Ferrari sofre em Interlagos e perde sequência de vitórias no WEC para a Cadillac

A Cadillac interrompeu a sequência de vitórias da Ferrari no Mundial de Endurance da FIA. O time italiano não encontrou ritmo em São Paulo, o melhor resultado foi obtido pela AF Corse, com a 8ª posição conquistada pelo carro guiado por Phil Hanson, Robert Kubica e Yifei Ye.

Os carros #51 e #50, precisaram se contentar com o 11° e 12° lugares, respectivamente. O resultado acontece após quatro vitórias consecutivas nesta temporada, quando o quinto duelo do campeonato foi travado em São Paulo.

Na sexta-feira, quando os primeiros treinos livres foram realizados em Interlagos, a equipe já demonstrava certa preocupação com a performance e as dificuldades que enfrentariam no circuito.

As mudanças de elevação e principalmente a parte do miolo do circuito brasileiro, cobraram o preço. Após uma classificação, onde apenas o #83 conseguiu avançar para o duelo da Hyperpole, a busca da equipe girou em fazer a melhor prova possível, dentro das limitações da etapa.

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O BoP surtiu um efeito maior em São Paulo, sendo um circuito curto, mas que cobra muito do carro. Na sexta-feira, os pilotos cometeram alguns erros no traçado, além de apresentar uma certa dificuldade para lidar com as temperaturas baixas.

A Ferrari fez o possível para aproveitar da melhor forma o início do campeonato e galgar muitos pontos. A previsão é que a equipe sofra um pouco nas próximas etapas, principalmente no Circuito das Américas, que também é um circuito com mudanças de elevação e bumps.

Com o resultado obtido pelo 83, permite que a Ferrari se mantenha na liderança do campeonato de construtores, enquanto o trio formado por Pier Guidi, James Calado e Giovinazzi são os líderes na classificação de pilotos.

“Sabíamos que esta corrida seria difícil para nós, e hoje isso se confirmou. Tivemos dificuldades com a velocidade máxima nas retas, e algumas situações nos prejudicaram — incluindo a penalidade que recebemos no final, o que honestamente acho difícil de entender. Saímos do Brasil não muito felizes, mas continuamos liderando o campeonato e continuaremos fazendo o nosso melhor para defender essa posição”, comentou Calado após o encerramento da prova.

Na prova de contenção de danos, o trio do #51 ganhou seis posições desde a largada. O resultado poderia ser um pouco melhor, mas no início da prova lideram com uma punição de cinco segundos no primeiro pit-stop, enquanto um drive-through (enquanto estavam no top-10) atingiu o time nos minutos finais. O trio então cruzou a linha de chegada três voltas atrás dos vencedores.

Logo atrás, esteve o #50 de Miguel Molina, Nicklas Nielsen e Antonio Fuoco, que largaram em 14°. Durante a terceira hora, o time precisou fazer uma parada não programada, or conta de um incidente com um GT, quando deixavam os boxes, na reta oposta. O contratempo prejudicou ainda mais a corrida, pois foi necessário fazer a substituição da peça. Vale lembrar que o #50 após conquistar um quarto lugar em Le Mans, foi desclassificado.

“Largamos bem atrás no grid e fizemos tudo o que podíamos para recuperar posições, pelo menos com o objetivo de ficar entre os 10 primeiros. Então, Nicklas foi atingido por um carro de GT, o que causou danos na traseira do nosso carro, e fomos obrigados a parar imediatamente para consertá-lo. Na nossa opinião, essa não foi uma decisão justa, pois o carro estava completamente seguro e não tivemos problemas — mas isso comprometeu definitivamente a nossa corrida. Agora, olhamos para a próxima etapa no COTA, aonde voltaremos determinados a manter a liderança na classificação do campeonato mundial”, afirmou Molina.

Coube então ao trio do #83 colocar a Ferrari entre os dez, depois de largar da nona posição. O trio, vencedor de Le Mans, fez uma corrida dentro da margem possível e salvou a oitava posição.

“O fim de semana em São Paulo não foi positivo, claramente, considerando os resultados. Mas, mais uma vez, quero elogiar toda a equipe pelo comprometimento e trabalho impecável. Apesar das condições desafiadoras que enfrentamos nesta corrida – evidentes no TL1 – conseguimos recuperar o terreno perdido com todos os nossos carros, extraindo o máximo do potencial à nossa disposição. Isso confirma mais uma vez que, mesmo em situações difíceis, nossa equipe sabe como responder da melhor maneira possível”, comentou Antonello Coletta, diretor global da Ferrari Endurance.

A Ferrari segue firme na liderança do Campeonato Mundial de Construtores, somando 175 pontos — uma vantagem de 55 sobre seus concorrentes mais próximos. Entre os pilotos, a tripulação formada por Alessandro Pier Guidi, James Calado e Antonio Giovinazzi mantém a ponta com 105 pontos, à frente do trio Ye-Kubica-Hanson, que aparece com 94. Já Fuoco, Molina e Nielsen ocupam a quarta colocação na tabela, com 57 pontos.

O Mundial de Endurance (FIA WEC) retorna nos dias 7 e 8 de setembro, com as 6 Horas do COTA, nos Estados Unidos.

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