Sei que Franco tem grande velocidade e enorme potencial, e estamos ansiosos para ver o que ele poderá fazer na Fórmula 1”, falou Vowles.
A Williams optou por Calos Sainz para 2025, por ser um piloto experiente e que pode alavancar a Williams. Nas últimas semanas Vowles tem tecido vários comentários positivos sobre Sainz e demonstrado o quão ansiosos eles estão para recebê-lo no time.
James Vowles passou a comandar a Williams em 2023, quando substituiu Jost Capito. Desde então tem feito várias mudanças internas na equipe, em busca de recuperar um time que sofre de um grande déficit para o restante do pelotão.
Em uma temporada que o grid da F1 não tinha passado por renovações, Franco Colapinto celebra a oportunidade de mostrar o seu potencial e entrar no radar de competidores disponíveis no mercado para outras oportunidades. Colapinto completará 9 etapas com a Williams.
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