O Grande Prêmio do Brasil, provou mais uma vez ser uma prova bem competitiva e de tirar o folego. A medida em que as voltas foram realizadas, Max Verstappen se mostrava o piloto com mais chances de vencer a prova e não por ter largado na pole, mas por estar com um bom carro e concentrado no primeiro lugar.
Era na verdade para ser uma dobradinha da Red Bull, mas Alexander Albon e Lewis Hamilton se encontraram na penúltima volta, após a relargada, o que levou o tailandês a despencar no grid e perder a chance de obter o melhor resultado, desde que foi para a equipe austríaca.
No final, quem tirou proveito de todas as disputas que ocorreram na pista e estavam no lugar certo e na hora certa, sem dúvidas foi Pierre Gasly, o francês disputou de perto com Hamilton e no melhor estilo do filme “Carros”, concluíram a reta do setor A, extremamente próximos, mas Gasly viu a bandeira quadriculada primeiro.
O pódio só não foi perfeito para a McLaren, pois os comissários só analisaram o lance entre Hamilton e Albon quando a cerimônia do pódio foi realizada, desta forma Hamilton recebeu o troféu e participou da festa, para logo depois ser punido, caindo assim para a sétima posição. Carlos Sainz passou a ser o terceiro após largar da última posição e a equipe organizou a festa para o piloto, que conquistou o primeiro pódio da carreira.
Com a punição do inglês, Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi também se beneficiaram, ganhando uma posição a mais casa e assim ficaram com o quarto e o quinto lugar. Os dois pilotos da Alfa Romeo protagonizaram um domingo se defendendo e atacando principalmente os carros da McLaren e para a equipe que estava a quatro provas sem pontuar com os dois carros, faturou 22 pontos em uma tacada só.
Daniel Ricciardo defendeu a Renault em sétimo, acompanhado por Hamilton. Lando Norris completou a oitava posição, com o segundo carro da McLaren, enquanto Sergio Pérez da Racing Point e Daniil Kvyat, companheiro de Gasly na equipe Toro Rosso, fechava o top-10.
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A chuva não era uma possibilidade para a corrida e com esta certeza, os carros largaram a reta de largada até o mergulho da primeira curva. Max Verstappen manteve a liderança se impondo aos ataques de Lewis Hamilton, que conquistou a segunda posição após ultrapassar Sebastian Vettel. Valtteri Bottas era o quarto, acompanhado por Alexander Albon. Após punição por troca de motor, Charles Leclerc saiu da décima quarta posição, abrindo passagem pelos concorrentes de meio de pelotão.
Carlos Sainz que partiu do último lugar do grid, seguia escalando o pelotão, ultrapassando Sergio Pérez para obter a décima quinta posição.
Durante a oitava volta, Leclerc subia para a sétima posição, quando realizou a ultrapassagem em Kimi Raikkonen. Pouco depois ocorreu o lance em que Daniel Ricciardo foi punido voltas depois; na descida do lago o australiano se encontrou com Kevin Magnussen e no toque o dinamarquês rodou e foi perdendo posições, enquanto o piloto da Renaut teve a asa dianteira danificada. Ricciardo recebeu cinco segundos de punição.
Verstappen foi administrando a liderança da prova, com Lewis Hamilton na segunda posição que tentava de todas as formas imprimir um ritmo melhor para alcançar o holandês. Conforme as voltas foram passando, as distâncias foram ampliando e as disputas ficavam bem espalhadas pelo circuito.
Na volta 21 Hamilton foi aos boxes, confirmando a estratégia de duas paradas, pois em seu carro era instalado o pneu macio. Verstappen parou logo depois e na saída do pit-lane o piloto foi atrapalhado por Robert Kubica e assim perdia muito tempo, desta forma Hamilton passou a sua frente no famoso ‘undercut’.
Hamilton passou a remar, para tentar se afastar de Verstappen, Leclerc seguia a frente e pouco depois ambos ultrapassaram o monegasco, mas Max também conseguia retomar a posição que Hamilton havia conquistado. O inglês ainda enfrentou problemas para ultrapassar Albon que até o momento executava uma boa corrida.
A Red Bull com Max Verstappen, voltou a ponta na volta 27, Bottas e Vettel realizavam uma estratégia diferente, partindo para os compostos duros e médios. Enquanto isso Leclerc permanecia mais tempo na pista, respondendo diretamente a Alexander Albon, quando o monegasco parou instalou os pneus duros, indicando que ficaria até o final da prova. A punição para Robert Kubica saia, por ter atrapalhado Verstappen na saída dos boxes.
Quando os pneus duros pararam de render em pista e Mercedes percebeu que Bottas estava sendo muito lento, a equipe alemã chamou o finlandês para mais uma parada e desta vez instalou os médios; Bottas retornou atrás de Leclerc.
Novamente os líderes foram aos boxes, retornando com os pneus médios em seus carros. Verstappen se manteve a frente de Hamilton e voltou a abrir vantagem. Vettel passava a ponta, enquanto Bottas atava Leclerc.
Hamilton pedia mais potência a todo instante nos rádios, para tentar tornar a disputa entre ele e o piloto da Red Bull mais justa, mas a equipe não conseguia fazer mais nada e desta forma passaram a focar na recuperação de energia.
Foi na volta 50 que Vettel realizou mais uma parada, colocando os pneus macios para ir até o final da prova e Verstappen retornava a ponta com Albon em terceiro.
Para a Mercedes o golpe de azar veio quando Bottas foi visto apresentando problemas no motor e abandonando na volta 53 e o Safety Car foi acionado.
A Red Bull aproveitou a entrada dele para realizar mais um pit-stop com Verstappen, deixando o carro do holandês mais veloz com os pneus macios, enquanto Hamilton era instruído a permanecer na pista. Leclerc foi mais um que parou, trocando os compostos duros pelos macios, na pista o tp-5 era: Hamilton, Verstappen, Vettel, Albon e Leclerc. Gasly vinha em sexto.
Após a saída do SC tivemos a relargada, Verstappen ultrapassou Hamilton e Albon superava Vettel deixando os dois companheiros de equipe disputarem na pista. O holandês passou a abrir vantagem rumando a vitória em Interlagos.
Enquanto Vettel focava em Albon, Leclerc surgiu próximo ao companheiro de equipe e não foi nada bom, pois os dois se encontraram resultando no torque e abandonaram a prova, Leclerc com a suspensão danificada e Vettel com um pneu furado. Novamente o Safety Car entrou na pista para limpar a bagunça.
Hamilton foi aos boxes retornando atrás de Albon que lutava pela segunda posição. Na relargada o inglês partiu para a disputa e se encontrou com o piloto da Red Bull, que foi perdendo posições pouco depois, quando restavam apenas duas voltas para o término da corrida.
O inglês ainda tentou um resultado melhor quando rasgou a reta principal ao lado de Pierre Gasly, mas o piloto da Toro Rosso que havia assumido a segunda posição, não deixou barato e se impôs com o hexacampeão. O incidente entre Hamilton e Albon passou a ser investigado, mas o resultado saiu após a cerimônia do pódio e assim Carlos Sainz perdeu a chance de comemorar por conta da atitude que foi descida só depois.
Desta forma, Verstappen venceu a corrida, com Gasly na segunda posição, acompanhado por Carlos Sainz e Lewis Hamilton caiu para a sétima posição. Os pilotos da Alfa Romeo, Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi herdaram uma posição no pódio cada, assim como Daniel Ricciardo. Lando Norris da McLaren, acompanhado por Sergio Pérez e Daniil Kvyat completaram o grid do GP do Brasil.