A Fórmula 1 pode adotar o formato de corridas curtas aos sábados, estas provas substituiriam a classificação, definindo o grid de largada do domingo. O novo presidente da Fórmula 1 Stefano Domenicali já havia afirmado que o grid invertido não é uma opção para a categoria, mas que eles estavam estudando outros meios para deixar o fim de semana mais atrativo.
Durante a reunião de Comissão da Fórmula 1, a pauta sobre a ‘sprint race’ foi conversada, os times aprovaram a ideia em unanimidade, mas a decisão final deve sair ainda este mês, antes da categoria retomar as suas atividades no dia 28 de março no Bahrein.
A ideia original havia apresentado a possibilidade de realizar testes em três eventos ainda em 2021 – os GPs do Canadá, Itália e Brasil – o formato do fim de semana também seria alterado, um dos treinos livres deixaria de ser realizado dando vez para a classificação que definiria o grid de sábado, e o resultado desta corrida curta é a definição do grid da prova do domingo.
Este assunto acaba ganhando adeptos entre equipes e pilotos, como é o caso da Ferrari, com Carlos Sainz, Charles Leclerc e o chefe de equipe Mattia Binotto.
“Estamos muito engajados nas discussões com a F1 e a FIA. Acreditamos que fazer mudanças para termos mais espetáculo, e eventualmente corridas imprevisíveis, será ótimo. Essa mudança de alguma forma permite que esses objetivos sejam atingidos”, disse Binotto.
“As discussões estão em andamento, mas no momento parece promissor para um bom resultado, mas ainda acho que precisamos olhar todos os detalhes, os detalhes farão a diferença nesse aspecto. O trabalho em equipe deve continuar e, com sorte, encontraremos uma boa solução”, acrescentou Binotto.
A questão que mais preocupa neste momento os pilotos é sobre a pontuação e como estas novas corridas devem influenciar o Campeonato Mundial, os pilotos estão positivos com a mudança, mas cobram a clareza sobre estas questões.
“Do meu lado, o que penso com a perspectiva de um piloto, acho bastante interessante. Acho que deveria ser tentado pelo menos. Então, precisamos entender como tudo isso funcionará com os pontos, etc.” disse Leclerc.
“Acho que o mais importante é que a corrida principal continue a ser a corrida principal e o valor da corrida principal não diminua, penso que este é o ponto principal na minha avaliação. Mas pode ser interessante tentar, pelo menos ter corridas mais curtas onde possamos atacar mais, então sim, terei o maior prazer em tentar”, completou o monegasco.
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Carlos Sainz acha que o melhor momento para testes este formato é agora, em 2022 já é esperado várias novidades, então ver o que pode ser extraído neste ano é uma boa opção.
“Acho que até tentarmos nunca saberemos. É uma daquelas coisas até você tentar pela primeira vez, você nunca saberá exatamente como é”, disse o espanhol.
“Se há um ano devemos tentar, acho que é 2021. Com esse futuro pela frente, é uma boa oportunidade de experimentar esse tipo de coisa e ver no que dá. Então vamos ver”, concluiu.
Algumas das preocupações que ocorrem é se estas corridas vão aumentar os gastos dos times ou como será o funcionamento dos motores e a sua duração com este tipo de modificação. Vale lembrar que para 2021 a Fórmula 1 estabeleceu uma redução no tempo de duração dos treinos livres, onde as atividades que tinham antes uma hora e meia de duração, passam a ser realizadas em uma hora.