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God speed Gil de Ferran, partiu cedo para eternidade

O homem mais rápido do mundo nos deixa aos 56 de anos de idade, deixando um legado de história e velocidade

O automobilismo brasileiro está de luto com a trágica notícia do falecimento do bicampeão da Indy e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, Gil de Ferran, aos 56 anos, vítima de uma parada cardíaca. O piloto, conhecido por suas conquistas nas pistas e por sua contribuição nos bastidores da Fórmula 1, deixou um legado notável no esporte a motor.

Nascido em Paris em 11 de novembro de 1967, Gil de Ferran mudou-se para o Brasil aos quatro anos de idade. Sua paixão pelo automobilismo começou no kartismo durante a adolescência, e desde então, ele escalou as fileiras do esporte, chamando a atenção pelo título da Fórmula 3 Inglesa em 1992.

Gil teve uma breve incursão na Fórmula 1, testando pela equipe Footwork em 1993, mas sua carreira nos Estados Unidos começou em 1995, quando foi convidado para um teste pela equipe Hall/VDS da Indy. Sua estreia foi marcada por uma vitória em Laguna Seca, conquistando o prêmio de novato do ano.

O ápice de sua carreira ocorreu na Penske, onde, em 2000, ao lado de Helio Castroneves, conquistou o título da Indy. Gil de Ferran ainda detém o recorde de velocidade mais rápida registrado em corridas, com uma média de 241.428 mph (388.541 km/h) em Fontana, Califórnia, na mesma temporada.

Em 2001, De Ferran repetiu o feito, levando para casa seu segundo título na Indy. Sua vitória nas 500 Milhas de Indianápolis ocorreu em 2003, solidificando seu status como uma lenda no automobilismo brasileiro.

Mesmo após sua aposentadoria precoce aos 36 anos, Gil permaneceu ativo no esporte. Tornou-se diretor esportivo da BAR na Fórmula 1 em 2005, deixando o cargo em 2007. Retornou brevemente ao cockpit em 2008 pela equipe De Ferran Motorsports no American Le Mans Series.

Em 2010, De Ferran deu um passo adiante, fundindo sua equipe com a Dragon Racing na Indy, criando a De Ferran Dragon. Contudo, por questões financeiras, o projeto foi encerrado em 2011. O experiente piloto retornou ao cenário do automobilismo em 2018 como diretor esportivo da McLaren, mantendo-se na equipe até 2021.

Atualmente, Gil de Ferran atuava como consultor da McLaren durante a reestruturação da equipe na Fórmula 1. Seu legado como piloto e profissional nos bastidores do esporte a motor deixa uma marca indelével, e sua partida prematura deixa um vazio no coração dos fãs e da comunidade automobilística. A contribuição de Gil de Ferran para o automobilismo será lembrada como um capítulo fundamental na história do esporte no Brasil e no mundo.

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Rubens Gomes Passos Netto

Editor chefe do Boletim do Paddock, me interessei por automobilismo cedo e ao criar este site meu compromisso foi abordar diversas categorias, resgatando a visão nerd que tanto gosto. Como amante de podcasts e audiolivros, passei a comandar o BPCast desde 2017, dando uma visão diferente e não ficando na superfície dos acontecimentos no mundo da velocidade. Nas horas vagas gosto de assistir a filmes e séries de ação, ficção científica e comédia. Atuando como advogado, também gosto de fazer análises e me aprofundar na parte técnica.

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