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Hamilton enfrenta decepção em Baku após erro da Ferrari com os pneus

Confiante no início do fim de semana, o piloto da Ferrari se surpreende com eliminação precoce no Q2

Lewis Hamilton começou a sexta-feira em Baku confiante, mas o heptacampeão mundial lidou novamente com mais um balde de água fria, após ser eliminado no Q2. O competidor descreveu o seu “grande choque” com o resultado da classificação que definiu o grid de largada para o GP do Azerbaijão.

Ao início das atividades em Baku, Hamilton admitiu certa dificuldade por conta das questões que envolvem o uso dos freios e tem atrapalhado o desenvolvimento dele, desde que se mudou para a Ferrari. No entanto, com o término das atividades de sexta-feira, o piloto viu o crescimento da sua equipe e demonstrou confiança para um bom resultado.

Foi o heptacampeão mundial que ditou o ritmo na sexta-feira, fechando a atividade na liderança, enquanto foi o melhor piloto da equipe italiana no TL3, com o 4° lugar. Lewis acreditava que na classificação eles teriam ritmo para brigar por uma pole e saiu muito frustrado com o resultado por conta disso.

A classificação no Azerbaijão foi muito acidentada, com várias bandeiras vermelhas e estratégias diferentes entre os competidores, com alguns usando pneus médios e outros macios, dependendo do nível de dificuldade que encontravam para gerenciar os compostos. No meio de toda essa confusão, Hamilton se viu eliminado no Q2, ficando apenas com a 12ª posição.

“Estou decepcionado por não termos conseguido converter nosso forte início de fim de semana em um bom resultado na classificação. Vamos analisar a sessão como uma equipe para podermos aprender com ela. Sabemos que será um deságio amanhã, mas o carro esteve bom durante todo o fim de semana e estou ansioso para ver o que podemos fazer na corrida.”

Questionado se poderia ter adotado uma abordagem diferente para a sua estratégia de pneus, Hamilton explicou: “Sim, com certeza. A equipe escolheu me colocar de médios no Q2, e Charles deveria usá-los como segunda opção no Q2, mas, como todos os outros não estavam usando, [nós] optamos por mantê-los e então, todos os dez primeiros tinham basicamente três médios.”

“Foi o que todos fizeram. Sabíamos que era mais rápido… Não sei dizer por que não usamos, mas vamos abordar internamente. Houve muito progresso.”

Ao longo das sessões de treinos livres foi possível notar as equipes poupando os pneus médios, para usá-los na classificação. Alguns times estavam encontrando mais dificuldade para colocar o pneu C6 em uma boa zona de operação. Como os compostos C5 foram os macios do ano passado, além de ser um tipo de composto que eles tiveram muito mais contato nos últimos anos.

Para fechar o Q2, Hamilton contava com um pneu macio de seis voltas, algo que contou muito para a sua eliminação.

O britânico também foi questionado se os vendavais no Circuito de Baku, foram um fator para prejudicar a sua volta final, mas Hamilton respondeu que “não”.

“Uma das coisas que influenciaram foi a direção que a equipe estava nos pressionando para usarmos algumas das configurações, que não pareciam tão boas quanto no TL2.”

Hamilton ainda mantém o otimismo para a corrida, embora seja necessário encarar uma corrida de recuperação. O competidor disse: “Mas senti que fizemos muito progresso e estávamos parecendo muito fortes. Acho que não cometemos nenhum erro. Só que, como eu estava na defensiva com apenas dois médios, pensei em ter dois médios no Q3, mas você precisa chegar ao Q3 primeiro.”

“Acho que continuo otimista para a corrida, em termos de tentar avançar. Mas, nossa, honestamente, eu achava que estava brigando pelos três primeiros, então é um grande choque. No final das contas, não foi a melhor execução. Definitivamente decepcionante. Mas, há muitos pontos positivos para levar.”

Embora Charles Leclerc tenha chegado ao Q3, o piloto bateu quando tentava a sua volta rápida. O monegasco iniciará a prova da 10ª posição.

Falando sobre a classificação, Frédéric Vasseur disse: “Há uma sensação de frustração depois desta classificação, porque ontem tivemos um ritmo muito forte em um stint longo e em uma volta rápida. Hoje, as condições eram diferentes, com rajadas de vento muito fortes e estava mais frio, o que tornou mais difícil colocar os pneus na janela certa, mas foi o mesmo para todos, então isso não pode ser uma desculpa.”

“Lutamos para acertar tudo. Charles tinha um ritmo decente e estava fazendo um bom trabalho, mas então ele tocou no muro. Acho que ele foi pego por uma rajada de vento entre os prédios e, nesta situação, é fácil cometer um erro, especialmente quando as condições mudam de uma volta para a outra. Ele não foi o único hoje.”

“É o que é e agora devemos nos concentrar na corrida. Também é verdade que hoje não estava claro qual era o melhor, entre o macio e o médio; a pole foi feita no macio, Carlos (Sainz) foi o segundo no médio.”

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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