A expectativa para a temporada 2021 da Fórmula 1 é certamente descobrir se os italianos conseguiram melhorar a sua unidade de potência. O chefe de equipe da Ferrari, Mattia Binotto já informou que pelo menos em linha reta o SF21 já apresenta uma melhora não sendo mais uma desvantagem para este ano, principalmente por conta da nova unidade de potência.
Lembramos que o mesmo motor está equipando a Alfa Romeo e a Haas, a primeira equipe já sentiu uma melhora em seu desempenho, vale lembrar que a Alfa completou 422 voltas nestes três dias de teste e não apresentou problemas. Quilometragem é importante pela confiabilidade, mas ainda não é um indicativo de uma crescente expressiva, mesmo com Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi se esforçando para andar próximo aos ponteiros das sessões, o time tem muito por fazer nos próximos dias.
O Bahrein é teoricamente um dos circuitos onde a Ferrari teria mais problemas de acordo com o desempenho que foi apresentado no último ano no mesmo circuito. A pista possuí três retas importantes, então identificar uma melhora da unidade de potência em Sakhir é realmente um ponto importante nesta caminhada do time italiano e para aqueles que são os seus clientes no grid.
“Quando estivemos aqui no Bahrein no ano passado para a corrida e para a classificação, fomos muito lentos nas retas – não entramos na Q3 e estávamos muito distantes da pole. Agora se eu olhar os primeiros dias de teste acho que pelo menos nas retas a velocidade é boa. Não parece ser uma desvantagem como no ano passado”, disse Mattia Binotto.
Para a Haas ter este motor mais potente – caso isso se confirme – significa ter uma atualização que pode surtir algum efeito durante o ano, já que o time não pretende trabalhar com o carro deste ano e não utilizou os tokens de desenvolvimento no VF-21 pois está focada no modelo de 2022.
A Ferrari – assim como os outros times – ainda não deve ter muita ideia de onde está no campeonato, os testes de pré-temporada não costumam deixar isso muito claro. Mas eles pretendem intensificar a briga pelo menos no meio do pelotão, recuperando parte do espaço perdido no último ano.
Entre Ferrari e Alfa Romeo o desenvolvimento dos carros é bem diferente, uma apostou na mudança da traseira, a outra já pensou em desenvolver a parte dianteira, principalmente ao afinar o bico do carro, atualizações tão divergentes acabam produzindo resultados que nem sempre vão levar para o seu crescimento. Os três times têm muitos dados para analisar nos próximos dias, principalmente a eficiência do motor, somado as suas mudanças aerodinâmicas.
