As últimas edições do GP de São Paulo empolgaram, desta forma os torcedores acreditavam que a prova de 2023 também seguiria por este lado. A categoria mais uma vez trabalhou com o formato Sprint, mas assim como várias provas neste ano, apenas alguns pontos chamaram a atenção.
Max Verstappen dominou o fim de semana, o holandês faturou a pole da corrida principal e venceu a prova Sprint, além da corrida disputada no domingo. Essa foi mais uma corrida em que Verstappen fez questão de demostrar a sua superioridade em pista.
No sábado a prova Sprint foi realizada, a corrida curta tinha Lando Norris na ponta, mas o piloto da McLaren perdeu a liderança com facilidade. Nas voltas finais da corrida, Norris tentou buscar Verstappen, mas mesmo ativando o DRS, o adversário encontrou uma forma para se distanciar e não ser mais incomodado pelo piloto da McLaren.
Em termos de escolha para a prova Sprint, elas foram bem semelhantes com o que os times optaram para a Sprint do ano passado. Em 2022 18 competidores usaram os pneus macios na largada, enquanto 2 pilotos disputaram a prova com os médios. Na corrida de 2023, 17 pilotos contavam com os pneus macios, enquanto apenas 3 competidores apostaram no uso dos pneus médios.
As provas Sprint do calendário de 2023 foram todas cumpridas, Max Verstappen faturou 45 pontos nelas, 10 a mais que o segundo colocado Sergio Pérez, enquanto Carlos Sainz seria o terceiro colocado com 22 pontos. Assim como a temporada regular, nos eventos Sprint a Red Bull também realizou um bom trabalho.
Outra coisa que se repetiu na prova de 2023, foi o fato de as equipes trabalharem com os pneus macios e médios abandonando a utilização dos pneus duros. Para a largada da prova 19 competidores apostaram nos pneus macios, sendo que sete deles trabalharam com conjuntos novos de C4. Logan Sargeant da Williams foi o único piloto que optou pelos pneus médios para o começo da prova.
Na volta de formação, Charles Leclerc abandonou a corrida batendo no laranjinha. O início da prova não foi prejudicado e rapidamente a largada foi realizada, no entanto, uma bandeira vermelha marcou o começo da prova, após um acidente que envolveu Kevin Magnussen, Alexander Albon e Nico Hülkenberg. Daniel Ricciardo e Oscar Piastri também acabaram com os carros danificados, mas os australianos conseguiram se encaminhar para os boxes das suas equipes, passando por reparos.
Após a limpeza da pista, os competidores foram encaminhados para mais uma largada parada. Max Verstappen era o líder e tinha ao seu lado Lando Norris. Lewis Hamilton que tinha assumido a terceira posição após ultrapassar Lance Stroll na primeira largada era o terceiro colocado.
Não demorou muito para Hamilton e George Russell não se adequarem as posições que estavam, o ritmo da Mercedes foi bem ruim em São Paulo. Norris tentou perseguir Verstappen o máximo que era possível, repetindo a tentativa do dia anterior, mas foi obrigado a recuar, enquanto Verstappen imprimia um ritmo forte no traçado. Fernando Alonso saltou para a terceira posição pouco depois do reinício da prova e batalhou pelo pódio.
A aposta para a corrida principal estava na realização de duas paradas, combinando o uso dos pneus macios e dos compostos médios. Após a bandeira vermelha as equipes aproveitaram o momento para realizar mais uma troca de pneus, o que possibilitou que a prova fosse concluída com três paradas – no entanto, teoricamente, a estratégia principal era baseada em duas trocas de pneus. No caso de Esteban Ocon que concluiu a corrida como décimo colocado, o piloto usou quatro jogos de pneus macios e um composto médio.
Por conta da bandeira vermelha, Logan Sargeant e Nico Hülkenberg usaram os pneus macios em toda a prova, completando basicamente apenas um giro com os compostos médios.
A prova não foi tão movimentada como era o esperado, mas o final da corrida contou com um duelo espetacular entre Fernando Alonso e Sergio Pérez. O mexicano buscava completar o pódio em São Paulo, mas o espanhol se defendeu até o final. Alonso foi ultrapassado, mas conseguiu recuperar a primeira posição e por conta da forma como o sensor de chegada é instalado na pista, Alonso celebrou o pódio.
Os dois primeiros colocados tiveram uma estratégia muito semelhante, não apenas na utilização dos pneus, mas na duração dos Stints. Lando Norris usou os seus pneus macios novos no começo da corrida, enquanto Verstappen trabalhou com um jogo de pneu no mesmo estado nas últimas voltas da prova.
Trabalhando para manter a terceira posição, Fernando Alonso e Sergio Pérez contaram com uma estratégia semelhante, mas Alonso teve uma certa vantagem por estar com compostos novos no final da corrida, enquanto o conjunto instalado no carro de Pérez eram usados de outra sessão.
Mesmo com o calor, a possibilidade de trabalhar com a gama intermediária em Interlagos, trouxe movimentação para a prova com as paradas obrigatórias. Conforme as voltas foram passando os carros ficaram mais espaçados em pista e poucas disputas eram observadas.
Os pneus duros foram descartados para a realização da prova, em 2022 dois competidores ainda experimentaram o composto, mas ele não era o ideal para a prova. Grande parte do grid embarcou com um jogo de pneus duros novo.
Por conta das duas paradas, a prova ficou um pouco mais agitada, mas a corrida não impressionou. Sem a entrada do Safety Car ou a presença de uma bandeira vermelha na prova, as disputas ficaram limitadas.