A Ferrari está trabalhando para usar um novo sistema híbrido no motor a partir do GP da Bélgica, prova que marcará o encerramento das Férias e o retorno da Fórmula 1 no fim de agosto. A categoria atualmente enfrenta o congelamento das unidades de potência, mas algumas mudanças ainda podem ser realizadas.
A introdução da atualização acontece no ‘limite’ que ainda permite alguma alteração, com a prova sendo disputada no dia 28 de agosto, enquanto o último prazo para mudanças ocorre no dia 1º de setembro. Desta forma o congelamento segue até 2025, com as unidades de potência praticamente iguais até esse período.
Com as novas regras para 2022, algumas partes da unidade de potência foram congeladas em de março, como o motor de combustão interna (ICE), Turbocompressor e MGU-H. As atualizações voltadas para o desempenho são proibidas, mas ainda existem algumas brechas que permitem alterações voltas para a confiabilidade.
“Estamos trabalhando na confiabilidade e gerenciamento, também porque isso terá que ser resolvido definitivamente para a próxima temporada. Algumas mudanças não podem ser implementadas em algumas semanas. No entanto, isso não significa que não será gerenciado nesta temporada”, informou Mattia Binotto.
O foco inicial da Ferrari era fornecer para os seus carros um motor que tivesse a possibilidade de brigar diretamente com os motores da Mercedes e Honda. O time italiano passou por um árduo período de mudanças, buscando ter mais potência. O começo da temporada 2022 foi muito promissor, o motor realmente é forte, mas ficou escancarando que eles têm vários problemas que geram a falta de confiabilidade.
“Sim, esperamos melhorias no sistema híbrido que podem nos ajudar durante todo o período de congelamento do motor. Estamos trabalhando duro, mas não será um ponto de virada”, explicou o chefe de equipe.
Até o momento Carlos Sainz e Charles Leclerc já utilizaram quatro motores cada, excedendo o uso da quantidade de elementos permitidas na temporada 2022. A Ferrari esperava lidar com punições, principalmente por conta de todos os abandonos que lidou. Agora com a nova mudança, a dupla de pilotos da Ferrari lidará com novas punições na Bélgica.
O MGU-K, o armazenador de energia (ES) e a central eletrônica (CE) podem ser atualizados até 1º de setembro, desde que nenhuma alteração tenha sido realizada no início da temporada. Após a introdução da 4ª unidade de potência, cada novo elemento substituído gera a perda de 5 posições no grid (e não mais as 10 posições da primeira troca excedente).
O time pode trabalhar como a Mercedes na temporada passada, realizando trocas esporádicas para garantir o bom funcionamento da unidade de potência.
“Eu não crio que é uma estratégia, mas sim uma consequência. É sempre melhor ter o motor mais forte, mas também mais confiável”, seguiu Binotto.