Em anúncio conjunto envolvendo a Hendrick Motorsports, a NASCAR, a IMSA, a Chevrolet e a Goodyear, foi confirmado que a equipe multicampeã da categoria de Stock Cars estará na edição de 2023 das 24 Horas de Le Mans com um Chevrolet Camaro ZL1 baseado no Next Gen, a geração que estreou nesta temporada com o novo regulamento da competição estadunidense.
O carro seguirá as especificações básicas do modelo da Chevrolet usado na divisão principal da NASCAR, mas com algumas modificações para atender as normas do Automobile Club de l’Ouest (ACO) para participar da principal prova de endurance no mundo. No entanto, o bólido será enquadrado na regra da “Garagem 56”, cuja vaga no grid é dedicada para projetos inovadores e com propostas diferentes para a indústria automotiva e que não se enquadram a nenhuma categoria tradicional disputada pelo WEC.
A equipe responsável para coordenar este projeto será a maior vencedora da divisão principal da NASCAR, a Hendrick Motorsports, detentora de 14 títulos na categoria. O comando da operação da equipe na pista ficará com Chad Knaus, que foi chefe de equipe na conquista dos sete títulos de Jimmie Johnson na Cup Series. Ainda não há confirmação sobre os pilotos que participarão da etapa.
O patrono da equipe, Rick Hendrick, demonstra otimismo com a iniciativa: “Embora o Garagem 56 seja uma ‘classe de um’, somos concorrentes e temos toda a intenção de colocar um produto ousado na pista de corrida para os fãs de Le Mans. É uma oportunidade de humildade – que apresentará um desafio emocionante nos próximos 15 meses – mas nossa equipe está pronta”, comentou.
O projeto não chega a ser uma novidade para a NASCAR. Em 1976, um Dodge Charger e um Ford Torino foram levados para competir na classe Grand International na edição daquele ano. O Dodge dos irmãos Herschell e Doug McGriff teve problemas no pistão após duas voltas, enquanto o Ford da trinca formada pelos americanos Dick Brooks, Dick Hutcherson e pelo francês Marcel Mignot conseguiu percorrer 104 voltas e abandonou após problemas de câmbio.
Presidente e CEO da NASCAR, Jim France, evocou a empreitada apoiada pelo seu pai, Bill France, na década de 1970 para mostrar que a NASCAR possui um trabalho de excelência na parte de engenharia e quer mostrar para o mundo: Desde os primeiros dias da NASCAR, era importante para meu pai que tivéssemos um papel visível no automobilismo internacional, e não há palco maior do que as 24 Horas de Le Mans. Estamos ansiosos para mostrar a tecnologia no carro Next Gen e apresentar uma entrada competitiva na corrida histórica”, destacou.