Os times terão até o GP da Bélgica para se adequar. Na corrida que marca o retorno da F1, a FIA implementará a diretiva de forma ‘justa’ para conter os saltos
A FIA realizou a reunião da Comissão da F1 na Áustria na última sexta-feira (08) para definir alguns pontos para o restante da temporada, como a necessidade de implementar a diretiva técnica para conter os saltos dos carros, bem como a discussão sobre o teto orçamentário.
A terceira reunião da Comissão deste ano foi mediada pelo presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem. A FIA aproveitou as última duas corridas desde apresentar a diretiva para as equipes, aproveitando para coletar dados e identificar a melhor forma para estabelecer a métrica que ajudaria a conter os saltos.
Por conta dos feedbacks que foram apresentados e a consulta realizada com as equipes, os times terão até o GP da Bélgica para se adequar. Para garantir uma aplicação justa da métrica de oscilação vertical, a FIA está dando tempo para os times também se adequarem para cumprir os limites de rigidez do assoalho.
Na investigação realizada pela FIA, ela notou que algumas equipes têm assoalhos com uma deformação significativa além do que é permitido pelo regulamento, pois os times foram além e projetaram a flexibilidade do “skid blocks”.
Acreditava-se que essa rigidez não uniforme do skate está sendo usada para contornar o que foi estabelecido pelo regulamento técnico e obviamente ter mais ganhos (evitando os saltos). O atual regulamento permite uma deflexão de no máximo 2 mm, nas pranchas do meio do carro, mas alguns times provavelmente estão conseguindo trabalhar com até 6 mm, gerando uma maior inclinação e deixando os carros mais próximos do asfalto.
A FIA tinha deixado claro na construção do novo regulamento que a intensão era evitar brechas, mas que analisaria ao longo da próxima temporada o desenvolvimento dos carros e poderia conter as brechas que achasse significativas.
Para conter isso, existem mudanças que estão sendo planejadas, incluindo alterações especificas nos regulamentos técnicos. Ferrari e Red Bull devem ser afetadas, pois em teoria são as equipes que teriam feito a interpretação dessa parte do regulamento.
Na Inglaterra a FIA anunciou que endureceria as regras para a rigidez dos assoalhos, deixando claro que é para manter uma igualdade entre as equipes. A tolerância de 2 mm seria aplicada de forma rigorosa ao redor do furo do assoalho deve ser uniforme, para uma distância radical de 15 mm fora da extremidade, com uma variação não superior a 10% em qualquer sentido.
Ações estão sendo propostas para tratar sobre essas questões para o regulamento técnico de 2023.