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Fórmula 1 começa a temporada de 2020 na Áustria de cara nova

A Fórmula 1 vai retornar as suas atividades entre os dias 3 e 5 de julho, dando início abertura do campeonato que será realizada na Áustria. Nesta temporada, por conta da pandemia de coronavírus, a categoria optou por realizar algumas rodadas duplas, este é o caso da etapa na Áustria.

A primeira prova permanece com o nome já conhecido, mas a segunda etapa será realizada com o nome de GP da Estíria, por conta do Estado onde a pista está localizada. Está é a primeira vez para a pista que receberá a segunda prova do calendário, mas bem comum nos anos de história da Fórmula 1, que em alguns momentos precisou lidar com mais provas no mesmo país.

Sobre a história da pista!

O primeiro GP da Áustria foi realizado em 1964 no circuito de Zeltweg Airfield, porém a pista foi considerada muito perigosa pela FIA e foi imediatamente retirada do calendário até que uma nova pista fosse construída.

De 1970 a 1987, Österreichring, passou a fazer parte do calendário da Fórmula 1, porém em 1987 ela ficou fora dos padrões exigidos pela FIA e novamente a corrida deixou de ser realizada no país.

Em 1995 e 1996 ela passou por diversos processos de adequação e grande parte dela teve que ser modernizada para que, só em 1997, um novo Grande Prêmio fosse disputado. O circuito também foi rebatizado e passou a se chamar A1-Ring. Esta mesma pista foi palco de uma grande polêmica e às vezes esse incidente acaba retornando com força; explico, em 2002 Rubens Barrichello acabou recebendo uma ordem por rádio da Ferrari para realizar uma troca de posição com Michael Schumacher. Barrichello acatou a ordem na última volta, poucos metros da linha de chegada o alemão recebeu a posição do brasileiro.

A atitude acabou causando uma má repercussão e a FIA baniu esse tipo de prática, mas as equipes desenvolveram outros modos para realizarem essa “sutileza” na pista. Depois do incidente, 2003 foi a última corrida em solo austríaco e novamente mais um longo período passou até que a ela retornasse ao calendário.

Em 2004, um ano após da saída, iniciou-se um projeto de reforma de todas as dependências do circuito, no entanto os proprietários acabaram mudando de ideia e destruíram toda a área dos boxes, além de boa parte das arquibancadas e pista e por fim abandonaram a reconstrução do mesmo. Somente em 2011 a Red Bull resolveu retomar o projeto de reconstrução da pista e em 2013, em um acordo com Bernie Ecclestone, foi firmado para a volta da corrida no calendário e em dezembro do mesmo ano era confirmada a volta do GP da Áustria.

Pneus

A Áustria irá abrir o campeonato, já se passou um grande período desde os testes em Barcelona. Algumas equipes resolveram desenferrujar os pilotos, mas para testes mais rigorosos só puderam utilizar carros de outros campeonatos, aqueles que optaram por realizar um dia de filmagens ficaram limitados a algumas exigências que não permitem se beneficiar.

Desta forma, vamos aos pneus que serão utilizados neste primeiro desafio: para estas duas primeiras rodadas, a Pirelli optou por não diversificar os compostos entre elas, os pilotos vão utilizar o C2 -Duro (faixa branca), C3 – Médio (faixa amarela) e C4 – Macio (faixa vermelha).

Os dois primeiros setores são conhecidos por serem os mais rápidos, enquanto o último setor é o mais técnico. O Red Bull Ring está ligado a tração e frenagem, no entanto as suas retas são mais curtas, que levam a trechos sinuoso.

Não é o circuito mais abrasivo da temporada, portanto os pilotos costumam realizar apenas uma parada nos boxes. A data escolhida para o início das atividades não fugiu muito do cronograma do ano passado, portanto a prova será realizada diante de um clima variável, podendo ocorrer pancadas de chuva durante o final de semana, o que ajuda a bagunçar as estratégias das equipes e é bem-vindo diante do cenário de duas provas no mesmo circuito.

GP de 2019

O dono da vitória foi Max Verstappen, diante de uma torcida holandesa, vestindo camisas laranjas e impulsionando a vitória do piloto da Red Bull.

Verstappen que era o dono da segunda posição no início da prova, teve uma péssima largada e acabou caindo para a sétima posição, logo depois o piloto passou a remar o pelotão para finalmente nas últimas voltas se impor e travar uma disputa com Charles Leclerc.

Como sabemos, ele pressionou, tentou, foram vistos tocando roda com roda e Verstappen levou a melhor. Foi assim que Verstappen conseguiu ver a bandeira quadriculada primeiro, em uma corrida com forte dominância do monegasco.

O pódio ainda foi composto por Valtteri Bottas, que realizou uma prova bem apagada. Vettel foi o quarto colocado e enfrentou problemas no seu pit-stop, prejudicando a estratégia. A “carta na manga” que não deu certo, foi tentar conquistar um ponto com a volta mais rápida, realizando uma segunda parada que não foi efetiva, mas serviu para superar Lewis Hamilton, desta forma o inglês fechou a prova em quinto.

Bottas era o líder do campeonato com 197 pontos, contra os 166 de Hamilton.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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