Nas últimas semanas, tem se falando muito sobre a possibilidade de a Renault deixar de fornecer motores na Fórmula 1 para se tornar uma equipe cliente. Durante o GP da Itália, em Monza, funcionários da fábrica de motores em Viry-Châtillon organizaram um protesto e entraram em greve. Os trabalhadores do setor conseguiram uma reunião com Luca de Meo para discutir o futuro da divisão de motores.
A Alpine está analisando a possibilidade de paralisar as suas atividades voltadas para a produção de motores, embora já tenha iniciado o projeto de 2026. A intenção de fazer essa grande transformação começou a ser abordada em julho e de certa forma surpreendeu os funcionários da fábrica, principalmente pelo tempo e dinheiro que já foi investido.
No entanto, na visão da Alpine, eles estão perdendo dinheiro com esse projeto agora e mais gastos seriam necessários para conseguir uma unidade de potência adequada. Atualmente a situação deles não é favorável para seguir com o projeto, mesmo cadastrada como fornecedora no grid, a única equipe que utiliza os motores é a própria Alpine. Com o regulamento de 2026, a Fórmula 1 abriu espaço para que novos fornecedores participassem da categoria, porém, não deram espaço para que ao menos mais uma equipe fizesse parte da competição – limitando muito as possibilidades.
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A Mercedes tem ampla experiência no grid e atualmente fornece motores para McLaren, Aston Martin e Williams. A Aston Martin já se comprometeu com a Honda, desta forma a Alpine poderia abandonar o projeto de fornecedora e estabelecer um contrato com a empresa alemã para a aquisição de motores, depois se concentrar apenas na produção de um carro e ter um material mais competitivo.
As duas fábricas da Alpine tem tentando responsabilizar a outra pelos problemas enfrentados atualmente, onde está mais do que claro a falta de confiabilidade e competividade.
Sem ser desenvolvedora, eles não precisam desembolsar um grande valor para atingir projetos como os da Mercedes e Ferrari, fariam o pagamento apenas pela aquisição.
O Motorsport.It afirmou que na próxima sexta-feira (20 de setembro), os funcionários de Viry-Châtillon terão uma reunião com o CEO e presidente do Grupo Renault, Luca de Meo, para discutir a decisão da marca.
Quando a prova italiana era disputada, o Conselho Econômico e Social (CSE) que representa os trabalhadores da fábrica em Viry acusaram “falta de diálogo” e os protestos organizados foram o meio que encontraram para serem escutados.
“O Conselho Social e Econômico (CSE) da Alpine Racing, fabricante de motores da equipe francesa de Fórmula 1, anunciou que organizou uma reunião com Luca de Meo, presidente e diretor-geral do Grupo Renault, na sexta-feira, 20 de setembro de 2024, chamar a sua atenção para o mal-entendido em torno do fim do desenvolvimento dos motores de F1 na França, nas instalações de Viry-Châtillon, uma tecnologia única na França. Os representantes do pessoal agradecem ao Sr. De Meo por ter respondido favoravelmente a este pedido.” Disseram através de comunicado à imprensa.
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